Faltando quatro dias para o fim dos Jogos Pan-Americanos, empresários e trabalhadores do setor de serviços que acreditaram nas previsões sempre otimistas e exageradas das autoridades esportivas e governamentais caíram na real. Não vieram nem 10% dos 1 milhão de turistas que a prefeitura de Guadalajara e o governo de Jalisco previram antes do início da competição.
O melhor termômetro são os taxistas que falam da sua decepção. Imaginaram que teriam serviço triplicado todos os dias no período da disputa, com delegações, parentes e milhares de torcedores dos 42 países envolvidos.
Os seis mil atletas, mais dirigentes e imprensa realmente vieram, mas apareceram poucos parentes de jogadores e raros, de se contar nos dedos, torcedores do exterior. Os donos de restaurantes reclamam menos, mas ainda sim, garantem que o movimento foi muito abaixo do esperado. Os hotéis aumentaram um pouco a taxa de ocupação, mas nada a ver com o Pan, e sim com o movimento dos eventos que se realizam em Guadalajara neste período anualmente: Festas de Outubro (festival cultural que envolve música, dança e teatro), Virgem de Zapopan (a padroeira da região), Exposição Agropecuária, início da temporada de touradas (dia 16) e Exposição de produtos funerários.
Baseado nas conversas com incontáveis mexicanos, e pessoas de outros países, acredito que as previsões de visitantes ao Brasil em 2014 terão que ser recalculadas. E para cima. Estou surpreso com o tanto de gente que fala que irá à Copa. Gente de todos os níveis sociais, que sonha conhecer o nosso país e que nos enxerga com outros olhos hoje. De taxistas a empresários, acham que não fica caro e que chegou a hora de matar a curiosidade de conhecer o país do samba!
Durante a Copa América em junho, na Argentina, também tive essa constatação. Torcedores e colegas jornalistas de todos os nossos vizinhos sul-americanos falavam que chegou a hora de assistir, a pelo menos um jogo, de Copa do Mundo, já que o Brasil está tão próximo e é um país acessível.
Se aqui no México ouvi pessoas dizendo que irão de carro, nossas estradas, especialmente do Sul, estarão lotadas.
Vamos aguardar!
Muitos atleticanos escreveram perguntando pelo meia-atacante, baixinho e de muita garra, que conquistou a simpatia da massa. Continua com prestígio em alta com a torcida do seu time aqui, o Tigres, da cidade de Monterrey, que fica ao norte do México, bem longe de Guadalajara.
Está em terceiro lugar no Campeonato nacional, empatou o clássico da cidade, contra o Monterrey, 0 x 0, sábado e o vi pela TV, jogando, com a mesma raça de sempre.
O Campeonato Mexicano tem fórmula diferente da nossa. Faz lembrar nossos tempos pré-2003, quando também usávamos o sistema “mata-mata”. São 18 clubes em duas chaves e classificam-se quatro de cada, que disputam a “Liguilla”, no sistema eliminatório. Cai apenas um clube para a segunda divisão. Hoje estaria rebaixado, o Atlas, segundo clube de Guadalajara.
O América, clube mais rico do país, está com poucas chances de chegar entre os oito.
Os turistas estrangeiros não geraram o movimento esperado pelos taxistas, que reclamam da pequena demanda durante do Pan. Dizem que se não fosse a imprensa internacional, que tem se utilizado de seus serviços, o faturamento no período do Pan seria abaixo da época normal.
SIGA CHICO MAIA NO TWITTER:
http://www.twitter.com/chicomaiablog
19 Responses
A verdade é que Panamericano não tem qualquer apelo. É uma competição em que os EUA, por exemplo, mandam seu segundo ou terceiro time sei lá e ainda levam folgado.
Vejam o nosso mister pan, Tiago (nadador), por exemplo. Em mundiais e Olimpíadas nem chega em finais. Outro exemplo é o outro mister pan, o do tênis de mesa que só vai em jogos Olímpicos pra passear por conta.
Se não me engano, para as Olimpíadas do Rio estão esperando muito menos do que esses 1 milhão de turistas aí. Como é que num Panamericano esperavam mais? “Erro” brutal de previsão. Deveriam ter contratado o Tião das Rendas.
Abraço, Chico!
Eu gosto de esportes olímpicos, assisto a quase tudo, menos futebol, boxe tae-ken-do, ou por não entender as regras, ou por não ter paciência.
Eu não sinto saudades desse Danilinho, cai cai à moda Berola, com futebol bem parecido. Que fique por aí.
Saudades do Danilinho…
Quando Borges e Hugo entraram em litígio com o São Paulo, um monte de gente aqui sugeriu os atletas ao Kalil. Kalil foi lá e trouxe o Renan Índio…
Hoje tem o Marlos doido pra sair de lá. Tá bem a frente do que temos. Tem arrancada, bom drible e boa finalização. Fique de olho Kalil!
Chico, e sobre o Danilinho?
Ah, agora li.
Tião das Rendas, hehehehe, boa Renato.
Como já foi citado aqui no Blog, além do Pan-Americano não ter muito apelo, junta-se ainda a péssima e desesperada transmissão da Record, aí é que eu não perco meu tempo mesmo…
Sou muito mais, tirar o tempo que ficaria diante da TV, pra ficar aqui no Blog “cutucando” o Dudu GALOMAIO por exemplo… rsrs
Infelizmente, antecipo decepção em relação ao número de turistas que visitarão o Brasil.
Meus dados:
1) Todo mundo tem “intenção de viajar”, e pode manifestá-la frequentemente. O problema é a dor no bolso na hora de pagar a viagem.
2) Em “reservas de viagem” feitas no exterior é muito comum comprar seguro, em valor praticamente irrisório. Isto permite que se cancele a viagem até a última hora, recebendo o investimento já feito. É um dos motivos de se ter às vezes dificuldade de se comprar ingressos antecipadamente para eventos como a EuroCopa, e depois chegar no dia do evento e se ver estádios com amplos espaços vazios.
3) Ao contrário do Brasil, o resto do mundo está “saindo” de uma recessão. Desde a Copa da Alemanha, nenhum grande evento mundial tem chegado perto das estimativas de público antes do evento, incluindo a Copa na África do Sul, Jogos Olímpicos de verão na China, Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver, Canadá. Já há expectativas de decepção com relação a Londres 2012.
Muito provavelmete as coisas vão estar bem melhores em 2016 do que em 2014…
Chico,
Gostaria de falar sobre duas coisas.
Primeiro: muitos desmerecem o panamericano, porque os EUA não mandam seus principais atletas. Porém, TODOS OS OUTROS mandam. Existem raras exceções como o Brasil no futebol e volei masculino. Então dá para saber como anda o esporte brasileiro em comparação com o resto da américa (por isso é Panamericano e não Olímpiadas ou campeonato mundial).
Segundo: Sobre as transmissões da Record, o último panamericano fora do Brasil (Santo Domingo) a Globo, transmitiu exatos 29 minutos do evento. A Record em 10 dias já tinha transmitido 112 horas, inclusive colocando o evento na hora das suas novelas. Quando a Globo faria isso? No total do Pan do Rio a Globo transmitiu apenas 99 horas em seu total… A Record é mais uma emissora que investe em em esporte, e o know-how ela só terá com o tempo. O jornalismo por exemplo era uma porcaria e hoje é um dos melhores se não for o melhor.
Segue a confirmação do tempo de exibição da Globo x Record:
http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/2011/10/24/por-que-o-uol-ataca-o-pan-da-record/
Muitas pessoas criticam o Pan, porque não sabem as dificuldades de ser um atleta olimpico.
Por isso que se vê a emoção estampada no rosto, quando um atleta ganha medalha de ouro e por ser melhor do continente.
As autoridades esportivas, geralmente compostas por quem nunca praticou esporte algum, a não ser “arremesso no bolso”, só pensam em sí e pouco investem na formação de atletas. Pouco fornecem bolsas de estudos para atletas. Preferem superfaturar projetos, como Orlando Silva fez com o Programa Segundo Tempo.
César Cielo chegou onde está, porque o pai o bancou e quando vieram as glórias apareceram os patrocinadores. Natação se tornou esporte para ricos.
Já tivemos uma maratonista que se habituou a correr descalça… A Rosângela que venceu os 100 metros rasos do atletismo, superou atletas norte americanas que estiveram na última olimpíada.
Tenho filhas que disputam natação a nível estadual e já começam a perder as esperanças, pois, podem passar num teste no Minas, mas depois tem que arrumar patrocinador.
Tá certo que a Record não tem a estrutura da Globo, mas temos que valorizar sim o Ouro destes atletas, pois sofrem muito até chegar aí.
Além do mais, tem time que ganha competição sulamericana e se intitula em fama mundial. Porque estes atletas não podem ter o mesmo reconhecimento?
Sou assinante do Sete Dias e sua admiradora (sou filha do Malagueta, cronista esportivo já falecido, que amava Sete Lagoas, e tia do Luiz Romualdo, só para me identificar…). Fui informada de que o MEC, através da Secretaria de Estado de Educação de MG, tem verba para uma escola em Sete Lagoas (penso que a Emílio de Vasconcelos Costa, na rua Quintino Bocaiúva) construir um “complexo” desportivo de 1.000 (mil) metros quadrados. O prazo para resposta é 14 de novembro próximo. Depois disso, a verba volta para o MEC. Fiquei horrorizada – a escola não tem terreno para construir isso (e não parece interessada). Acho que a cidade não pode perder tal chance de jeito nenhum. E se fosse no Bairro Santa Luzia, no famosíssimo “garimpo”, seria talvez uma ajuda para os jovens da região poderem contar com um local como esse que atenderia à Escola e à comunidade. Você tem a força para fazer isso acontecer, eu tenho certeza. Tem o jornal, tem os conhecidos, os amigos, os influentes que poderiam resolver esse impasse. Por favor, ajude nossa cidade – e, afinal, o esporte é a sua área!… Foi mais um motivo entre os muitos que me levaram a pedir sua ajuda! Obrigada, um abraço.
– Sete Lagoas/MG
Obrigado Vânia,
prazer receber a sua visita aqui no blog.
O asssunto é muito sério e vou encaminhar à turma do Sete Dias e à Secretária de Esportes de SL, Lídia Lane.
Abraço,
obrigado,
Chico Maia
chico mano acabou de convocar o dudu que prejuízo para o cruzeiro que vendeu ele a preço de banana perrela que inteligencia sua.
“Estou surpreso com o tanto de gente que fala que irá à Copa. Gente de todos os níveis sociais, que sonha conhecer o nosso país e que nos enxerga com outros olhos hoje”.
Tá querendo matar os anti-Lula de raiva, Chico….rs
Clayton, seu “mulambo Azul”… rsrs
Sai fora com esse negócio de “cutucar” pra lá. PAssei longe docê…
Mas se não importar, vez ou outra eu venho aqui “te colocar”, a par das novidades, falou??? rsrs
Abraço!
Deixe-me tentar entender: se o MEC tem verba para construir o centro esportivo em Sete Lagoas, e a escola não tem terreno para isto, como é que o dinheiro foi alocado para isto?
Outra coisa: um “”complexo” desportivo de 1.000 (mil) metros quadrados” tem praticamente um espaço de cerca de 32mx32m, ou 20mx50m (ou uma das outras combinações de dimensões). Mas o número “mil” esconde o fato de que isto é em verdade um espaço muito pequeno. Não dá para fazer nada muito “complexo” e, pelo contrário, vai ter de ser bem simples… Por exemplo: uma quadra de futsal tem no mínimo 25mx15m (link). Mesmo com dimensões mínimas, cabem no “complexo” duas quadras de futsal (sem falar que é preciso espaço de separação, etc.). Será que não seria melhor o MEC reformar alguma escola do que fazer mais esta “obra capenga”, que depois vai ficar às moscas na hora da manutenção?
Este tipo de alocação de recursos, no mínimo “suspeita”, é que faz com que o Ministérios no Brasil pareçam cenário de filme de terror: cheios de vampiros sugando o dinheiro, e nada chegando às cidades para beneficiar a população!
Dudu GALOMAIO,
Sai pra lá vc também com esse negócio de “te colocar”… rsrs
Abraços
Esse Danilinho é muito fraquinho…Que fique por lá!
Marcelo,
Além disso já comprou os direitos de transmissão com exclusividade para o Pan de Toronto em 2015 e o próximo 2019 em local a ser definido.Já detem os direitos de Londres 2012. Tem profissional capacitado cobrindo Guadalajara 2011, e como você disse Know-how é como o tempo.