Copa do Mundo é oportunidade para o futebol feminino brasileiro abrir e ocupar mais espaços no país

Em foto do twitter.com/SelecaoFeminina, Marta e Aline, esperanças da seleção brasileira.

Começou quinta-feira, 20, a Copa do Mundo feminina na Austrália e Nova Zelândia e enquanto escrevia este texto, cinco partidas já tinham sido realizadas: Nova Zelândia 1 x 0 Noruega; Suíça 2 x 0 Filipinas; Espanha 3 x 0 Costa Rica; Austrália 1 x 0 Irlanda e Nigéria 0 x 0 Canadá.

O Brasil estreia segunda-feira, 8 horas, horário nosso, contra o Panamá, em Brisbane/Austrália. Foi lá que a seleção olímpica brasileira foi eliminada dos Jogos de Sydney 2000, com Ronaldinho Gaúcho, Alex Talento e um monte de outros craques, comandados pelo Vanderlei Luxemburgo, que era o treinador mais badalado do país naquela época.

O time de Marta e cia., comandado pela sueca Pia Mariane Sundhage , está no Grupo F, junto com França e Jamaica, que aliás, jogam neste domingo às 7 horas.

O time brasileiro deve passar às oitavas, junto com a França, a partir daí, tudo pode acontecer. Diferentemente do masculino, a seleção feminina está longe de entrar como favorita nesta Copa.

A modalidade vem crescendo muito e rápido. Em 2019 cobri a Copa realizada na França. Foi um sucesso de público, mas a tendência é que esta edição seja melhor ainda. Trabalhando bem os patrocinadores, como sempre, a FIFA deita e rola de arrecadar, dourando bem a pílula para vender seu peixe.

Em termos de Brasil, a CBF força a barra para que todos os clubes montem times e disputem os campeonatos estaduais e nacional. Obrigados, os filiados obedecem, mas se dependesse apenas da vontade deles, a maioria não investiria nada na modalidade. Nem time teriam. O torcedor brasileiro ainda não abraçou o futebol jogado pelas moças, muitas excelentes, que valem a pena assistir e bater palmas. Alguns jogos, nas fases decisivas, levam bons públicos, mas de modo geral, estádios quase vazios.

Para melhorar da água pro vinho o ideal seria que a comunidade escolar de todo o país fosse envolvida, do ginasial às universidades. Foi por aí que os Estados Unidos se tornaram uma das potências mundiais, dentro e fora de campo.

Me lembro que durante a Copa de 1994, lá, a seleção brasileira que viria a ser tetracampeã, contra a Itália, treinava em um campo e num outro ao lado treinavam as meninas da Universidade de Santa Clara, com estrutura de causar inveja em muitos clubes profissionais masculinos nossos.

Assisti uma comentarista da Globonews reclamando que a Marta ganha 175 vezes menos que o Neymar, o equivalente a ela entre os homens. E deu números da Marta, que superam muitos do Neymar e se comparam aos de Pelé. Ora, ora, a cobrança seria lógica se o raciocínio comparasse também os números da audiência e do faturamento de uma e de outra modalidade e categoria. O futebol feminino ainda é quase nada no comparativo da grana que entra no masculino.

Sucesso às meninas da Pia Mariane Sundhage, uma grande treinadora.

O Boulevard Périphérique (anel rodoviário de Paris), passa debaixo do Parque dos Príncipes e tem 35 Km de extensão. O estádio foi o maior palco da Copa feminina de 2019, que aliás, foi um grande sucesso.

7 Responses

  1. Muita barra forçada para aumentar o interesse pelo futebol feminino. Globo, governo federal, estadual, municipal, mídia. Façam bom proveito. Não passo nem perto da TV. Nem o futebol masculino tem valido a pena, particularmente o Galo. Vida que segue…

  2. Criaram uma polêmica inútil com o futebol feminino. Forçaram tanto que tomei antipatia. Tudo é um processo lento, futebol feminino ainda beira o amadorismo, por mais que tenha melhorado. Vi um jogo que ficou 10 a 1, isso é placar de pelada. A goleira tinha um 1,64 nem tocava na trave. Nem vou falar no diferencial de arrecadação por gênero. Não assisto.

  3. Não assisto, ultimamente, a Plim Plim só mostra jogo na TV Aberta na ânsia de popularizar sua grade. Somente jogo de Flamengo e Curinthia, agora o futebol feminino ou a seleção masculina dos vexames. Nem vôlei mais pra incentivar o esporte ela mostra, só futilidades e politicagem!

  4. Se com toda a mídia e dinheiro a maioria das pessoas não ligam para a seleção masculina, imaginem um país sem incentivo para a feminina que vão na marra aos trancos e barrancos !!! Como tudo tem de começar na base com escolas dando condições e faculdades oferecendo bolsas de estudo para as atletas e não como é agora Brasil que nunca querem fazer nada para o futuro e todos querem para hoje . Tudo tem que ter uma base sólida para se firmar. Boa sorte ao futebol feminino.

  5. Chico, também torço pro futebol feminino brasileiro crescer. Na medida do possível (pelo horário) estou acompanhando as partidas da Copa e são jogos muito bons, as equipes evoluíram muito em poucos anos, legal demais.
    Com uma diferença pra melhor: as jogadoras não ficam simulando falta, e nem fazendo aquelas rodinhas na arbitragem a cada marcação. Se o esporte existe também pra ensinar o que é ético para os jovens, as jogadoras de futebol estão de parabéns!

  6. Adoro voleibol e basquete femininos. Adoro atletismo e natação femininos. Adoro handebol, polo aquático, esgrima, ginástica rítmica, tênis femininos. Ahh e o vôlei de praia feminino, como é gostoso de assistir! Mas futebol feminino não me provoca nenhuma emoção. Chego a ter certa repulsa, antipatia, aversão por esse esporte.

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