Jorge Sampaoli em foto do Bruno Cantini/Atlético
A Alemanha recomeçou seu campeonato há três semanas e agora foi a vez da Espanha. Eles viveram o auge da pandemia dois meses antes de nós e por isso ficaremos mais um tempo aguardando. Sem falar que aqui, virou “samba do crioulo doido”. Óbvio que os times que já começaram seus treinos deverão se destacar nas primeiras rodadas dos seus respectivos campeonatos. E os que tiverem melhores elencos, brigarão na cabeça nas rodadas finais. Aí entra o fator financeiro. Com a autorização pela FIFA/CBF para cinco substituições, quem tiver melhor elenco levará grande vantagem. O Flamengo de Jorge Jesus é, novamente, o principal favorito. Vários comentaristas da imprensa nacional apontam, além do rubro-negro, o Grêmio, Palmeiras e Atlético como os principais candidatos ao topo. Novidade nesta lista em relação a 2019 é o Galo, por causa obviamente do técnico Jorge Sampaoli, que é um “tarado” pelo trabalho intenso e zela pelo próprio nome, ou seja: não viria para Minas apenas para figurar no campeonato. Nem fazer um trabalho de médio ou longo prazo, aproveitando as categorias de base, onde não desponta ninguém. Tanto que a diretoria investiu num diretor como o Alexandre Mattos, e tem buscado atender aos pedidos do treinador , que deu nomes para várias posições, com opções para todo tipo de investimento. Sampaoli ficou engasgado com a falta de bala na agulha do Santos, ano passado. Na hora agá, quando precisava de um banco mais qualificado, não havia dinheiro e o Flamengo deitou o rolou, sozinho na raia, chegando ao título com 16 pontos na frente. Mesmo apertado de grana o Atlético está dando a Sampaoli os reforços que ele pediu. Sendo assim, dá pra acreditar que o time não será apenas mais um figurante no Brasileirão.
Com o aperto geral que todos os concorrentes estão passando, o América, que já tinha um time montado, e mantém suas contas bem administradas, poderá fazer diferença na Série B. Lisca é bom treinador, conhece a fundo todos os adversários e tem uma retaguarda forte para realizar seu trabalho. Acredito muito no Coelho na busca de uma das quatro vagas do acesso.
O mesmo penso sobre o Cruzeiro, que certamente é o clube que passa os maiores apuros financeiros no momento, mas em compensação, é o de camisa mais forte entre todos os concorrentes da Série B, e isso pesa muito. Tem ótima comissão técnica e uma nova diretoria, empolgada, fechando parcerias que vão proporcionar pagar em dia e ainda montar um time competitivo. Enderson Moreira e Ricardo Drubsky são muito bons de serviço. Conhecem o caminho das pedras, também da Série B.
O Alexandre Simões lembrou no Hoje em Dia, de hoje, que teríamos clássico mineiro pela Série B neste fim de semana, adiado pela Covid-19. Aproveitou para contar grandes disputas entre ambos na história do futebol mineiro:
* “Encontro desmarcado: Clássico entre Cruzeiro e América, pela Série B, seria nesta sexta ou sábado”
Era para o futebol mineiro estar vivendo neste Dia dos Namorados a expectativa pelo primeiro clássico entre dois clubes de Belo Horizonte na Série B do Campeonato Brasileiro. Isso porque a tabela original da competição, divulgada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 28 de fevereiro, marcava o confronto entre Cruzeiro e América, pela sexta rodada, para 12 ou 13 de junho.
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
A pandemia pelo novo coronavírus não permitiu nem mesmo o início do torneio, que seria em 1º de maio, pois desde a metade de março o futebol está parado no Brasil. Faltam ainda seis datas para que sejam encerrados os estaduais. Só então deve-se pensar no começo das quatro divisões do Brasileirão.
Este clássico entre Cruzeiro e América pela sexta rodada da Série B terá mando cruzeirense. E será disputado com portões fechados de qualquer maneira. Seja por determinação das autoridades, por causa da pandemia, ou pelo cumprimento de pena imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Por causa dos incidentes provocados por sua torcida na Série A do ano passado, a Raposa tem de cumprir cinco jogos de punição imposta pelo órgão. E terá de jogar sem a presença de público.
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