Blog do Chico Maia

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Duelo entre treinadores argentinos será um atrativo à parte neste Atlético x Sport

Foto: https://twitter.com/Atletico

Com 43 anos de idade, Gabriel Milito é um ano mais velho que o seu colega Mariano Soso, técnico do Sport Recife, que aliás o elogiou muito. Nascido em Rosário, não foi jogador de futebol e é respeitado como um grande estrategista. Seus primeiros times como técnico principal foram o Real Garcilaso e Sporting Cristal, do Peru. Trabalhou também no Defensa y Justicia, Gimnasia e San Lorenzo, todos da Argentina, Emelec, do Equador, O´Higgins, do Chile e no Melgar, do Peru, antes de ser contratado pelo rubro-negro pernambucano em dezembro do ano passado para o lugar do mineiro Enderson Moreira.

Fazendo ótimo trabalho no Sport, conquistou a simpatia da torcida e imprensa de Recife pela simplicidade e objetividade na forma de tratar as pessoas e comandar o time, em estilo semelhante ao Milito, desde que chegou a Belo Horizonte.

Deverá explorar os contra ataques esta noite na Arena, mas nunca se sabe. Não tem jogadores do mesmo nível do Galo à disposição, mas certamente terá a vontade do seu grupo em conseguir um placar magro aqui, para tentar decidir a vaga em boas condições na Ilha do Retiro, no jogo da volta.

Foto: twitter.com/sportrecife

Provável time do Galo:  

Everson, Saravia (Mariano ou Fuchs); Jemerson, Battaglia, Arana e Otávio; Alan Franco, Zaracho e Scarpa; Hulk e Paulinho.

Arbitragem carioca, de Bruno Mota Correia, auxiliado pelos também cariocas, Thiago Rosa de Oliveira e Daniel de Oliveira Alves Pereira. O VAR é de Santa Catarina: Rodrigo D’ Alonso Ferreira.


Na relação custo/benefício, o Cruzeiro foi bom negócio para o Ronaldo e vice-versa

Foto: twitter.com/Cruzeiro/@ggaleixo

Ronaldo se deu muito bem com o Cruzeiro, mas também deixou marcas positivas

Antes da era SAF os números das transações do futebol já eram misteriosos, mesmo com algumas instâncias de fiscalização previstas, tipo conselhos fiscais e essas coisas. Com SAF, que tem dono, impossível completamente. Só é divulgado o que os donos e os diretamente envolvidos nos negócios querem.

É claro que Ronaldo lucrou muito nessa aventura, mas não foi ele quem procurou o Cruzeiro. Foi procurado, e assim como grande oportunista dentro dos gramados, ele é também nos negócios.

Se deu muito bem, porém, a sua rápida passagem como comandante geral da Raposa, deixou marcas positivas. Começando pelo seu prestígio internacional, que manteve o clube em evidência, mesmo com o time longe das principais competições. E o principal: a enxugada no quadro de funcionários. O Cruzeiro era um dos maiores cabides de emprego do Brasil, ao estilo das grandes estatais. Parentes, amigos e outros afilhados de dirigentes e conselheiros deitavam e rolavam.

Sem SAF seria impossível mandar embora tanta gente, já que os interesses eleitorais internos falavam mais alto. Conselheiro que tinha influência nas eleições do próximo presidente, apitava e indicava gente pra ser contratada e ser demitida.

A partir da SAF isso acabou e Ronaldo mandou passar o facão, sem dó. Inclusive nos privilégios de torcidas organizadas.

A rigor, só não deu certo porque ele não enfiaria a mão no bolso para montar times competitivos. Brigaria sempre na faixa intermediária da classificação, correndo risco de cair.

O Cruzeiro ficaria nessa, de se aproveitar de eventuais revelações que estourassem, mas já já vendidas.

As pessoas que ele designou para comandar o futebol se mostraram despreparadas, incompetentes, além de não terem lastro com o clube, tipo Elias, ex-Atlético, D’Alessandro, ex-Internacional e o próprio Paulo André, seu braço direito, que teve passagem rápida e apagada como jogador da Raposa. Autuori era exceção, mas parecia desmotivado, deixando as coisas acontecerem, acomodado.

Claro que o Pedro Lourenço não terá vida fácil para fazer o Cruzeiro brigar na parte de cima da tabela, porém, será seu único objetivo, já que neste primeiro momento não visa lucro com o novo negócio. Para isso, está se cercando de quem conhece o futebol e seus labirintos, como o Alexandre Matos, de competência incontestável.   


Cruzeiro de bom futebol contra o Vitória e perspectivas positivas de mudança de donos

Foto: twitter.com/Cruzeiro

O Cruzeiro fez uma boa partida contra o Vitória, venceu sua segunda partida no Brasileiro, mas as atenções da maioria da torcida estavam no noticiário sobre a possível venda da SAF pelo Ronaldo ao Pedrinho BH.


O placar foi 3 a 1, gols de Matheus Pereira, Rafa Silva e Arthur Gomes, em um bom início de campeonato, bastante semelhante ao do ano passado, quando o português comandava o time e foi demitido no meio da disputa. Um erro que quase custou um novo rebaixamento na sequência.
Certamente, com Pedro Lourenço dando as cartas, o Cruzeiro não passará mais por situações como essa, de demitir um técnico, simplesmente pelo mau humor de um cartolinha qualquer do departamento de futebol.


Caso tudo se confirme, Ronaldo irá embora com seu objetivo pessoal alcançado, que era ganhar um bom dinheiro nessa aventura de ser o primeiro dono de Sociedade Anônima do Futebol no Brasileiro.
Mas, a tendência é que o Cruzeiro melhore consideravelmente. Pedro Lourenço além de cruzeirense e morar em Belo Horizonte, não é um grande empresário à toa, e empregará seus métodos do varejo no futebol, porém com as pessoas certas nos lugares certos. Começando pelo retorno do Alexandre Matos ao comando do futebol. Matos conhece com quem estará lidando, sabe que Pedrinho delega, mas não dá carta branca.


Para mim, a grande decepção nessa história toda, nos últimos meses, foi Paulo Autuori, teoricamente um conhecedor de futebol, que participou de contratações e demissões equivocadas.

Foto: twitter.com/Cruzeiro
Hoje mesmo o clube comunicou a sua saída, dois dias depois da saída de outro
Incompetente, Pedro Martins, que não justificou a sua presença em Belo Horizonte como dirigente de futebol do Cruzeiro: @Cruzeiro ”Paulo Autuori comunicou ao clube a decisão de deixar o cargo de diretor técnico do Cruzeiro. Agradecemos todo o profissionalismo e entrega ao Cruzeiro, que foram fundamentais para a instituição desde o momento de sua chegada. Desejamos sucesso na sequencia de sua trajetória no futebol.”


Cuiabá 0 x 3 Atlético. Foi até pouco. Time do Milito, mais uma vez, sobrou em campo

Foto: Pedro Souza/Atlético

Com 3 a 0 no Cuiabá, mais um jogo que o Atlético faz ficar fácil

Com o mesmo elenco, Gabriel Milito está dando banho no antecessor Luiz Felipe Scolari. Impressionante como o Galo é outro time, dentro e fora de casa, jogando pra cima do adversário de forma consciente.

Preservando jogadores, como Hulk, hoje; reabilitando outros, como o Vargas, grande atuação nesta tarde em Cuiabá; adaptando um Scarpa como lateral esquerdo, com a maior boa vontade e alto rendimento, motivando e unindo o grupo, Gabriel Milito está cumprindo bem demais a missão dele neste início no Atlético.

De repente, vai conseguir acabar até com a dependência do Hulk, até então meio time.

Expectativa para quando chegarem os adversários mais fortes.  Se conseguir arrumar a defesa, o Galo poderá ter uma temporada inesquecível este ano.

Gustavo Scarpa novamente em forma, marcando gols, dando assistências e jogando em várias posições. Foto: Pedro Souza/Atlético


Problema no Cruzeiro agora é o “peso” da camisa e “distopia”

Paulo André liderou o movimento Bom Senso FC, em 2013, que reivindicava benefícios para os jogadores e ameaçava a CBF com uma possível greve, que não deu em nada (Foto: twitter.com/Cruzeiro)

Rolando Lero continua em ação no Cruzeiro. Problema agora é o “peso” da camisa e “distopia”

No início da “era Ronaldo” SAF, dizia-se que todo jogador gostaria de jogar pelo Cruzeiro, porque além do dono ser um dos maiores ex-jogadores de futebol do mundo, o “peso” da camisa era diferenciado e atraía qualquer um.


Na entrevista que deu para explicar a saída do diretor Pedro Martins, o braço direito do Ronaldo, ex-zagueiro Paulo André, disse que o peso da camisa atrapalha os jogadores: “Eu brinco que, se o nosso time estivesse com outra camisa, teríamos feito muito mais pontos. A gente vai continuar sendo um time em construção até conseguir voltar a grandeza do Cruzeiro e dizer que vamos ter o objetivo de ser campeão. Há uma frustação pelo tempo de espera, mas entendemos que há uma normalidade. O crescimento oscila”.


Depois veio com outra frase, em que uma palavra obrigou muita gente a recorrer aos dicionários: distopia: “Temos premissas que embasam um clube que, com a receita que temos hoje, com os objetivos que temos, temos que traçar. Há uma distopia, que é o grande causador dessa diferença entre expectativa e realidade. Essa camisa é pesada para caramba. Aí você não consegue trazer jogadores que, muitas vezes, não consegue”.


De acordo com a mestra em Ciências da Comunicação, Juliana Theodoro, distopia é “a representação de uma realidade ou sociedade imaginária opressora e aterrorizante. É o oposto de utopia. O termo distopia acaba por caracterizar um gênero artístico que apresenta um imaginário sobre o futuro, em que este é lugar de opressão e violência, geralmente sob regimes políticos totalitários…”

Hummmm. Aí me lembrei que dos tempos em que o Paulo André liderou o movimento Bom Senso FC, que reivindicava benefícios para os jogadores e ameaçava a CBF com uma possível greve. Na época, 2013, o discurso era: “Eles estão brincando com o fogo, e os atletas estão chegando no limite de sua paciência. Nao sei se a greve é para agora, mas se continuar desse jeito, ela vai acontecer”.
E nada mudou!


A torcida espera que o Cruzeiro mude. Pedro Martins não mostrou eficiência no cargo e se foi. Paulo André ficará interinamente no cargo, até conseguir alguém competente para a função.
Enquanto isso, os cruzeirenses continuarão nessa “distopia”.


Das críticas mais contundentes e sensatas que já li sobre Ronaldo e o Cruzeiro

O então presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues e Ronaldo no dia da apresentação do ex-jogador como dono da SAF, em 18 de dezembro de 2021. Foto: divulgação/instagram

Está no portal da ESPN, dia 18 de dezembro de 2021:

“Há 16 dias, Ronaldo falou que Cruzeiro pode ser ‘máquina de fazer dinheiro’: ‘Não precisa ser gênio’ – Exatos 16 dias antes de comprar o Cruzeiro, Ronaldo já falava sobre a rentabilidade do clube que o revelou. No dia 2 de dezembro, em entrevista ao Flow Sport Club, o Fenômeno disse que a Raposa poderia ser ‘uma máquina de fazer dinheiro’ com uma boa gestão.
“O futebol é rentável. Uma base de dados como o Cruzeiro tem é uma máquina de fazer dinheiro. Fazendo minimamente bem, não precisa ser um gênio, vai dar certo”…
https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/9688744/ha-16-dias-ronaldo-falou-cruzeiro-pode-ser-maquina-fazer-dinheiro-nao-precisa-ser-genio

O Cruzeiro é o terceiro colocado do Grupo B da Copa Sul-americana (Foto: twitter.com/SudamericanaBR)

Quando ninguém esperava e muito menos sonhava que o Cruzeiro se tornaria uma empresa, caiu como uma bomba a informação de que o Ronaldo “fenômeno” tinha se tornado o dono da recém-criada SAF do clube.

Nenhum outro empresário, ligado ao clube, cruzeirense de verdade, teve nem a chance de pensar em apresentar uma proposta. Grande parte da torcida, com razão, cega de paixão, achou que teria sido o melhor negócio do mundo e que a Raposa estava “salva” e voltaria breve às grandes “páginas heroicas imortais”.

E ai de quem ousasse fazer a mínima crítica ou lembrasse que Ronaldo nunca deu a menor bola ao Cruzeiro depois que foi vendido. Nem citava o clube nem Belo Horizonte nas muitas entrevistas que dava sobre seu início de carreira.

Pelo contrário, a única vez que falou, foi pra dizer que quase passava fome na Toca.

Recebi de vários cruzeirenses, por e-mail, whatsapp e aqui no blog (obrigado Juca da Floresta, obrigado Alex e aos demais), a coluna do Gustavo Nolasco, de ontem, dia 23, no Estado de Minas. Uma das críticas mais contundentes e mais sensatas que já li até hoje sobre a gestão do Ronaldo no Cruzeiro.

Vale demais a pena ler.   

“DA ARQUIBANCADA”

SAF do Ronaldo: um fenômeno de omissão

* Por Gustavo Nolasco

Quem gosta de ser campeão é o torcedor cruzeirense. A diretoria da SAF trabalha mesmo é para não gerar custos e fazer mais ricos seus patrões

*SAF do Ronaldo: um fenômeno de omissão*

Não existe mais motivo, desculpa ou influencers/youtubers cevados com jabás/patrocínios capazes de fazer com que a Nação Azul continue se iludindo. Com a filosofia financeira-desportiva imposta pela diretoria montada pelo suposto comprador da SAF Cruzeiro, Ronaldo Nazário, não há qualquer perspectiva de montagem de um time competitivo no nível que a marca “Cruzeiro Esporte Clube” exige.

De semana em semana, de competição em competição, a estratégia dessa gente vai ficando cada vez mais escancarada:

1 – organizar a mina de ouro (as categorias de base), pois é de onde os acionistas projetam retirar seus dividendos, vendendo ativos (jovens promessas) para o milionário mercado internacional;

2 – manter um elenco profissional de mediano para fraco, pois, afinal, ter um escrete com capacidade técnica de disputar títulos pressupõe altos investimentos, e isso não lhes interessa, pois não admitem reduzir o lucro financeiro em suas contas bancárias.

Em resumo, quem gosta de ser campeão é o torcedor cruzeirense. A diretoria da SAF trabalha mesmo é para não gerar custos e fazer mais ricos seus patrões.

O resultado do último sábado mostrou, novamente, que entramos em uma competição com um elenco fraco, incapaz de medir forças com a turma “da parte de cima da tabela”.

Hoje, temos apenas um jogador realmente diferenciado tecnicamente, Matheus Pereira. Detalhe, ele só está no clube graças à insistência de Pedro Lourenço. Porque, sabemos todos, se dependesse de investimento de Ronaldo ou de estratégia da sua Patota de Corintianos e Playboys Cariocas de Sapatênis, o craque do nosso time (cruzeirense declarado e apaixonado) jamais estaria aqui. Muito menos haverá qualquer esforço dessa gente para que ele fique ao final do empréstimo.

Chega a impressionar como essa diretoria não sente o mínimo de vergonha na cara por ficar em silêncio frente aos resultados vexatórios, como a eliminação para o Sousa na Copa do Brasil, o empate para o semiamador Alianza e a nova derrota patética para o Atlético de Lourdes. Omissão ou covardia?

Hoje entraremos em campo pela terceira rodada da Copa Sul-americana. Mesmo o Cruzeiro sendo cabeça de chave da competição, até o momento, não venceu nenhuma partida. A Patota de Corintianos e Playboys Cariocas de Sapatênis não disse absolutamente nada sobre essa completa incompetência. Soberba?

É evidente a falta de sintonia da SAF com os anseios da Nação Azul e com a grandeza de um clube multicampeão. Eles repetirão a mesma lereia: “Pegamos um clube quebrado”. Sem que ninguém lhes devolva o questionamento: “Se comprar um clube pelo preço de pechincha que pagaram era um negócio tão ruim assim, por que pegaram?”

“A roupa nova do rei” é um conto do dinamarquês Hans Christian Andersen, publicado em 1837. Ele conta a história de dois vigaristas que bolam um plano para enganar o imperador. Sabedores que o rei adorava esbanjar com roupas caríssimas e exclusivas, eles se passam por tecelões e oferecem algo extraordinário: produziriam roupas magníficas, visíveis apenas para os inteligentes.

O rei os contrata. Tempo depois, todos da cidade visitam os teares e mesmo vendo que estão vazios, para não serem considerados estúpidos, fingem acreditar que algo estava sendo confeccionado.

Veio o grande dia no reinado. Os vigaristas chamam o imperador, o despem e fazendo mímicas, fingem vesti-lo com as roupas “só visíveis aos inteligentes”. Quando o rei ganha as ruas, os seus súditos, não querendo parecer ignorantes, novamente, fingem acreditar que o imperador está vestido.

O espetáculo bizarro de soberba, omissão e covardia se arrasta até que uma criança aponta para o imperador e grita: “O rei está nu!”

Agora, resta à Nação Azul definir se o seu papel nesse conto será o de súdito omisso do soberbo rei ou se será a criança que tem a coragem dizer a verdade.

Por Gustavo Nolasco

https://www.em.com.br/colunistas/gustavo-nolasco/2024/04/6843179-saf-do-ronaldo-um-fenomeno-de-omissao.html


Atlético bem na fita pelo primeiro lugar geral da Libertadores; Cruzeiro empata outra

Foto: twwitter/CAM

Grande jogo em casa, 3 x 2 no Peñarol, que renasceu a partir do momento em que tomou o terceiro gol, aos 11 do segundo tempo.

No primeiro tempo, Scarpa, o melhor em campo, fez 1 x 0 aos 15, depois de tabela do Zaracho com o Paulinho, que deu um passe açucarado.

Aos 26, o zagueiro Damián Garcia errou feio e na saída da bola entregou a bola para Paulinho fazer 2 x 0.

Aos 12 do segundo tempo, em contra-ataque, Hulk achou Scarpa, entrando pela direita, que bateu com perfeição, marando o terceiro.

A partir daí, impressionante a reação uruguaia. Aos 16, bola alçada na área atleticana e aí já viu, não é? Maxi Oliveira surgiu no meio da zaga e diminuiu.

Aos 23, Silvera marcou o segundo e a torcida do Galo passou aperto até o fim da partida, mas plenamente justificado. Aos 27 tomou bola na trave, em falta batida pelo Gastón Ramírez.

Foto: twitter.com/Cruzeiro

O Cruzeiro empatou com o La Calera, terceiro empate em três jogos pela Sul-americana.

Com chance desperdiçada de forma inacreditável, pelo Rafael Elias

https://twitter.com/i/status/1782894615533695314

Diferentemente da “era” Felipão, jogadores do Atlético mostram em campo mais união e futebol coletivo

Foto: twitter.com/Atletico

Atlético x Peñarol esta noite em BH. Prazer em ver este time do Galo/Milito jogar
Em sete jogos comandando o Galo, o treinador argentino Gabriel Milito ainda não repetiu a mesma escalação inicial. Com quatro vitórias e três empates, opta por jogadores e estratégias diferentes para cada adversário, com uma característica própria: ousado, sem medo de perder, e por consequência, “sem medo de ser feliz”.
Tem dado certo. Ele está sabendo utilizar todo o potencial dos jogadores à sua disposição. Conquistou a torcida com o seu jeito despojado, dentro e fora de campo. Nas entrevistas é claro, sem rodeios, respeita e se faz respeitar.
O futebol é uma gangorra, imprevisível, tudo é possível em cada partida. Nenhum time é imbatível, mas Milito já conseguiu algo que os últimos antecessores dele no cargo não deram conta: prazer em ver o time jogar, com garra, com jogadas envolventes, passando a esperança de que o gol sairá a qualquer momento porque os jogadores sabem o que fazer em campo, formam um conjunto. Antes, era na base do “cada um pra si e Deus pra todos”.

Foto: twitter.com/Atletico
Vamos ver como será esta noite, 21 horas, contra o Peñarol de Diego Aguirre, que foi técnico do Galo em 2016.
O clube uruguaio é um dos maiores ganhadores da Libertadores: cinco títulos, sendo o último em 1987. Na época já iniciava um período de decadência técnica e financeira. Vem se recuperando, lentamente, e ainda não mete o medo que metia em seus adversários como nos anos 1960/1970. Porém, todo cuidado é pouco. O Criciúma conseguiu sair da Arena do Galo levando dois pontos.
O provável time do Milito para hoje: Everson, Saravia, Jemerson, Battaglia e Arana; Otávio, Alan Franco, Scarpa e Zaracho; Paulinho e Hulk.
Trio de arbitragem colombiano: Andrés Rojas, com Alexander Guzmán e Jhon Gallego nas bandeiras.
O VAR vem do Equador: Carlos Oribe.

Foto: twitter.com/Libertadores


Cruzeirense, de Montes Claros, sugere que Ronaldo continue, mas passe o comando da SAF ao Pedrinho do Supermercados BH

Foto: Cruzeiro EC/Gustavo Aleixo

A falta que faz um time e uma diretoria competente ao Cruzeiro

(Imagem: twitter.com/home)
Um dos maiores conhecedores de futebol que conheço é o ex-jogador e treinador Procópio Cardozo. Ao ver essa lista oficial dos relacionados para o jogo do Cruzeiro em La Calera/Chile, pela Copa Sul-americana, ele twittou:
@procopiocardozo “Quem sou eu para aconselhar o Fernando Seabra, mas se pudesse diria a ele: faça o simples. João Marcelo e Zé Ivaldo não podem ficar fora são os melhores dessa relação; volante tem que competir, não pode marcar com o olho. E atacante tem quem aguentar correr e ainda chutar pro gol”.

Quase todos os cruzeirenses com quem converso também pensam assim, e eu também.
O Amaury Alkimim, cruzeirense de Montes Claros, também pensa e defende que Ronaldo continue na cúpula da Raposa, mas passe o comando para quem vive verdadeiramente o Cruzeiro e sofre no dia a dia, como a torcida está sofrendo: Pedrinho do Supermercados BH.


Vale a pena ler a opinião do Amaury e seria ótimo se o Ronaldo usasse o bom sendo e acatasse a sugestão:
“Chico, Bom Dia! Deu a lógica.
Meu Cruzeirão está com um plantel muito, mas muito inferior ao nosso rival. Nosso estagiário de técnico parece muito perdido.
Chico do céu, que defesa horrorosa essa do meu Cruzeiro! Eles ficam olhando a bola que nem um bando de “Dalua” e não marcam os adversários. Todos os gols que levamos do Atlético Mineiro este ano foram descuido, vacilos do sistema defensivo. Eles ficam marcando com os olhos, de longe, alguns com as mãos na cintura ou tirando meleca do nariz.


Alguém tem que ensinar para eles marcar o adversário e não a bola. É preciso treinar sem bola; treinar posicionamento para anteciparem às jogadas para não acontecer que cheguem atrasados. Deixar Hulk, Scarpa, Arana, Zaracho livres para finalizar é covardia.
Olha, agora já tenho condições de emitir opinião sobre as contratações deste ano: TODAS FRACAS. Barreal é inferior ao Robert e João Pedro. Outra coisa, esse Paulo André é um malfeitor para o Cruzeiro desde quando era zagueiro e caminhava na zaga que nem Lucas Silva hoje (que se arrasta em campo e ninguém tira).


Por fim, o ideal seria Ronaldo vender 50% das ações da SAF para Pedro Lourenço, fazendo uma parceria interessante; R9 ainda continuaria lucrando (sua meta) emprestando sua grife à instituição e Pedro Lourenço entraria com a grana e amor ao time. Sem contratações boas repetiremos o sofrimento do ano passado. Ajustes já! Ah, ainda bem que foi só de 3×0, pois com o elenco que o rival tem (e nós não temos) poderia ser bem pior.”
Amaury Alkimim – Montes Claros


Galo 3 x 0 Raposa: para Felipão ver e aprender como se faz num clássico como este, em casa

Foto: twitter.com/Atletico

Que partida do Atlético! 3 a 0 sem contestações

Essa primeira vitória do Galo sobre o Cruzeiro em sua casa foi muito bem resumida pelo Guilherme Frossard, ex-Globo, na twittada que deu depois da partida, que deveria ser dedica ao Luiz Felipe Scolari:
@guifrossard
“Milito explicou a opção por Battaglia como zagueiro: queria anular Matheus Pereira como falso 9 (como apareceu em outros clássicos) e melhorar a saída de bola por dentro. Deu muito certo. Como é bom ver entrevistas coletivas de treinadores que explicam com clareza o que fazem…”


Fatura liquidada no primeiro tempo: Zaracho aos 24, Paulinho aos 34 e Arana aos 46.
Com 39.541 presentes, renda de R$ 2.151.652,52.


Difícil dizer quem foi o melhor em campo: Gustavo Scarpa ou Zaracho, mas todo o time do Atlético jogou muito.