
Na Sexta-feira de belíssimo sol, por volta das 11 horas, depois de caminhar 14 Km, retornei à venda do Marquin em Fazenda Velha (Sete Lagoas/Capim Branco, tomando água, quase pedindo pra descer a primeira0), lembrei-me do Fred Melo Paiva.
Que jornalista, que ser humano, que figura fantástica, dessas que quem tem o privilégio de trocar meia dúzia de palavras fica fã incondicional.
Até cruzeirense sensato gosta dele, até direitista normal o admira.
Eu estava para pedir a primeira quando me perguntei:
__ Porque ainda não convidei o Fred pra bater um papo conosco no Prateleira de Cima?
Despretensiosamente, feito um goleiro que dá um chutão pra frente, liguei. E não é que a bola entrou!? Ele atendeu na hora, o próprio!
E melhor ainda: topou!!!
O resto da conversa e de mil histórias, contaremos nesta segunda-feira, ao vivo, a partir das 14 horas no YouTube. Quem não puder ou não quiser ver ao vivo, assiste depois, já que fica gravado lá e também no Spotify.
Uma das curiosidades que tenho é sobre a coragem dele de se fantasiar de cachorro e se infiltrar na torcida do Cruzeiro, na série O Infiltrado, do History Channel, num jogo da Raposa pela Libertadores da América, no Mineirão. De desfecho sensacional!
Por falar nele, vale demais a pena ler a coluna que ele tem no Estado de Minas. Como essa de hoje:
“Gavião Bueno só falou verdades”
Tem razão também o Galvão ao chamar esse Galo de Cabuloso. Senão, como explicar tanta bola na trave, tanto gol perdido, o pênalti do Hulk
Meu amigo, a entropia das coisas tem acelerado o andar do tempo, de modo que o domingo passado parece ter acontecido há mais de mês. Ainda assim, contrariando a urgência do melhor jornalismo, preciso voltar a essa vaca fria.
Você sabia que o cabuloso, segundo o Pai dos Burros, é aquele “que traz ou tem azar; azarento”? Informou um amigo atento: desde que assim passou a autointitular-se o arquifreguês, que tudo só dá errado por aquelas plagas. O longínquo domingo foi retrato disso: podiam jogar por 10 horas, teriam 850 escanteios e não fariam um gol nesse Galo Duro.
(Galvão, cá entre nós, de onde você tirou isso de Galo Duro tinha também o Brazino, o jogo da galera? Galvão, Galvão…)
Tem razão também o Galvão ao chamar esse Galo de Cabuloso. Senão, como explicar tanta bola na trave, tanto gol perdido, o pênalti do Hulk quarta-feira passada, as contusões em série? E a safada da SAF?
É preciso ser muito azarado, muito cabuloso mesmo, pra cair na mão de um bilionário que só sabe perder dinheiro, um banqueiro que constrói dívidas, um atleticano que não sabe o que é o Atlético. É muito azar, e não precisa ter olhos de águia para perceber que Gavião Bueno tem razão.
Nataniel foi um pouco estranho realmente, embora a origem do nome acolha todas as variantes de Natan’el, a tradução correta do hebraico. De qualquer forma, não tinha ninguém pra meter o bico e avisar o Gavião? Ainda assim, veja o estado de coisas: nem Galvão conhece uma das nossas melhores contratações.
Ademais, de fato tem muito arroz no tropeiro, assim como tem muita água no chope. Fica perdoado, pois, o Galvão e seu arroz tropeiro, parente, talvez, do arroz carreteiro servido no sul.
Ainda bem que tinha o Maringá na quarta-feira, infelizmente sem o Galvão para dar a real. Foi cabuloso, podia ter sido de 10 e o Cuello machucou. Pqp, senhores! Mas o Galo Duro, mesmo na base do chutão, fez um segundo tempo bem Doido.
O gol de Patrick lavou a alma dessa nossa gente emocionada, este escriba incluso. Sua história, cheia de percalços e polêmicas, lhe devolve agora a chance de uma redenção daquelas. Dedicou à mãe, Vânia, o primeiro gol como profissional. E deu suas duas camisas de jogo para a psicóloga Michele Rios e para a assistente social Neila Bittencourt, funcionárias do Galo. Primeiro gol, e foi o Galvão que narrou. Ao contrário do cabuloso, tá é com o fiofó virado pra lua.
E assim, precisamente nessa posição, hoje é dia de ganhar do Corinthians. Contra o qual este atleticano exilado em São Paulo desenvolveu sérias contendas, apesar da inevitável amizade com alguns indivíduos picados por essa mosca – que ainda hei de amassar com a minha raquete de pernilongo e a qualidade de Federer.
Considero um dever cívico derrotá-los! Hoje em baixa, com seus cartolas acusados até de ligação com o PCC, não nos esqueçamos dos bons tempos do apito amigo. E do pênalti na final de 1999, normalizado pela nossa história cabulosa, tão repleta de roubos, injustiças e azares monumentais, que alguns desses vão ficando pelo caminho.
Uma pena que não teremos o Gavião, apenas a Gaviões. O Gavião é bom pra falar algumas verdades. Quem sabe, em mais uma goleada, mais um gol do Patrick, não seríamos enfim um Timão? Talvez fizesse justiça à Massa, de longe a mais fiel de todas as fiéis. Celebraríamos com uma boa e merecida cachaça paulista, além de um cuscuz mineiro pra aguentar o porre de felicidade! Gaaaaaaalooo!!!
https://www.em.com.br/colunistas/fred-melo-paiva/2025/05/7155177-gaviao-bueno-so-falou-verdades.html
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