“Bom dia, Chico. Tudo bem? Viu a tua história “a vingança de Chico Maia”?

Com muita satisfação e honrado, recebi o livro “Homão”, a biografia de Dorival Knippel, o Yustrich, o lendário treinador que fez história no futebol, do Brasil e de Portugal, onde comandou o FC Porto.

E recebi do próprio autor, o jornalista José Luiz Costa, gaúcho, de Porto Alegre, ganhador de prêmios Esso, o que dispensa maiores comentários sobre a sua competência e brilhantismo.

No Brasil valorizamos muito pouco a nossa história e é ótimo quando alguém se dispõe a pesquisar e escrever sobre alguém ou algum fato marcante. O trabalho do José Luiz se reverte de mais importância ainda, porque se trata de um gaúcho contando a história de um personagem radicado em Minas, de pouca ou nenhuma ligação mais forte com o Rio Grande do Sul.

Yustrich foi um herói para muitos e um vilão para outros. Tive problemas com ele, quando iniciava minha vida de repórter, em Sete Lagoas, e depois cobrindo o América, pela Rádio Capital.

Foi grosso comigo, quando eu tinha 14 anos de idade e trabalhava na Rádio Cultura de Sete Lagoas. Mas o mundo dá voltas, e a bola também. Quatro anos depois eu estava na Rádio Capital, fortíssima na época, e dei o troco nele, quando ele começava “descer a serra” na carreira. Não sabia que o José Luiz tinha contado essa história no livro. Ainda não cheguei nessa página. Li o prefácio, viajei para cobrir o Mundial de Clubes e vou me dedicar ao “Homão” quando retornar. Na Flórida, estou terminando a leitura de “O homem que estava lá”, a biografia do jornalista Samuel Wainer, uma das melhores coisas que já li na vida, obra da mineira Karla Monteiro uma jornalista e escritora fora de série. Livro imperdível, que todo brasileiro deveria ler para compreender melhor o nosso país, em especial sobre a participação dos meios de comunicação na política e na vida cotidiana de todos nós.

Aliás, breve ela lançará obra sobre Leonel Brizola, gaúcho como o José Luiz, outra figura marcante de nossa história. Certamente vem coisa ótima aí. Assim como o livro do José Luiz sobre o Yustrich.   

Yustrich foi o responsável pelo surgimento do Dario “Dadá Maravilha”, o “Peito de Aço”, no Atlético

Dava porrada e ameaçava jogadores, dirigentes e jornalistas. Também foi o responsável pelas saídas de Tostão do Cruzeiro, e Nelinho. Uma figura difícil, mas cheia de histórias que valem a pena ser lidas e contadas. Teve um triste fim.

No dia 26 de maio o “Homão” foi lançado em Porto Alegre. Espero que breve tenhamos o lançamento em Belo Horizonte, mas quem quiser adquirir é só entrar na internet e buscar lá. O jornal Zero Hora, onde o José Luiz, trabalhou, publicou:

Lançamento do primeiro livro do jornalista José Luís Costa ocorre nesta segunda”

Obra retrata um importante personagem do futebol brasileiro, que marcou a infância do autor

Nesta segunda-feira (26), o jornalista José Luís Costa fará o lançamento de seu primeiro livro. Chamada de “Homão”, a obra é uma biografia de Dorival Knippel, figura conhecida do futebol brasileiro no século XX…

Segundo o autor, foram quatro anos de pesquisas e mais de 150 pessoas entrevistadas para a construção da biografia. 

Quem foi “Homão”?

Conhecido como “Homão” ou “Yustrich”, Dorival Knippel foi goleiro e atuou por clubes como FlamengoVasco América-RJ, entre os anos de 1935 e 1950. Depois, foi técnico e seguiu na área até 1985, cinco anos antes de sua morte.

Durante a carreira no futebol, foi conhecido pela postura exigente e agressiva, que originou o apelido “homão”. Entre brigas com jogadores, torcedores, juízes e imprensa, ele chegou a ser detido algumas vezes, incluindo em Portugal, onde treinou o Porto.

Segundo o autor, o ex-jogador teve uma arma apontada em seu rosto três vezes e chegou a levar quatro tiros em um momento, mas sem gravidade. Em uma dessas ocasiões, foi afrontado por João Saldanha, técnico da Seleção Brasileira antes da Copa de 1970, que apontou o revólver para Yustrich, considerado o culpado pela sua demissão antes do Mundial, de acordo com José Luís Costa.

— Escolhi este personagem para retratar sua trajetória, pois é uma figura que me assustava na infância. Eu, com cinco anos de idade, ouvia essas lambanças pelas emissoras de rádio do Rio de Janeiro, ao lado do meu pai, e me impressionava. Não acreditava que pudesse ser verdade. Isso ficou na minha memória por mais de 50 anos. Em 2021, resolvi que era hora de escrever sobre ele, aí surgiu a ideia do livro — explicou o autor sobre a motivação para escrever a biografia.

Conheça José Luís Costa

Natural de Porto Alegre, José Luís Costa é jornalista formado pela Unisinos, de São Leopoldo. Aos 60 anos, publica o primeiro livro de sua autoria.

Durante a carreira, trabalhou nos jornais Diário de Canoas, Correio do Povo e Zero Hora, local em que atuou como repórter por 22 anos. Além disso, também trabalhou em uma sucursal da revista Veja, no Rio Grande do Sul. Atualmente trabalha na divulgação de projetos culturais.

Entre inúmeras matérias, José Luís Costa se destaca por ser um profissional multipremiado. O jornalista classifica cinco premiações como as de maior destaque em sua carreira: Prêmio Esso Regional Sul, Esso de Jornalismo, Latino-Americano do Instituto Prensa y Sociedad, do Peru, Dom Helder Câmara, Estácio e Associação Riograndense de Imprensa.

— Espero que a comunidade esportiva, torcedores, pesquisadores, profissionais de imprensa e amantes do futebol possam comparecer e conhecer a história do Homão — disse José Luís Costa sobre as expectativas para o evento de lançamento.

https://gauchazh.clicrbs.com.br/esportes/noticia/2025/05/lancamento-do-primeiro-livro-do-jornalista-jose-luis-costa-ocorre-nesta-segunda-cmb1l2x0u0134013bcxh4m111.html

2 Responses

  1. O Homão é uma lenda. Não precisa dizer mais nada. Com certeza meu xará vai vender muitos livros sobre o Yustrich, em Minas Gerais, sobretudo BH.

  2. Boa tarde Chico,
    Como vai?
    Por indicação sua ao seu colega autor da biografia do Homão, fiz um depoimento ao jornalista José Luiz. Por gentileza dele também recebi um exemplar. Os capítulos: “O primeiro título e a filha do barbeiro” e “O segredo eterno do câncer e visítas ao túmulo” relatam dois acontecimentos na vida de Yustrich e de minha mãe. O primeiro em 1939, Yustrich, com 23 anos, salvou minha mãe, com 11 anos, de levar mais uma surra de meu avô no Rio de Janeiro e ainda a ajudou comprar material escolar para estudar por vários anos, justamente o que meu avô não fazia. Já o segundo acontecimento foi no velório do técnico no Cemitério Parque da Colina em 1990, quando ela me pediu para levá-la porque queria rezar por ele. Dona Maria Luiza está com 97 anos, graças à Deus com boa saúde, ela continua eternamente grata ao Homão por tudo.

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