Willy Gonser será o carro chefe na nova etapa da Rádio Inconfidência

Foto que fiz do Willy Gonser em 2013, na varanda da casa dele em Alcobaça/BA, onde ele morava desde 2010. Levei para ele o livro do jornalista e escritor Eduardo Murta, lançado naquela época, sobre os dez maiores jogadores da história do Galo. Aliás, um sucesso, que ainda pode ser encontrado nas bancas e livrarias.

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Fui convidado a visitar a Rádio Inconfidência na quinta-feira passada onde tive o prazer de rever amigos com quem já trabalhei e com quem aprendi muito, como o Tancredo Naves e o Miguel Assad Almeida, respectivamente, presidente e diretor artístico, que assumiram a emissora recentemente.

TANCREDOASSAD

Tancredo Naves (esquerda) e Assad Almeida, para a nossa honra com o jornal SETE DIAS na mesa.

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Ouvi deles a notícia da contratação do Willy Fritz Gonser, um dos maiores nomes da locução esportiva do país, que marcou o rádio mineiro durante três décadas ao microfone da Rádio Itatiaia. Ele vai estreiar no clássico Atlético x Cruzeiro neste sábado pelo Campeonato Brasileiro. A programação da rádio passará por mudanças, outros grandes nomes serão contratados, os bons programas e profissionais que lá estão serão mantidos e uma outra boa novidade: a Inconfidência FM também passará a transmitir o futebol e programas esportivos.

INCONFIDENCIA

Na sala da presidência da Inconfidência, Roberto Gosende, diretor de marketing do Epa Supermercados, os publicitários Sérgio Nigri e Geraldo Eugênio que integram a equipe comandada por Tancredo Naves, ao lado de Assad Almeida nesta foto.

A Inconfidência já foi uma das emissoras mais fortes do país, porém, viveu os últimos 15 anos largada pelo seu dono, o governo do estado, sobrevivendo graças à garra e competência dos profissionais que lá estão. Mas o futuro é promissor, perspectivas muito boas, já que a determinação do governador Fernando Pimentel é resgatar a rádio para que ela volte a prestar os inestimáveis serviços que sempre prestou a Minas, principalmente ao interior do estado.

Tancredo Naves foi um grande comentarista lá nos anos 1970/80, onde tinha um programa que ficou famoso: Caixa Postal. Junto com Sérgio Ferrara, respondia perguntas dos ouvintes, aos domingos, antes das jornadas esportivas. A audiência era tanta que o Ferrara se tornou político bem sucedido eleitoralmente e acabou se tornando prefeito de Belo Horizonte, depois de vereador e deputado.

Assad Almeida já foi diretor da Rádio Guarani e da própria Inconfidência. Uma das figuras mais respeitadas do nosso meio. Com a credibilidade que eles têm junto aos colegas e ao mercado, certamente a Inconfidência voltará a ser a emissora ouvida e forte como foi.

Em janeiro de 2013 visitei o Willy em Alcobaça-BA, onde ele tem uma bela casa e curtia a vida. Postei fotos e detalhes que estão neste link:

http://olivedrab-nightingale-181150.hostingersite.com/2013/01/27/willy-gonser-aposentado-mas-bem-informado-do-mesmo-jeito/

21 Responses

  1. A situação da Inconfidência começou a melhorar quando contratou o Bom e Independente profissional Léo Gomide.
    Agora somando-se a esses Craques com muita experiência a emissora deva passar na frente da “rádio de Minas”
    Mas é preciso mudar muito o tal programa Meio de campo que nos últimos meses tem sido um programa com tendências para o lado do cruzerin.
    Toda semana um artista simpatizante do cruzerin era convidado Ex: samuel rosa, Paulinho pedra azul etc…
    Então tem uma mulher que não me recordo o nome, mas acho que é tal de Andrezza…ela descia a lenha no Galo e defendia o cruzerin. Chegou a afirmar que o cruzerin e a Caldense faria a final do mineiro. Que o cruzerin é isso aquilo. Já estava ficando chato.
    ontem já deu uma melhorada. Participantes diferentes com total insenção.

  2. Que bom a volta da Inconfidência; eu costumava ouvir futebol pelo rádio, no interior de MG, ouvindo Alair Rodrigues, Ramon Salvado. Salvo engano havia um programa chamado “Nos Bastidores da Notícia”; fim dos anos 70 até meados da década de 80. Havia fortes equipes esportivas na Rádio Capital e Rádio Guarani; geralmente jogos às 17h de domingo e 21h no meio de semana; no fim da noite e início da madrugada de 2ª feira VT completo do jogo do Mineirão na TV Itacolomi. O Governo de Minas para apoiar a cobertura do esporte no Estado via Rede Minas e Rádio Inconfidência, contudo, se não escolher gente equilibrada para dirigir e apresentar vai ficar na mesmice e na linha apaixonada que alguns imprimem na cobertura esportiva. Esse negócio de torcedor/apresentador/reporter, típico das MG e que vai se espalhando para o jornalismo esportivo no país é engraçado, viral, contudo, está prejudicando as análises. Creio que a Rede Minas está devendo e deveria investir mais em condições para a cobertura esportiva de interesse do Estado.

  3. Chico, permita-me falar do Cruzeiro neste “post”, diante da inexistência de outro, mais recente, adequado. Um colega de trabalho, cruzeirense, chateado com o momento do time,como eu e creio que todos os demais, fez uma crítica ao MO, indagando por que ele, já que não tem um Éverton Ribeiro mais, não monta o meio de campo com Arrascaeta, Gabriel Xavier e o Álisson (mesmo improvisando ou sacrificando a posição de origem ) deixando o Damião mais parado na área (este tem se sacrificado muito saindo da área para buscar bola e quando ela aparece lá, naturalmente ele não está para tocar para o gol)?. M.O. tem que ser mais criativo, ousado e menos previsível. Levir Culpi é um exemplo, outrora retranqueiro, hoje é mais ousado. Outra coisa, parece que em razão dos dois últimos excelentes anos, criou-se uma amizade, uma cumplicidade natural entre jogadores/treinadores e este fica cheio de melindres (parece) e não mexe em que estar mal.Desculpe-me pela cornetada, mas o Cruzeiro existe por minha causa e demais torcedores, claro.

  4. A apresentação do novo técnico do São foi o grande evento da segunda feira.
    A que ponto chegou o futebol brasileiro. Encurralado e aprisionado no DNA defensivista nascido no Rio Grande do Sul através de Carlos Fronner e Ênio Andrade, o futebol força ganhou adeptos fanáticos com a ascensão de Minelli no Internacional e depois comprovando a tese de o que importa é o resultado foi aceita como padrão no Brasil através da decisão de 77, quando por conta de um regulamento esdrúxulo, o São Paulo de Rubens Minelli, se sagrou campeão brasileiro de 1977, na maior injustiça feita a um time de futebol neste país. O Atlético de Barbatana praticava o futebol mais técnico e envolvente do país, mas na mídia do eixo Rio e São Paulo, hoje já muito enfraquecida, o que ficou como lição é que não adianta jogar bonitinho, Rubens Minelli havia ganhado o campeonato com o “regulamento debaixo do braço” e um monte de brutamontes batendo em todo mundo e dando chutão. Parreira mais tarde sepultava de vez o futebol arte, ganhando a Copa de 94 nos pênaltis e mostrando que o que importava era ganhar de qualquer maneira.
    Telê Santana e os defensores do futebol arte, habilidoso e técnico aos olhos de toda a crônica esportiva estavam ultrapassados precisavam se renovar. Esse era o discurso.
    O resultado disso foi que cada ano e a cada campeonato a prioridade dada aos volantes e defensores só foi aumentando na razão direta que os gols e os craques foram desaparecendo dos gramados.
    Felipão foi o ápice dessa filosofia com o seu jeito arrogante e violento.
    Por falta de opinião consistente dos cronistas esportivos que na sua maioria não passam de “engenheiros de obra pronta”, o futebol arte e genuinamente brasileiro sucumbiu no fatídico sete x um do Minerazzo!
    Esta geração de técnicos brasileiros caiu na mediocridade absoluta, abandonou a ciência tática, o estudo ficou somente em respeitar demasiado o adversário, onde técnicos como Adilson Batista despendem mais tempo “estudando” os adversários do que programando jogadas ou treinando seus jogadores para ganharem os jogos!
    Apesar de criticá-lo por suas substituições e por sua demora em alterar o panorama dos jogos, quero deixar aqui os meus elogios à exceção desta regra dos técnicos brasileiros: Levir Culpi. Não sei se foi herdando uma equipe pronta que aos poucos foi adaptando à sua filosofia ou se foram seus anos de Japão, onde se deixou influenciar pela produção coletiva do Kaizen futebolístico.
    Ontem o Atlético dirigido pelo Levir Culpi, me faz lembrar momentos da laranja mecânica holandesa onde os jogadores não guardavam posições fixas e todos se movimentavam de maneira intensa tornando sua marcação praticamente impossível. Se mantiver a filosofia, os resultados virão e mais do que isso, os craques aparecerão. Jogar com somente um volante foi um passo de grande coragem que o Levir deu e que não deve abandonar, não importa onde seja disputado o jogo ou qualquer que seja o resultado.

    1. Caro Audísio, sou atleticano e acho excelente opção de um volante só, mas para jogos em casa. Acho bonito o jeito do Atlético jogar atualmente, mas é uma forma suicida, pois já houve jogos em que o gol não sai e vira ansiedade e acaba tomando gols. Não obstante, observe que o Galo leva muitos gols ultimamente, ou seja, joga e deixa jogar. Os atletas utilizados não tem características defensivas, são sim, bons atacantes como no caso do Tiago e do Luan. O bom disso tudo é que o atual momento do futebol brasileiro, propicia este esquema. O futebol ruim está fazendo comentaristas enaltecer o belo futebol do Galo, principalmente domingo passado, mas não se esqueça, o time do Vasco é horroroso. Tomara que tudo dê certo!

  5. Uma das melhores notícias do ano. A rádio Inconfidência saiu do coma/sabotagem posto em prática pelos doze anos tucanos. O sucateamento só não acabou com a emissora por conta de funcionários abnegados. Mas fazia dó ficar na escuta da rádio. Tenho amigos que ficam na escuta das ondas curtas que me disseram que a Inconfidência não era mais irradiada pelas ondas de 49 metros.
    A volta do premier Tancredo Naves e o retorno do mais completo, agora como comentarista, dará mais oxigênio ao setor e opções para os ouvintes.

    1. Deveria ter sido privatizada. Estado não tem competência pra cuidar de empresas, seja lá de que setor forem. É mais um cabidão de emprego!

  6. Na minha opinião o Willy sempre foi melhor comentarista que narrador. Sabe muito de futebol, mas mantinha uma narração ortodoxa, anacrônica para os tempos atuais.

    Agora, pra quem afirmara que nunca mais iria vestir uma “calça comprida” na vida, pois só iria viver de bermuda curtindo a aposentadoria na praia ele mudou de ideia bem rápido, hein. Será por que?$

  7. Oh, dúvida cruel! Willy Gonser ou Mario Henrique “Caixa”? Pra falar a verdade, estamos é bem servidos de mais da conta! Grande notícia e ótima novidade!

  8. Que ótimo o Willy voltar, mas acreditar que Pimentel e sua trupe vão recuperar o setor cultural e de comunicação de Minas já é querer demais. O que ele fez em 5 meses de mandato? Já se passaram mais de 10% do tempo em que vai governar o estado e até agora, nada, só politicagem, só criticando a administração passada, só com cara de vítima e ainda sem explicar as contas de sua campanha. Vai trabalhar, Pimentel!

  9. narração perfeita você ouvia e entendia o que estava acontecendo, foi o Pelé dos narradores, também é um ótimo comentarista , espero que a Itatiaia um dia faça uma dobradinha dele com o caixa será uma bela homenagem ao torcedor atleticano .

  10. Agora sim temos uma boa notícia no radio mineiro. Agora a Inconfidência terá minha audiência de volta. Viva o Willy Gonzer!

  11. Seja feliz nesta nova etapa da sua carreira, Willy Gonser! Seus amigos e admiradores estão aguardando ansiosos o dia de hoje! Muita luz na sua vida! Um beijo especial da vovó da sua netinha!

  12. Como é bom ter boas noticias do Tancredo Naves.
    O programa que ele apresentava aos domingos,o Caixa postal ,meu irmão e eu não perdíamos por nada.Isso ai no interior de MG , uma bela cidade, que saudade!

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