Como diria o saudoso Gil Costa, “um prazer incomensurável” receber e-mail tão honroso como este.
Trata-se do Renato, um dos grandes goleiros da história do futebol brasileiro, dos poucos ídolos que tive em meus tempos de criança, campeão brasileiro com o Atlético, depois Flamengo, seleção brasileira e por aí afora.
Sempre o cito e a vários outros jogadores que vieram do interior de Minas, como exemplo de sucesso que Atlético, Cruzeiro e América abandonaram na formação de seus times nas últimas décadas.
Renato foi descoberto no Uberlândia pelo Atlético, para tornar-se uma referência nacional de grandes goleiros.
Dos anos 1990 para cá, nossos clubes entraram nessa de sair buscando jogadores caros, muitas vezes velhos, muitos, ex-jogadores em atividade, a alto custo, preterindo as próprias categorias de base e principalmente bons valores do interior do Estado, que já deu nomes fantásticos para a glória do futebol mineiro.
Este ano o Renato recebeu o título de Cidadão Honorário de Uberlândia e destaquei a notícia aqui no blog.
Alguns comentaristas, inclusive cruzeirenses, como o JB Cruz, entraram no post e fizeram elogios a este grande goleiro e figura humana, que inclusive, nunca tive o prazer bater um papo.
Pois o Renato leu e ontem enviou um e-mail muito gentil ao Luiz Carlos Alves, pedindo que agradecesse em nome dele, a todos nós.
Aliás, este episódio é bom para mostrar também como eram as relações entre atletas, imprensa e público. Havia mais respeito, consideração e até amizade, como essa do Luiz Carlos com o Renato e tantos outros jogadores daqueles tempos.
O Luiz era o maior nome da reportagem esportiva de Minas, um dos mais destacados do Brasil. Mesmo polêmico, por sempre botar dedo em feridas e não abrir mão da sua capacidade de indignação, somou mais amigos que desafetos, e essas amizades se perpetuaram.
Hoje, jogador de futebol se acha Deus, dirigente tem certeza que é, e as relações comerciais são nebulosas, misturando tudo num balaio só.
Obrigado ao Luiz e principalmente ao Renato pela gentileza desse e-mail.
Confira:
“AMIGO LUIZ
O SEU DVD E OUTROS JÁ ESTÃO EM BH.
DESCULPE NÃO MANDAR SEPARADAMENTE PARA CADA UM,MAS SERIA DISPENDIOSO.
GOSTARIA QUE VC FIZESSE UM AGRADECIMENTO ESPECIAL AO CHICO MAIA, POIS SÓ AGORA
RECEBI IMPRESSO DE UM AMIGO, O QUE ELE ESCREVEU NO BLOG.
TAMBÉM AO GUILHERME LOPES, ZÉ CARLOS, FABRICIO MELO, J.B.CRUZ E PEDRO LUIZ AZEVEDO,QUE MANDARAM MENSAGENS
PELO TITULO DE CIDADÃO.
MINHA INTIMIDADE COM O COMPUTADOR É BASTANTE LIMITADA.
OBRIGADO E UM GRANDE ABRAÇO A TODOS,
RENATO VALLE.”
Renato, no grande time do Atlético de 1971
No Flamengo, com outros mineiros que também jogavam muito, como o zagueiro Vantuir, ex-Galo, o volante Pedro Omar, ex-América, o meia Geraldo, que infelizmente morreu jovem, numa mesa de cirurgia. Vejam aí o Vanderlei Luxemburgo, então lateral, e outros geniais, como Zico e Doval.
Para quem não conhece a história da imprensa mineira e quem foi Luiz Carlos Alves, de quem tanto falo:
essa foto foi feita imediatamente após mais um vitória do Brasil durante a Copa do Mundo de 1970.
Em primeiro plano, Piazza, ao fundo, de óculos, o Luiz entrevista um certo Pelé!
SIGA O CHICO MAIA NO TWITTER E NO FACEBOOK:
9 Responses
BOM DIA, acompanho caro jornalista em suas opniões na imprensa escrita e,terminei de ler seu comentário sobre o “cofrão” jogador Adriano o que, concordo plenamentee fico aqui relembrando como os times mineiros ressucitam esses jogadores inclusive r.gaucho, mas voltando caso Adriano: será que só eu vi..tudo bem Renan é um goleiro jovem promissor mas, precisa ser orientado no gol teve uma falha crucial, vi o replay varias vezes ele caiu antes do Adriano chutar e mais ele saiu da àrea do gol foi pra fora do campo deixou o gol livre se ele fica parado a bola no mínimo bateria nele não tinha ângulo pra a bola passar ou será que ele amarelou com a possibilidade do AdriANO SOLTAR UMA “BOMBA” não é critica ele é bom, jovem e tem futuro mas, alguém tem que orienta-lo se ele coloca a mão na trave como referência ele fechava o ângulo não tinha como aquela bola entrar, fica aqui o meus registro porque não vi ninguem nem um goleiro questionar aquela bola.
– B.Hte.
Estava no mineirão quando ele fêz a maior defesa da sua vida contra o São Paulo no triangular final do Brasileiro de 71. Gerson, o canhotinha de ouro, dentro da pequena área, à queima roupa, aos 44 minutos do segundo tempo, desferiu uma bomba que o Renato conseguiu defender salvando o título de primeiro campeão brasileiro para Minas Gerais.
Grande Renato. Campeão Brasileiro de 1971. Goleiro de um time que tinha Lola, Oldair, Tião, Ronaldo, Humberto Ramos, Humberto Monteiro e Grapette e Vantuir. Lola, na minha opinião, o maior camisa dez que vi com a camisa do Galo!
Eu não sei se eu sou saudosista, mas ver e acompanhar histórias como estas é maravilhoso. Sou admirador do seu trabalho e tenho muitas saudades do Luiz Carlos Alves e desde quando ele era repórter. Lembro-me dele ainda na Inconfidência com Jairo Anatolio Lima.
Ver estas estrelas destes dois timaços também é espetacular.
No mais abraços.
Caro Chico, em uma hora se esgotaram os 18.000 ingressos do jogo contra o Botafogo! Claro que a maioria vai cair nas mãos dos cambistas! Sinceramente acho normal e não penso que se deveria fazer disso um carnaval e um absurdo! A culpa não é do Atlético nem do Kalil! Simplesmente o prêço está muito barato para uma demanda gigante! Esta desproporção faz com que os cambistas aproveitem a oportunidade! O Kalil fêz a parte dele colocando o ingresso barato! O problema é não existe legislação ou se existe não existe fiscalização dos orgãos públicos para coibi-la. Já posso até imaginar o comentário do emmanuel Carneiro e sua velha e chata bravata do “Saco de maldades” contra o torcedor mineiro! Maldade é o que fazem as emissoras de rádio que utilizam-se do conteúdo esportivo, dos eventos gerados pelos clubes, praticamente fazem sua vida e seus lucros provenientes destes eventos e não pagam absolutamente nenhum centavo para transmiti-lo e vende_lo aos seus anunciantes! Uma aberração! Gostaria de saber qual a sua opinião sobre a cobrança dos direitos radifônicos nos jogos dos clubes!
Espero que a policia e o juiz tomem bastante cuidado com ambiente que se cria para o classisco do dia 04/12.nao precisar ser um genio para saber que se o cruzeiro entrar rebaixado os jogadors do cruzeiro entraram com os nervos a flor da pele<e eles tem historico de arrumar confusâo,welliton paulista e um cvara que joga para torcida e no jogo contra o atletico paranaenseolha a confusâo entre macine e fabricio e walisson<na final do mineiro com trocas de acusaçoes e falta de respeito.um drible pode causar um tulmulto sem fim.talves uma guerra sem precedentes na historia do futebol mineiro,que ta uma vergonha.NÃO QUERO SER O VIDENDENTE,MAS ISSO TA NA CARA,
Com a publicação do e-maill com os agradecimentos do RENATO “”74″” você CHICO mostra uma das facetas do BEM do SER HUMANO que é a GRATIDÃO..Sou torcedor das antigas, onde jogadôres adversários também eram admirados pela entrega, amor a camisa que defendia e até a vergonha que demonstravam quando eram derrotados…RENATO foi um deles…….
Chico vendo essas lembranças, que de vez em quando você coloca em seu site, com a do Luiz Carlos Alves e do goleiro Renato, gostaria de saber de você, que milita na imprensa esportiva de Minas, se não tem noticias de uma revista esportiva publicada nos anos de 1966 a 1970, denominada “O Mineirão” com belas fotos, se não mim engano, o fotografo era Goes. Pesquisei na internet e não encontrei e estou afim de comprar algumas. Encontrei revistas mais antigas (Revista dos esportes, etc.) mais a do “Mineirão” não acho. Se encontrar algo referente publique no seu site. grato
É impressionante como essa relação Clube/Torcida esta ficando cada vez mais distante, feliz aquele que acompanhou o futebol nos idos de 60/70/80, porque agora não existe mais respeito pelo torcedor e amor a camisa, é triste ver esse quadro.
Na época que o Careca treinava a gente no Bela Vista, nós sempre pegávamos no pé dele por que ele nunca aparecia nas fotos do time de 1971, haha!!!