Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Neste fim de semana teríamos Cruzeiro x América pela Série B. O que esperar deles e do Galo no Brasileiro2020?

Jorge Sampaoli em foto do Bruno Cantini/Atlético

A Alemanha recomeçou seu campeonato há três semanas e agora foi a vez da Espanha. Eles viveram o auge da pandemia dois meses antes de nós e por isso ficaremos mais um tempo aguardando. Sem falar que aqui, virou “samba do crioulo doido”. Óbvio que os times que já começaram seus treinos deverão se destacar nas primeiras rodadas dos seus respectivos campeonatos. E os que tiverem melhores elencos, brigarão na cabeça nas rodadas finais. Aí entra o fator financeiro. Com a autorização pela FIFA/CBF para cinco substituições, quem tiver melhor elenco levará grande vantagem. O Flamengo de Jorge Jesus é, novamente, o principal favorito. Vários comentaristas da imprensa nacional apontam, além do rubro-negro, o Grêmio, Palmeiras e Atlético como os principais candidatos ao topo. Novidade nesta lista em relação a 2019 é o Galo, por causa obviamente do técnico Jorge Sampaoli, que é um “tarado” pelo trabalho intenso e zela pelo próprio nome, ou seja: não viria para Minas apenas para figurar no campeonato. Nem fazer um trabalho de médio ou longo prazo, aproveitando as categorias de base, onde não desponta ninguém. Tanto que a diretoria investiu num diretor como o Alexandre Mattos, e tem buscado atender aos pedidos do treinador , que deu nomes para várias posições, com opções para todo tipo de investimento. Sampaoli ficou engasgado com a falta de bala na agulha do Santos, ano passado. Na hora agá, quando precisava de um banco mais qualificado, não havia dinheiro e o Flamengo deitou o rolou, sozinho na raia, chegando ao título com 16 pontos na frente. Mesmo apertado de grana o Atlético está dando a Sampaoli os reforços que ele pediu. Sendo assim, dá pra acreditar que o time não será apenas mais um figurante no Brasileirão.

Com o aperto geral que todos os concorrentes estão passando, o América, que já tinha um time montado, e mantém suas contas bem administradas, poderá fazer diferença na Série B. Lisca é bom treinador, conhece a fundo todos os adversários e tem uma retaguarda forte para realizar seu trabalho. Acredito muito no Coelho na busca de uma das quatro vagas do acesso.

O mesmo penso sobre o Cruzeiro, que certamente é o clube que passa os maiores apuros financeiros no momento, mas em compensação, é o de camisa mais forte entre todos os concorrentes da Série B, e isso pesa muito. Tem ótima comissão técnica e uma nova diretoria, empolgada, fechando parcerias que vão proporcionar pagar em dia e ainda montar um time competitivo. Enderson Moreira e Ricardo Drubsky são muito bons de serviço. Conhecem o caminho das pedras, também da Série B.

O Alexandre Simões lembrou no Hoje em Dia, de hoje, que teríamos clássico mineiro pela Série B neste fim de semana, adiado pela Covid-19. Aproveitou para contar grandes disputas entre ambos na história do futebol mineiro:

* “Encontro desmarcado: Clássico entre Cruzeiro e América, pela Série B, seria nesta sexta ou sábado”

Era para o futebol mineiro estar vivendo neste Dia dos Namorados a expectativa pelo primeiro clássico entre dois clubes de Belo Horizonte na Série B do Campeonato Brasileiro. Isso porque a tabela original da competição, divulgada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 28 de fevereiro, marcava o confronto entre Cruzeiro e América, pela sexta rodada, para 12 ou 13 de junho.

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

A pandemia pelo novo coronavírus não permitiu nem mesmo o início do torneio, que seria em 1º de maio, pois desde a metade de março o futebol está parado no Brasil. Faltam ainda seis datas para que sejam encerrados os estaduais. Só então deve-se pensar no começo das quatro divisões do Brasileirão.

Este clássico entre Cruzeiro e América pela sexta rodada da Série B terá mando cruzeirense. E será disputado com portões fechados de qualquer maneira. Seja por determinação das autoridades, por causa da pandemia, ou pelo cumprimento de pena imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Por causa dos incidentes provocados por sua torcida na Série A  do ano passado, a Raposa tem de cumprir cinco jogos de punição imposta pelo órgão. E terá de jogar sem a presença de público.

História (mais…)


O dia em que acabou o sonho do goleiro e começou a vida do repórter

Em tempos de quarentena, vasculho gavetas, encontro e revejo antigas e queridas fotos. Ou não encontro algumas que imaginava estarem em minhas gavetas, mas as recebo via internet, essa santa tecnologia, que recupera nossa memória.

Esta semana o vice-presidente do Atlético, Dr. Lásaro Cunha tirou sarro em “ex-craques” que apareceram ao lado dele em fotos postadas por mim, sobre os três anos sem Eduardo Maluf, dizendo que, de todos, o único “federado” seria ele, os demais, “peladeiros”.

@lasaroccunha: “Únicos federados entre todos dessa foto: Malufão e Lásaro Cândido. Os demais são peladeiros e “ex-jogadores” em sonhos … RS”

O ex-presidente da FMF, Castellar Neto, retrucou:

@castellarneto: “Dr. Lásaro deve ter sido federado em outro estado. Na Mineira, nunca achei registros!”

Thiago Reis (Itatiaia), que foi um grande atacante e chegou a jogar mesmo na base do Galo, reagiu. Victor Martins, do Yahoo Esportes, outro atacante de “peso”, engoliu seco, e eu prometi a mim mesmo que encontraria documentos para mostrar ao Dr. Lásaro.

Aí me enviaram o link da página Retalhos do Passado, do facebook, que mostra pessoas e cenas antigas de Sete Lagoas, com a foto do alto deste post, que se encontra na sede do Ideal Sport Clube, tradicional clube amador da minha cidade, um grande “papa-títulos” regional. Estou lá, goleiro, campeão infanto-juvenil em 1975, com um time inesquecível. Companheiro de Ideal, também nesta foto, o ponta direita Catatau, também sete-lagoano, o único que fez sucesso no profissionalismo. Do Ideal ele foi para o Guarani de Divinópolis e de lá para o Atlético. Ficou conhecido como o “Secretário do Nelinho”, pois além de atacar, voltava para cobrir as avançadas do maior lateral direito que vi jogar. Coisa do Procópio Cardozo, o treinador que conseguia extrair tudo do potencial de um jogador em prol dos times que dirigia.

Depois o Catatau foi para o Guarani de Campinas e por lá se casou, se tornou um empresário do ramo de tintas e caixas de papelão, bem sucedido e vive lá com a família. Só aparece nos fins de ano em Sete Lagoas para rever os parentes e amigos.

Depois do Ideal, goleiro “chama-gol”, 1,76m de altura, fui levado ao Galo para um teste, pelo então vereador Paulinho Maciel, que era amigo de pescarias do Toninho Cerezo, o grande nome do Atlético na época. O diretor era o Wolnei Andrade; o técnico, Dawson Laviola. Ao fim do treino, no campo B da Vila Olímpica, me chamaram, junto com os meus “padrinhos” e o Wolnei, disse, gentil e polidamente, que eu tinha “potencial”, mas que deveria voltar no “ano que vem”, pois era “muito novo” e etecetera e tal. Na verdade, só fui aceito para o teste, porque ninguém recusaria um pedido desses do Cerezo. Naquele tempo, já nem aceitavam goleiros com menos de 1,80m, para teste. Captei a mensagem, foquei na oportunidade que tive na Rádio Cultura de Sete Lagoas e quatro anos depois estava de volta à Vila Olímpica, aí, como repórter, da Rádio Capital, que acabava de se instalar em Belo Horizonte. Comecei cobrindo o América e três meses depois o chefe de esportes da rádio, Flávio Anselmo, me escalara para cobrir o Galo. Foi como jogar o sapo n’água.

Dois anos depois o Atlético buscava o Catatau, no Guarani de Divinópolis e passamos a conviver nos treinos, jogos e viagens, como nessa foto, junto com o Éder, no aeroporto de Barcelona, em 1982, a caminho da França, onde o Galo seria campeão do Torneio de Paris.

Procópio era o técnico e o time era este, porém, com o Palhinha (ex-Cruzeiro e Corinthians) no lugar do Renato Dramático:

João Leite, Nelinho, Osmar Guarneli, Luizinho, Cerezo e Jorge Valença; Catatau, Heleno, Reinaldo, Renato e Éder.

Que prazer e honra cobrir este time e conviver com estas grandes figuras humanas.


E lá se foi o Ronaldo Drumond, campeão pelo Galo, Cruzeiro e Palmeiras

Força à família e amigos do Ronaldo, uma grande figura humana, excelente jogador, que brilhou no Atlético, Cruzeiro e Palmeiras. Entre 1995 e 1997 foi diretor de futebol do Galo, quando o presidente era Paulo Curi.

Ronaldo tinha 73 anos e estava internado há 20 dias no Hospital Vera Cruz, enfrentando uma hemorragia no estômago. O sepultamento será no Cemitério do Bonfim, em horário não informado, sem velório, por causa da Covid-19.

O Alexandre Simões, conta no Hoje em Dia, detalhes importantes da vida e da carreira dele, que era primo do Tostão:

* “Morre Ronaldo Drummond, campeão brasileiro pelo Atlético e da Libertadores pelo Cruzeiro”

O futebol mineiro perdeu nesta terça-feira (9) um dos grandes nomes da sua história. Morreu, às 4h, Ronaldo Gonçalves Drummond, ex-atacante que brilhou com as camisas de Atlético e Cruzeiro e que viveu ainda grandes momentos com a camisa do Palmeiras.

O currículo fala por ele. Revelado no Galo, após passagem pelo juvenil cruzeirense, de onde saiu numa troca entre os rivais, ele estreou no time principal ainda com 17 anos. O Gonçalves que carrega no nome é o mesmo de Tostão, seu primo de primeiro grau, e ele mostrou em campo que a família tem dois craques. (mais…)


A juíza do caso Bruno/Elisa Samúdio. Tom Jobim é que está certo: “o Brasil não é para principiantes”

Foto: jornal O Tempo

Durante toda a minha vida ouço falar da necessidade de reformas estruturais “urgentes” das instituições do Brasil: política, administrativa, previdenciária, tributária e etecetera e tal. Porém, com a experiência de cidadão e graduado em Direito, não tenho a menor dúvida de que sem uma reforma do sistema judiciário e seus meios de controle, nada se resolve. Exemplos não faltam. Vejam esta situação da primeira juíza do caso Bruno/Elisa Samúdio. Afastada do cargo, continuou, continua e deverá continuar recebendo o salário/punição de R$ 30 mil.

Notícia do G1:

* “Justiça de MG acata denúncia contra juíza suspeita de ter negociado sentenças para beneficiar goleiro Bruno Fernandes”

“Como se refere a agente público, o processos prescrevem junto com o prazo para aplicação da penalidade administrativa, que, no caso, é de cinco anos contados da ciência pela corregedoria. Então, em tese, a prescrição teria ocorrido em 2016 e 2017”

Maria José Starling foi a primeira juíza do caso.

A juíza Maria José Starling foi afastada do caso em junho de 2011, suspeita de pedir R$ 1,5 milhão para soltar o goleiro acusado de matar a modelo Elisa Samúdio. Na época, ele estava preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. A denúncia foi feita por Ingrid Calheiros, que era noiva de Bruno.

Em 2018, sete anos após a denúncia, a juíza foi condenada em processo administrativo a aposentadoria compulsória, em que o servidor público não perde o direito ao salário, mesmo tendo cometido falta grave. Hoje, ela recebe R$ 30 mil por mês.

Foi também em 2018 que o Ministério Público entrou com uma Ação Civil Pública, por improbidade administrativa, contra a juíza Maria José Starling. Porém, só na semana passada, o Tribunal de Justiça de MG aceitou a denúncia.

A juíza poderá responder a processo judicial e, se for condenada, pode até perder a aposentadoria. Mas, de acordo com Daniel Medrado de Castro, especialista em direito público, a demora foi tanta que o processo pode estar prescrito.

Enquanto o processo da juíza corre ainda sem prazo pra terminar, Bruno já foi condenado, cumpriu parte da pena e já teve o benefício do regime domiciliar.

A defesa da juíza afirmou que vai contestar a ação por prescrição e que se trata de uma montagem contra Maria José Starling.

O Ministério Público Estadual afirmou que aguarda que a justiça julgue procedentes os pedidos feitos na ação.

O Tribunal de Justiça, por sua vez, informou que a juíza foi aposentada compulsoriamente, em agosto de 2018, conforme prevê a lei, e que não se pronuncia sobre casos específicos.

https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2020/06/08/justica-de-mg-acata-denuncia-contra-juiza-suspeita-de-ter-negociado-sentencas-para-beneficiar-goleiro-bruno-fernandes.ghtml


Três anos sem Eduardo Maluf

Perto da conclusão das obras do Independência, que estava sendo preparado para servir às seleções que jogariam em Belo Horizonte pela Copa de 2014, a diretoria e comissão técnica do Atlético visitaram o estádio, no início de março de 2012. Da esquerda para a direita, Eduardo Maluf, Thiago Reis (Seu Nome Seu Bairro), da Itatiaia, Cuca, Lásaro Cândido da Cunha, Rodolfo Gropen e o “locutor que vos fala”.

Grande figura humana e grande executivo do futebol. No dia 8 de junho de 2017 ele nos deixava, depois de intensa luta contra um câncer de estômago, aos 61 anos de idade.

Tive o prazer de conhecê-lo ainda nos meus tempos de repórter da Rádio Cultura de Sete Lagoas. Num dia de gloria dele como goleiro do júnior do Valeriodoce de Itabira, fechou o gol contra o Democrata, no saudoso Estádio José Duarte de Paiva. Alguns anos depois voltei a entrevistá-lo, aí como presidente do Valério.

Jornalista Vitor Martins (ex- Lance!, Superesportes, TV Alterosa, iG, O Tempo e Uol, atualmente no Yahoo Esportes), Maluf, Cuca e Lásaro Cândido da Cunha.

Em 2009 Alexandre Kalil firmou parceria do Atlético com o nosso Democrata de Sete Lagoas e incumbiu a Maluf a missão de montar um bom time para disputar a terceira divisão estadual, de onde surgiu Bernard. Esta foto, feita por mim, registra o primeiro encontro de trabalho na Cidade do Galo: Maluf, André Figueiredo (então diretor da base do Galo), o presidente do Jacaré, Flávio Reis e Geraldo Magela (diretor do Democrata).


Cena inédita, por uma grande causa: atleticanos, cruzeirenses e americanos caminhando juntos e unidos contra o racismo

O assassinato de George Floyd está se tornando um marco na luta contra o racismo, de forma semelhante ao de Martin Luther King em 1968. Há tempos não se via um movimento pela causa tão forte e espalhado por tantos países do mundo. E pela primeira vez este tipo de protesto tem adesão forte no Brasil, unindo até adversários que costumam se tratar como inimigos, como torcedores de futebol. Essa foto do Fred Magno, hoje, no portal O Tempo, é altamente representativa. Mostra atleticanos, cruzeirenses e americanos pelas ruas de Belo Horizonte na manhã de hoje, contra o racismo e contra qualquer retrocesso político/democrático.

A foto em Belo Horizonte é uma das consequências dessa, do assassinato do cidadão negro George Floyd pelo policial branco Derek Chauvin, em Minneapolis, no noroeste dos Estados Unidos. Em plena luz do dia, o assassino nem aí, mesmo sendo filmado e ouvindo os apelos das pessoas que passavam, tendo com cúmplices, três outros companheiros de farda. Se no chamado “primeiro mundo” ainda se vê este tipo de coisa, imagine por aqui, num dos países mais violentos do mundo.


Assassinato de Floyd provoca mudança de postura de Michael Jordan, que doa 100 milhões de dólares à luta contra o racismo

Michael Jordan em foto de Frank Fife/AFP, no portal Surto Olímpico

Estou assistindo a série “Arremesso Final”, a trajetória de Michael Jordan, o Pelé do basquete mundial. Sensacional, imperdível e voltarei ao blog, breve, para falar sobre ele e de tantos atletas, do futebol principalmente, que poderiam ter tido mais sucesso que tiveram em suas carreiras, mas que não persistiram e não foram 100% profissionais, como foi Jordan.

Como ser humano, ele foi e continua sendo como qualquer mortal, cheio de virtudes e defeitos. Uma das críticas que mais recebia era quanto à sua falta de engajamento em relação às lutas dos negros nos Estados Unidos. Recusou o pedido da própria mãe para apoiar publicamente a candidatura de um candidato negro ao senado norte-americano. Apoiou financeiramente, mas a candidatura foi derrotada por um branco, racista radical.

Agora, neste assassinato de George Floyd ele entrou com tudo na luta contra o racismo. Além de dar declarações fortes, anunciou que vai doar 100 milhões de dólares à instituições que trabalham pela causa.

* “Michael Jordan anuncia doação de 100 milhões de dólares para combate ao racismo”

A lenda Michael Jordan e a Jordan Brand, marca esportiva relacionada ao ex-jogador de basquete, prometeram doar U$ 100 milhões de dólares (cerca de R$ 496 milhões) às instituições dedicadas ao combate da discriminação racial pelos próximos 10 anos. (mais…)


Cruzeiro se reforça com as dispensas de Edilson e Robinho

Em foto do Vinnicius Silva/Cruzeiro, Robinho (esq.) e Edilson, em fim de linha na Toca da Raposa 

O lateral já demonstrou não conseguir jogar mais em alto rendimento, numa posição fundamental para defender, atacar e participar da armação de jogadas. O meia tem fôlego, mas, foi uma das principais lideranças, muito contestada, na fracassada campanha do Brasileiro 2019 que levou o time ao rebaixamento.

Condição física 100% e bom ambiente no grupo, são fundamentais para times competitivos no futebol e qualquer esporte coletivo.


A Era “SSR” e as perspectivas de recuperação do Cruzeiro

Sérgio Santos Rodrigues, em foto do Igor Sales/Cruzeiro

Com as iniciais do Sérgio Santos Rodrigues, é assim que muitos cruzeirenses estão chamando o atual momento do clube, com a posse da nova diretoria, dia 1º. Advogado, 38 anos, o presidente foi eleito para um mandato tampão, que será cumprido até dezembro deste ano, concluindo o trágico período que seria de Wagner Pires de Sá. Diferentemente do antecessor, Sérgio não é um paraquedista no Cruzeiro, muito pelo contrário. Já ocupou cargos de relevância em gestões passadas e é ligado ao Zezé Perrella, de quem é advogado. Contou com o apoio fundamental de Pedrinho Lourenço (Supermercado BH) e continua contando, de forma mais fundamental ainda, para a injeção de recursos nestes primeiros momentos de absoluto sufoco para pagar contas urgentes.

O discurso é otimista, com razão, para que assume um grande clube, detentor de uma das maiores torcidas do país. Como disse Alexandre Kalil quando assumiu o Atlético, em fins de 2008, tão quebrado quanto: “em time grande, se o presidente não roubar e não deixar roubar, o dinheiro rende e dá pra fazer tudo que precisa ser feito…”. As fontes de arrecadação são muitas e fartas.

Neste contexto de crença na recuperação do Cruzeiro, transcrevo coluna de uma das pessoas mais bem * informadas sobre o clube que conheço, que é o João Chiabi Duarte, do site Debatezeiros:

* “O Cruzeiro vai renascer das cinzas”

O momento exige apoio total ao Sérgio Santos Rodrigues Mundo Azul,

A situação é difícil, mas, acredito muito no arrojo do Presidente e na reversão da situação – Não bastassem os problemas decorrentes da queda absurda de receita com o rebaixamento à série B, o processo de endividamento do clube agora apontado no balanço de R$ 394 milhões apenas no ano de 2019, algo realmente inexplicável, tornou ainda mais complicada a situação do nosso clube do coração.

Com R$ 803 milhões de dívidas, excluída a parte do PROFUT praticamente sem juros, só de custos financeiros o Cruzeiro desembolsou em 2019 o valor de R$ 127 milhões. Os custos administrativos DOBRARAM sem nenhuma explicação plausível (23 à 47 milhões). E na parte das receitas o Cruzeiro perdeu em todas as rubricas (vendas de jogadores, arrecadação de bilheteria, sócios do futebol, cotas de TV, patrocínios, etc).

O desafio do nosso novo presidente Sérgio Santos Rodrigues é enorme, mas, é importante se ressaltar que parte importante e fundamental das ações de ajuste já foram feitas pelo Conselho Gestor, reduzindo a folha salarial dos atletas de R$ 16 milhões mensais x 13.3 = R$ 212.8 milhões / ano para algo em torno de R$ 3 milhões mensais = R$ 39.9 milhões anuais. Ajuste positivo de R$ 172.9 milhões.

Na parte administrativa ainda estão em estudos outras medidas relevantes, mas, até aqui se estimam R$ 25 milhões anuais de redução nos gastos.

Cumpre destacar ainda outras ações relevantes do Conselho Gestor que foram:

  • Negociação das dívidas e retomada da relação com a Minas Arena, permitindo além da redução do valor a ser pago, uma carência importante para aliviar o caixa do clube neste período muito difícil da vida do clube.
  • Volta do Cruzeiro ao PROFUT
  • Redução das perdas de mando de campo, decorrentes de processos de 2019
  • Cancelamento de cartão de crédito corporativo, venda dos veículos e suspensão das linhas telefônicas usadas pelo presidente e diretoria do clube.
  • Nova aproximação com a gestão das equipes de vôlei SADA -Cruzeiro e busca de patrocínio para recriar a vitoriosa equipe de atletismo do Cruzeiro que sob o comando de Alexandre Minardi fez o nome do Cruzeiro brilhar no esporte.
  • Análise Geral de todos os contratos de atletas do clube
  • Envio de proposta de reforma estatutária ao Conselho Deliberativo
  • Criação do Portal da Transparência
  • Relatórios de auditorias da Moore (Auditoria contábil) e da Kroll (investigação corporativa) para dar visibilidade a todo o processo de endividamento do clube.

Porém, a única falha do Conselho Gestor foi não cumprir o pagamento de dívida de R$ 5 milhões em função da contratação de Denílson (Al Wahda – Arábia Saudita), o que resultou na perda de 6 pontos, tornando nossa tarefa de acesso muito mais complicada.

Antes de virar a página é importante lembrar onde começaram estas dívidas da FIFA. Todas se iniciaram por volta do 2º semestre de 2016 e até hoje não consigo entender porque o Cruzeiro contratou e deixou de pagar todo mundo (Riascos, Arrascaeta, Denílson, Ábila, Sóbis, Caicedo, Latorre, Pizano, Careca, Ezequiel, Halef Pitbull, Paulo Bento, entre outros,  isto apenas na gestão do 2º mandato do Dr. Gilvan). (mais…)


Cazares se comporta como quem quer sair do Atlético pela porta dos fundos

Em foto do Bruno Cantini, a elegância em campo do Cazares, que constantemente mostra o seu descompromisso profissional com o Atlético.

No dia 18 de maio Levir Culpi, em entrevista ao Afonso Alberto, falou algumas verdades sobre o Cazares: “Ele tem que resolver o que quer fazer. Se ele acha que é bom sair na zona e chegar bêbado para treinar, ele vai fazer isso. Agora, tem um preço. Tudo tem um preço”. Falou com a autoridade de quem dirigiu o jogador no Atlético e passou muita raiva por causa do comportamento extra-campo dele.

Esta semana, no primeiro dia do mês, o equatoriano estava nas manchetes negativas de novo, por teste positivo de coronavirus e multa de R$ 130 mil, a ser paga à prefeitura de Lagoa Santa, onde mora, depois de três festas consecutivas, denunciadas por vizinhos, contrariando o decreto municipal de prevenção à doença.

Atualmente com 28 anos de idade, Cazares está no Atlético desde 2016. Já faltou a treinos, chegou atrasado, enfrenta acusação de agressão à mulheres, afastado da seleção do Equador pelo técnico Hernán Dario Gómez, disse que deseja jogar no Corinthians e outras coisas mais, Não conquistou nenhum título relevante com o Atlético, porém, marcou alguns belos gols, deu umas belas assistências e deixou marcadores deitados ou “catando cavaco”, depois de dribles desconcertantes. Isso ainda mantém seu prestígio com torcedores mais apaixonados do Galo. Quando alguém o critica ou põe o dedo nessas feridas, enfrenta a ira de muitos ou comentários como, “podem falar o quê quiser ,mas eu penso que o Cazares bêbado ainda é melhor jogador do Atlético. Pode colocar pinga na garrafinha de água dele e deixá-lo em campo. Vai jogar mais.”

Critiquei-o recentemente, lembrando que é craque, mas cuja irresponsabilidade só prejudica o clube que lhe paga um alto salário. Tomei porrada de torcedores em meu próprio blog. Quem o defende com unhas e dentes se esquece que em momentos decisivos, quando o time mais precisou dele, negou fogo, por causa de uma dessas indisciplinas. Certa vez foi retirado da concentração antes de um jogo importante, sem explicações públicas convincentes. Depois saiu a informação de que ele foi a uma festa antes de se concentrar e por via das dúvidas, melhor deixá-lo de fora da partida.

Nunca demonstrou preocupação de verdade em dar retorno ao Atlético. Nestes últimos meses de contrato, dá a impressão de que quer sair fora logo. Tipo de comportamento inaceitável para Jorge Sampaoli, que conhece muito bem todos os jogadores dos principais clubes da América do Sul.

Foi-se o tempo em que jogador tomava todas e na hora agá arrebentava em campo. Cada dia mais o profissionalismo, condição física principalmente, é exigido de um atleta. Quem tem mais fôlego, normalmente vence. Sem falar em outros detalhes dos regulamentos, que prevêem exame antidoping e essas coisas. Maradona estava fazendo uma ótima Copa nos Estados Unidos em 1994 e depois de uma grande partida contra a Nigéria teve a carreira na seleção encerrada, flagrado que foi no antidoping.