Fotos: divulgação
Que triste notícia nessa manhã de segunda-feira
Lô Borges marcou e vai continuar marcando gerações.
Sou um privilegiado. Como repórter inserido no mundo do futebol vi de perto e convivi com alguns dos maiores craques do Brasil e do mundo, da bola e de outras incontáveis atividades.
Graças ao futebol tive a oportunidade e honra de conviver com figuras da história, que gostavam e gostam de futebol, como o Lô Borges. Cruzeirense, irmão do atleticano Marilton, grande amigo, que foi meu chefe na Rádio Inconfidência, tempos em que o Fernando Brant era o diretor.
Grande Lô! Gênio da música, ótima prosa, que, aos 73 anos, “sai da vida para entrar para a história”, como disse Getúlio Vargas.
A primeira vez que ouvi falar dele foi por causa da capa do disco, de 1972, estampando um par de tênis. Eu, criança, pensei comigo mesmo:
__Uai, que tênis é esse?

Os anos se passaram e, adolescente, fui cativado por pelo disco dessa capa, também icônica: Via Lactea, só músicas maravilhosas, como “Chuva na montanha”, eterna:
Anda, vem me lumiar com sua chama
Vai anoitecer
Não me importa se o vento quer entrar na nossa porta
Pra assustar você
É que ele não pode entender
Vento não tem onde se deitar
Eu também não descansei até surgir você…
Corre estrada, gira mundo e na cabeça
Torre de Babel
Como pode haver um rio sem a chuva da montanha
Pra poder seguir
Sou um rio que procura o mar
Minha chuva, chove de você
E a gente vai andando
Vai amando até o fim
Anda, vem me lumiar com sua chama
Vai anoitecer
Não me importa se o vento quer entrar na nossa porta
Pra assustar você
É que ele não pode entender
Vento não tem onde se deitar
Eu também não descansei até surgir você…
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Descanse em paz, caro Lô. Obrigado por tudo.
E como diz o seu grande e eterno amigo e parceiro Milton: “qualquer dia a gente se encontra”!
															
															


								
								
								
2 Responses
Essas canções deste disco entrou na minha vida e nunca mais saiu.
Em 08/12/2024 vi Lô com seu irmão Telo no palco.
Na Serra.
Rua da Passagem. Nome sugestivo.
Ha mais de quarenta anos alguem escreveu num muro em Santa Tereza: “Lô, voce não se apaga”.
Alusão ao primeiro verso da canção “Sempre Viva”.
Condolencias aos familiares e aos amigos proximos.
A nós, grande vazio.
Q O LÔ DESCANSE EM PAZ.