
Roma x Napoli, na temporada 1984/1985

Zico x Ancelotti, num Udinese x Roma
Roma x Napoli, na temporada 1984/1985
Zico x Ancelotti, num Udinese x Roma
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Foi tudo diferente das chatas apresentações de treinadores da seleção brasileira, começando pelo próprio novo comandante, um estrangeiro.
Muito legal a atitude da CBF em convidar Felipão para dar as boas vindas na solenidade. Respeito aos técnicos brasileiros, representados pelo último comandante campeão com a seleção, em 2002, e também do maior vexame da seleção, nos 7 a 1 da Alemanha, no Mineirão, em 2014.
Treinador vindo de um país que é “meio Brasil”, com tudo de bom e de ruim que temos, inclusive no futebol, cheio de confusões, dentro e fora de campo.
A cara sisuda do Carlo Ancelotti da beira dos gramados e o paletó, deram lugar a sorrisos e bom humor, sem perder a seriedade e nem ser teatral.
Só de não ter ligação profissional com nenhum agente de jogadores já é uma conquista. Assim, vai convocar sempre os que entender como os melhores para o que ele precisa e inteiros fisicamente. Sem pressões de interesses inconfessáveis.
Deixar Neymar fora dessa primeira convocação foi outra demonstração de compromisso com a busca da vitória e não submissão a patrocinadores e dirigentes. Deixou bem claro que quando o jogador estiver na devida forma, será convocado. Como tem que ser com qualquer jogador.
Disse que vai aproveitar a oportunidade para conhecer o Brasil, especialmente o Rio, onde vai morar, e as cidades que lhe foram muito recomendadas por dois amigos que fez, quando jogaram juntos na Roma em 1983: Cerezo, que falava maravilhas de Belo Horizonte e Falcão, de Porto Alegre.
Falou que sempre gostou de trabalhar com jogadores brasileiros. Foram 34, e se deu bem com todos, ou quase todos, já que o Rivaldo não gostou de ter sido mandado pro banco por ele, nos tempos de Milan.
Citou Cafú, como o mais profissional de todos e Ronaldo Fenômeno, como o melhor. Foi técnico também do Bernard, no Everton, da Inglaterra, de 2019 a 2021.
Muito bom também ver três competências de Minas mantidos na comissão técnica por ele: os médicos Rodrigo Lasmar e Felipe Kalil, e o preparador físico Cristiano Nunes, que está no Atlético desde 2021, trazido pelo diretor Rodrigo Caetano. Aliás, ele já tinha trabalhado no Galo, em 2008, a convite do Alexandre Galo. Ficou pouco tempo, já que aceitou convite do Abel Braga para trabalhar com ele nos Emirados Árabes. Ele é filho do saudoso Flamarion, mineiro de Ouro Fino, ex-volante do Guarani de Campinas e Cruzeiro, nos anos 1970/1980. Infelizmente morreu em janeiro de 2020, aos 68 anos, vítima de câncer.
Ancelotti tem tudo pra dar certo por aqui. Se vai ser campeão da Copa de 2026 é outra história. Depende de muitas variáveis, mas certamente teremos uma seleção honesta.
Foto: CBF
Foto: CBF
x.com/FortalezaEC
Dois a zero sem maiores problemas. Havia uma expectativa na capital cearense de que hoje pudesse começar uma reação do time do Juan Pablo Vojvoda no campeonato, mas o que se viu foi uma equipe apática, inoperante contra um Cruzeiro que entrou determinado a matar logo o jogo.
Kaio Jorge abriu aos 33minutos e Lucas Silva, aos 40, liquidou. Com 20 pontos, a Raposa colou no Palmeiras (22) e Flamengo (21) na luta pela liderança.
O Fortaleza, com 10, está a apenas um ponto acima do Vitória, o primeiro da zona do rebaixamento.
O Cruzeiro desta noite: Cássio, William, Fabrício Bruno, Villalba e Kaiki; Lucas Romero (Murilo), Lucas Silva, Christian (Lautaro Díaz); Marquinhos (Bolasie), Gabigol (Eduardo) e Kaio Jorge (Kaique Kenji).
Arbitragem toda paulista: João Vitor Gobi, auxiliado por Alex Ang Ribeir e Evandro de Melo Lima.
VAR: Thiago Duarte Peixoto.
x.com/Cruzeiro
Foto: CBF
O futebol é a minha vida, desde criança quando eu sonhava ser goleiro famoso. Até hoje, depois de abraçar o jornalismo como profissão e com a cobertura presencial de 11 Copas do Mundo no curriculum.
Infelizmente o descrédito do nosso futebol é uma realidade, e só aumenta, dentro e fora de campo. Quando vejo alguém de 41 anos de idade, cheio de motivação, assumindo a CBF, não há como ter um “fio de esperança” de que as coisas mudem pra melhor. Sim, porque também podem mudar pra pior. Tudo é possível.
Muita gente torce o nariz pelo fato de ele ser de Roraima. Coisa de cabeça cozida. Só idiotas julgam ou discriminam alguém pela cidade, estado ou país onde nasceu.
Que o senhor Samir Xaud seja muito feliz em sua gestão, mas ele vai ter que mostrar a que veio. Foi eleito pelo sistema tradicional da política e do futebol brasileiro, mas tem um aval de respeito: a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, melhor dirigente de clube, mais transparente e corajosa dos últimos anos no Brasil. Essa, vale a pena prestar atenção nas entrevistas e pronunciamentos.
Interessante é que quase ninguém está falando mais da queda do Ednaldo Rodrigues e da tentativa que ele fez de se manter no cargo. Nem na falsificação de assinatura que o derrubou. Nem das relações dele com o Ministro do Supremo, Gilmar Mendes, e nem detalhes da manifestação de apoio dele ao sucessor, eleito hoje.
Como dizia o saudosíssimo Flávio Anselmo, o “comentarista de peito aberto”: “vou guardar a minha boca pra comer a minha farinha”.
Detalhes da eleição e resumo do pensamento do médico Samir Xaud, no site da CBF:
Rafael Ribeiro|CBF
Novo presidente da CBF, Samir Xaud garante que irá reduzir os campeonatos estaduais para, no máximo, 11 datas.
foi perguntado sobre a especulação de uma camisa vermelha da Seleção e terminou afirmando que “camisa da Seleção Brasileira é verde e amarela”.
Ao final de seu discurso de posse, Samir Xaud exaltou sua origem nortista, do Roraima. O novo presidente da CBF foi alvo de críticas por vir de uma federação de menor expressão. (TNT Sports)
“Samir Xaud é eleito presidente da CBF”
Mandato irá de 2025 a 2029; oito vice-presidentes também foram eleitos
https://www.cbf.com.br/a-cbf/noticias/informes/a/samir-xaud-e-eleito-presidente-da-cbf
Outra partida em que Rubens foi um dos melhores em campo. Foto: x.com/Atletico
Apesar de boas escapadas de lado a lado, principalmente do Atlético no segundo tempo, uma partida de nível muito abaixo do esperado. O time paulista poupou seus principais jogadores, focado que está na Copa Sul-americana, por isso Cuca e cia. deixaram a desejar.
Duas defesas bem postadas, consistentes, e ataques sem efetividade.
Aos 52 do segundo tempo o árbitro gaúcho Rafael Klein enxergou uma falta do Rubens que merecesse cartão vermelho, mas foi corrigido pelo VAR. Menos mal!
O Galo tem que ser grato a este árbitro, que aos 34 do primeiro tempo fez vistas grossas para falta violenta de Lyanco, em Héctor Hernández. Deveria ter sido expulso.
Na Sexta-feira de belíssimo sol, por volta das 11 horas, depois de caminhar 14 Km, retornei à venda do Marquin em Fazenda Velha (Sete Lagoas/Capim Branco, tomando água, quase pedindo pra descer a primeira0), lembrei-me do Fred Melo Paiva.
Que jornalista, que ser humano, que figura fantástica, dessas que quem tem o privilégio de trocar meia dúzia de palavras fica fã incondicional.
Até cruzeirense sensato gosta dele, até direitista normal o admira.
Eu estava para pedir a primeira quando me perguntei:
__ Porque ainda não convidei o Fred pra bater um papo conosco no Prateleira de Cima?
Despretensiosamente, feito um goleiro que dá um chutão pra frente, liguei. E não é que a bola entrou!? Ele atendeu na hora, o próprio!
E melhor ainda: topou!!!
O resto da conversa e de mil histórias, contaremos nesta segunda-feira, ao vivo, a partir das 14 horas no YouTube. Quem não puder ou não quiser ver ao vivo, assiste depois, já que fica gravado lá e também no Spotify.
Uma das curiosidades que tenho é sobre a coragem dele de se fantasiar de cachorro e se infiltrar na torcida do Cruzeiro, na série O Infiltrado, do History Channel, num jogo da Raposa pela Libertadores da América, no Mineirão. De desfecho sensacional!
Por falar nele, vale demais a pena ler a coluna que ele tem no Estado de Minas. Como essa de hoje:
“Gavião Bueno só falou verdades”
Tem razão também o Galvão ao chamar esse Galo de Cabuloso. Senão, como explicar tanta bola na trave, tanto gol perdido, o pênalti do Hulk
Meu amigo, a entropia das coisas tem acelerado o andar do tempo, de modo que o domingo passado parece ter acontecido há mais de mês. Ainda assim, contrariando a urgência do melhor jornalismo, preciso voltar a essa vaca fria.
Você sabia que o cabuloso, segundo o Pai dos Burros, é aquele “que traz ou tem azar; azarento”? Informou um amigo atento: desde que assim passou a autointitular-se o arquifreguês, que tudo só dá errado por aquelas plagas. O longínquo domingo foi retrato disso: podiam jogar por 10 horas, teriam 850 escanteios e não fariam um gol nesse Galo Duro.
(Galvão, cá entre nós, de onde você tirou isso de Galo Duro tinha também o Brazino, o jogo da galera? Galvão, Galvão…)
Tem razão também o Galvão ao chamar esse Galo de Cabuloso. Senão, como explicar tanta bola na trave, tanto gol perdido, o pênalti do Hulk quarta-feira passada, as contusões em série? E a safada da SAF?
É preciso ser muito azarado, muito cabuloso mesmo, pra cair na mão de um bilionário que só sabe perder dinheiro, um banqueiro que constrói dívidas, um atleticano que não sabe o que é o Atlético. É muito azar, e não precisa ter olhos de águia para perceber que Gavião Bueno tem razão.
Nataniel foi um pouco estranho realmente, embora a origem do nome acolha todas as variantes de Natan’el, a tradução correta do hebraico. De qualquer forma, não tinha ninguém pra meter o bico e avisar o Gavião? Ainda assim, veja o estado de coisas: nem Galvão conhece uma das nossas melhores contratações.
Ademais, de fato tem muito arroz no tropeiro, assim como tem muita água no chope. Fica perdoado, pois, o Galvão e seu arroz tropeiro, parente, talvez, do arroz carreteiro servido no sul.
Ainda bem que tinha o Maringá na quarta-feira, infelizmente sem o Galvão para dar a real. Foi cabuloso, podia ter sido de 10 e o Cuello machucou. Pqp, senhores! Mas o Galo Duro, mesmo na base do chutão, fez um segundo tempo bem Doido.
O gol de Patrick lavou a alma dessa nossa gente emocionada, este escriba incluso. Sua história, cheia de percalços e polêmicas, lhe devolve agora a chance de uma redenção daquelas. Dedicou à mãe, Vânia, o primeiro gol como profissional. E deu suas duas camisas de jogo para a psicóloga Michele Rios e para a assistente social Neila Bittencourt, funcionárias do Galo. Primeiro gol, e foi o Galvão que narrou. Ao contrário do cabuloso, tá é com o fiofó virado pra lua.
E assim, precisamente nessa posição, hoje é dia de ganhar do Corinthians. Contra o qual este atleticano exilado em São Paulo desenvolveu sérias contendas, apesar da inevitável amizade com alguns indivíduos picados por essa mosca – que ainda hei de amassar com a minha raquete de pernilongo e a qualidade de Federer.
Considero um dever cívico derrotá-los! Hoje em baixa, com seus cartolas acusados até de ligação com o PCC, não nos esqueçamos dos bons tempos do apito amigo. E do pênalti na final de 1999, normalizado pela nossa história cabulosa, tão repleta de roubos, injustiças e azares monumentais, que alguns desses vão ficando pelo caminho.
Uma pena que não teremos o Gavião, apenas a Gaviões. O Gavião é bom pra falar algumas verdades. Quem sabe, em mais uma goleada, mais um gol do Patrick, não seríamos enfim um Timão? Talvez fizesse justiça à Massa, de longe a mais fiel de todas as fiéis. Celebraríamos com uma boa e merecida cachaça paulista, além de um cuscuz mineiro pra aguentar o porre de felicidade! Gaaaaaaalooo!!!
https://www.em.com.br/colunistas/fred-melo-paiva/2025/05/7155177-gaviao-bueno-so-falou-verdades.html
No twitter, logo após a eliminação do Santos da Copa do Brasil pelo CRB, o Wadson Fernandes lembrou a gracinha feita pelo zagueiro Zé Ivaldo na comemoração do gol contra o Atlético pelo Brasileiro, na Vila Belmiro em abril. De repente a provocação foi orientação de algum marqueteiro ao jogador, que além de fraco, teve como auge da carreira, jogar um curto período no Cruzeiro e marcar um gol contra o Galo, pelo Santos, atual vice-lanterna do Brasileiro. Graças à gracinha, ele está sendo lembrado até hoje. Ruim de bola, porém, bom de “marketing interpessoal”!
@WadsonAraujo89 “Nada melhor que um dia após o outro! Vai Zé Ivaldo, imita de novo, o Galo sempre foi um drama na vida do fraco zagueiro que perdeu o pênalti decisivo para o Santos e foi eliminado na Copa do Brasil para o CRB que tem o mascote “Galo” Os traumas do Galo seguem na vida do Zé”
O CRB é o Galo de Campina, que segundo a Wikipédia é: “O cardeal-do-nordeste (nome científico: Paroaria dominicana), também conhecido como galo-da-campina, galo-de-campina, cabeça-vermelha ou simplesmente cardeal, é uma ave passeiforme da família thraupidae, gênero paroaria.[carece de fontes]
Muito comum no nordeste, porém nos dias atuais já é possível encontrar esta espécie de ave na região sudeste, norte e noroeste do Paraná.”
Foto: x.com/SantosFC
Parece até praga de atleticano. Depois que o Zé Ivaldo entendeu de ironizar o Alético as coisas não estão dando certo para ele dentro de campo. No Brasileiro é o penúltimo colocado, sério candidato a mais um rebaixamento.
Foi um bom jogo em Maceió, com muitos lances perigosos de lado a lado e o classificado só foi conhecido por meio das penalidades.
O time horroroso do Santos, dirigido pelo aprendiz de treinador, auxiliar do Tite em duas Copas do Mundo. Aliás, o filho do Tite, que era auxiliar do pai na seleção, agora é auxiliar do comandante santista também. Mas a ação entre amigos não está dando certo e mesmo com Neymar, a partir dos 20 minutos do segundo tempo, o time não conseguiu marcar gols no tempo normal.
Nas penalidades, vitória alagoana nas cobranças alternadas. O zagueiro Zé Ivaldo bateu até bem, mas o goleiro Matheus foi melhor ainda, voando no canto certo. Pegou e classificou o CRB para as oitavas da Copa do Brasil, além da garantia do prêmio de R$ 3,6 milhões.
Segundo dia consecutivo de glória do futebol de Alagoas, já que ontem o arquirrival do CRB, o CSA, eliminou o Grêmio em plena arena gremista.
Nas Série B e C os dois têm campanhas distintas: o CRB está na zona de classificação para a A, com 16 pontos, enquanto o CSA patina em oitavo lugar, na Série C, nove pontos.
Foto: x.com/Cruzeiro
Este foi realmente um amasso. Na inteligência e na determinação. O Vila perdeu em Belo Horizonte por 2 a 0 e tinha que partir pro jogo. Tentou, mas foi “toureado” pelo esquema tático do técnico Leonardo Jardim, que fez o time goiano correr muito, pensando pouco, até esgotar as suas forças e se tornar presa fácil no segundo tempo, quando os três gols saíram.
A novidade tática foi Gabigol como titular, ao lado do Kaio Jorge. Quem pensou que o treinador português fosse optar por um time defensivo se enganou redondamente. Kaio Jorge desperdiçou duas oportunidades incríveis, mas Fernando, em grande noite, marcou, aos 11 e 29. O zagueiro Jonathan Jesus, aos 40, fechou o placar.
Depois da partida, Leonardo Jardim era só elogios a todos os jogadores, em especial ao Eduardo, que realmente fez a diferença.
Próximo adversário pela Copa do Brasil será conhecido por sorteio. Domingo o time enfrenta o Fortaleza, lá, 20h30, pelo Brasileiro.
O time da vitória de hoje no Serra Dourada: Cássio, William (Jonathan Jesus), Fabrício Bruno, Villalba e Kaiki (Kauã Prates); Lucas Romero (Walace), Eduardo, Christian (Lucas Silva) e Matheus Pereira; Gabigol e Kaio Jorge (Bolasie).
Até agora, nem a Polícia Civil do Paraná, nem o Ministério Público, encontraram provas para oferecer denúncia contra Miguelito, mas ele já cumpre suspensão imposta pelo STJD. Prejuízo moral, financeiro e esportivo para ele e para o América. Por enquanto, a palavra dele contra a do acusador. Caso continue nisso, certamente ninguém pagará pelos danos sofridos por ele e pelo América, que está sofrendo em campo sem o bom atacante. Foto: Polícia Civil/PR
Ele já tinha sido suspenso preventivamente e ontem o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) lhe aplicou cinco jogos, acusado injúria racial pelo atacante Allano, do Operário/PR, jogo em Ponta Grossa.
O mais lamentável de toda a história é que não há provas contra Miguelito, boliviano de 21 anos, que pertence ao Santos e está emprestado ao Coelho. É a palavra do acusador contra a dele.
Numa situação dessas, seria recomendável a todo julgador que consultasse o histórico de cada um. Certamente Allano não ficaria bem na fita num comparativo com o Miguelito, conforme mostram informações e reportagens que americanos nos enviaram aqui pro blog.
Vale conferir:
“ALLANO: HISTÓRICO QUE COMPROMETE SUA CREDIBILIDADE”
O jogador Allano Brendon de Souza Lima, mais conhecido como Allano, que acusou o atleta Miguelito, do América, de ter proferido ofensa racial contra ele no jogo entre Operário e América, e 4 de maio, em Ponta Grossa (PR), é um atleta sem credibilidade para se tornar um porta voz da “justiça, responsabilidade e empatia”, como o seu clube colocou na nota que divulgou no dia seguinte ao episódio.
No curto período em que atuou na Europa, o jogador Allano foi protagonista de duas acusações de ofensas racistas de adversários contra ele que se mostraram infundadas e, por isso, não tiveram qualquer consequência para os clubes envolvidos nas acusações.
Segue o resumo dos dois casos:
1.ACUSAÇÃO DE RACISMO CONTRA O PARTISAN BELGRADO, DA SÉRVIA – DESCARTADA PELA UEFA POR FALTA DE PROVAS –
O primeiro episódio envolvendo denúncia de racismo de Allano na Europa que se mostrou infundada refere-se à partida de play-off de qualificação para a Liga Conferência (terceira competição mais prestigiada da Europa, após a Liga dos Campeões e a Liga Europa), entre o Santa Clara de Portugal, pelo qual ele jogava, e o Partizan Belgrado, em Belgrado, na Sérvia, em 26 de agosto de 2021.
Allano reclamou com o quarto árbitro que tinha sido alvo de insulto racistas, após ser substituído, aos 67 minutos de jogo. Ele disse que os torcedores do Partizan fizeram sons imitando macaco quando ele se dirigia ao banco de suplentes. O quarto árbitro imediatamente comunicou o fato para o árbitro, que interrompeu a partida por alguns minutos e, após o jogo registrou, a acusação na súmula da partida.
Reportagem do jornal Record, um dos principais de Portugal:
https://www.record.pt/internacional/competicoes-de-clubes/conference-league/detalhe/brasileiro-allano-foi-alvo-de-racismo-no-partizan-santa-clara
Telegraf Sport, da Sérvia:
https://www.telegraf.rs/sport/fudbal/3383630-partizan-uefa-rasizam-santa-klara-disciplinski-postupak
Os inspetores éticos e disciplinares da União das Associações Européias de Futebol (UEFA) fizeram uma investigação sobre as denúncias de Allano. Em 29 de setembro de 2021, a entidade divulgou um breve comunicado em seu site informando que não havia provas para abrir um processo disciplinar sobre o caso, conforme noticiou o site Mozart Sport, de Belgrado:
2. ACUSAÇÃO DE RACISMO CONTRA O BOAVISTA, DE PORTUGAL – JULGADA IMPROCEDENTE PELO CONSELHO DISCIPLINAR DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL POR FALTA DE PROVAS
O segundo caso de denúncia de racismo envolvendo Allano na Europa foi em 20 de agosto de 2022, na partida pela Primeira Liga de Portugal (então denominada Liga Bwin) entre o Boavista e o Santa Clara, onde ele atuava. No intervalo da partida, Allano denunciou ao árbitro que a torcida do Boavista havia proferido ofensas racistas a ele, o que resultou na instauração de um processo disciplinar contra o clube, que venceu a partida por 2 a 1.
Em 7 de dezembro de 2022, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de futebol julgou improcedente, “por não provada”, a acusação de Allano de ofensas raciais da torcida do Boavista.
“Nestes termos e com os fundamentos expostos, decide-se julgar improcedente, por não provada, a acusação deduzida contra a arguida Boavista Futebol Clube-Futebol SAD e, consequentemente, absolvê-la da prática da infração disciplinar”, diz a decisão do Conselho Disciplinar:
Não houve testemunhas que comprovassem as ofensas racistas alegadas por Allano. O próprio técnico do Santa Clara, Mário Silva, deu declaração ao final da partida, dizendo que os apupos da torcida do Boavista a Allano durante o jogo eram “coisas normais”. “Racismo? O Allano queixou-se, mas não consigo confirmar ou desmentir isso’, disse o técnico de acordo com matéria do jornal Record, um dos principais de Portugal:
3. PEGO NO EXAME ANTIDOPING EM PORTUGAL
Além do caso de denúncia de racismo sem fundamento, Allano se envolveu em outra grande polêmica em passagem pelo Santa Clara:
Foi pego num exame de antidoping após o jogo em Vizela, em 2 de outubro de 2021, que acusou a presença em seu organismo de canabinoides, compostos químicos encontrados na cannabis, a planta da maconha. Foi punido com três meses de suspensão pelo Conselho Disciplinar Antidopagem.
https://cnnportugal.iol.pt/liga/21-02-2022/santa-clara-allano-de-regresso-apos-suspensao-por-doping
4. SUCESSÃO DE ATOS INDISCIPLINA NA CARREIRA
A trajetória profissional de Allano é uma incrível sucessão de atos de indisciplina. Foi afastado por indisciplina de quatro clubes no Brasil: Botafogo (que o revelou), Corinthians, Avaí e Criciúma, seu último clube antes de se transferir para o Operário de Ponta Grossa.
O seu afastamento por questões disciplinares dos três primeiros clubes em que atuou, é relatado em reportagem do portal Ge intitulada: “Farmácia e indisciplina: Allano supera ‘fim de carreira’ e estreia pelo Cruzeiro”. “Revelado nas categorias de base do Botafogo, Allano já havia sido emprestado a Corinthians e Avaí, mas, por questões disciplinares, não havia se firmando em nenhum dos três clubes.”
“O Botafogo segurou Allano em seu elenco o quanto pôde. Porém, os casos recorrentes de indisciplina chegaram a um limite”, relatou matéria do jornal Extra, de 28/10/2014, sobre a decisão do clube que revelou Allano em afastá-lo:
https://www.gazetaweb.com/blogs/arivaldo-maia/allano-pensei-que-meu-ciclo-tinha-encerrado-no-csa
5. INDISCIPLINA E AFIRMAÇÃO FALSA NO CRICIÚMA
O ato de indisciplina que foi a gota d’água para seu afastamento do Criciúma, em 2024, foi a afirmação falsa, ao dizer para uma emissora de rádio que não havia atuado numa partida por opção do técnico, sendo que ele começou o jogo no banco de reservas por não estar 100% fisicamente – estava se recuperando de uma entorse no joelho.
Abaixo:
https://www.futebolinterior.com.br/atacante-do-criciuma-e-afastado-por-indisciplina-e-nao-enfrenta-o-fluminense/embed/#?secret=IYc37s3w7f#?secret=aCHvACgDVt https://portalcruzeirense.com.br/jogador-odiado-pela-torcida-do-cruzeiro-acaba-de-ser-afastado-de-time-da-serie-a-na-reta-final/embed/#?secret=OMTcB4vB5s#?secret=S2FTfR77Tp 6. CONHECIDO PELO “JEITO EXPLOSIVO EM CAMPO”
“Allano é conhecido pelo jeito explosivo em campo, que já rendeu oito cartões amarelos e duas expulsões”, escreveu o jornalista Marco Burigo ao comentar em seu blog o afastamento de Allano do Criciuma. O seu “jeito explosivo em campo”, que o fez levar recorde de cartões amarelos e vermelhos, foi outro motivo do seu desligamento pelo Criciuma antes do final do seu contrato.
Reportagem do jornalista Marco Burigo:
7. SUSPENSO NO BRASIL POR AGRESSÃO A ADVERSÁRIO
Em sua curta passagem pelo CSA, em 2020, Allano também deixou sua marca de indisciplina. Ele estava afastado do elenco principal, treinando separado, quando ganhou uma nova chance do técnico recém-contratado, Mozart Soares, numa partida contra o Sampaio Correia, em 03/10/2021. Foi expulso da partida por agredir um jogador adversário com a bola fora do campo, sendo condenado por unanimidade, por quatro jogos de suspensão, pela 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
https://www.gazetaweb.com/blogs/arivaldo-maia/allano-pensei-que-meu-ciclo-tinha-encerrado-no-csa
8. SUSPENSO EM PORTUGAL POR AGRESSÃO A ADVERSÁRIO
Allano foi suspenso por três jogos pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e condenado a pagar 842 euros de multa, em 9 de dezembro de 2022, por ter agredido um adversário com um tapa na cara, sem discuta de bola, na partida entre seu clube Santa Clara contra o Santa Maria de Feira.
9. AÇÕES NA JUSTIÇA POR NÃO PAGAMENTO DE ALUGUEIS
Allano foi processado duas vezes no Rio de Janeiro pelo não pagamento de alugueis.
O primeiro processo foi em 2014, impetrado pela Sinai Empreendimentos Imobiliários Ltda junto ao Juizado Especial Civil/Fazendário. Em 09/02/2015 o juiz extinguiu a ação, sem julgamento do mérito, pelo fato de que a imobiliária não havia comprovado ser microempresa. O processo estava correndo à revelia de Allano, que não havia comparecido à Audiência de Conciliação, em 03/02/2015.
A outra ação foi impetrada por Maria Alice Lopes Coelho, em 2015, num processo de despejo por falta de pagamento de alugueis.