Blog do Chico Maia

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Este sim, é reforço! Até a Conmbebol exalta o retorno de Tardelli ao Galo

Foto: @sulamericana

Quase que ao mesmo tempo em que o Atlético anunciou a contratação do Tardelli as redes sociais da Confederação Sul-Americana de futebol também informou, exaltando ao retorno dele. É o prestígio de glórias passadas, que infelizmente não entra na cabeça da maioria dos jogadores quando eles estão iniciando a carreira. Conquistar grandes títulos garante fama, prestígio e dinheiro pelo resto da vida, claro, quando o jogador sabe administrar o sucesso.

A volta do Tardelli anima a torcida e levanta o astral da Cidade do Galo. Certamente ainda joga infinitamente mais que os que estão no clube com a responsabilidade de fazer e ajudar a fazer gols.

CONMEBOL Sul-Americana

@sulamericana?

O artilheiro voltou! O @Atletico anunciou a contratação do atacante @tardelli9, campeão da @LibertadoresBR pelo clube em 2013 e da @RecopaConmebol em 14.

O Galo joga a volta da Fase 1 da #SulAmericana dia 20/2 contra o @clubaunion em Belo Horizonte. Perdeu a ida: 3-0.”


A estreia do Galo na Copa do Brasil e a gratidão do goleiro Cleiton

O treinador de goleiros, Chiquinho, sendo homenageado pelo Cleiton, em foto do Bruno Cantini/Atlético

Com essa fórmula da competição, todo cuidado é pouco. “Jogo da vida” para os clubes menos famosos, que têm o privilégio de estrear em casa, mas que entretanto têm de vencer. O empate dá a classificação ao, teoricamente, “bicho papão” visitante. O Bahia, todo favorito em Teresina contra o dono da casa River, perdeu de 1 a 0, saiu da disputa e deixou de embolsar R$ 1,3 milhão de premiação por chegar à segunda fase.

Que o Galo não vacile em Campina Grande, bela cidade paraibana, contra o Campinense. Não vale desculpa de cansaço e essas coisas para não exibir um futebol melhor que o que vem sendo mostrado.

Ontem o goleiro Cleiton foi se despedir, vendido que foi para o Bragantino, e teve uma atitude bonita, ao dar força ao preparador de goleiros Chiquinho, tão questionado por muita gente. O gesto do Cleiton, de presentear com a camisa da seleção brasileira, ao profissional que o ajudou a chegar lá, foi muito importante neste momento. Por tudo que já ouvi de gente que conhece o dia a dia dos treinos do Atlético, Chiquinho é um injustiçado e merece este apoio que recebe dos goleiros, demais jogadores e todos os técnicos que têm passado pela Cidade do Galo.

Por falar em goleiros, entendo que a diretoria deveria se preocupar em investir em na busca de jogadores para outras posições, como o ataque e armação, essas sim carentes. Os goleiros que estão lá dão conta, porém o resto do time, com um Réver batendo cabeça e chegando atrasado, não tem jeito.


Medo do coronavirus força a saída de Marcelo Moreno do futebol da China

Sexta-feira passada, 7, o jornalista argentino, Jorge Barraza, twitou a capa da revista Marcas, suplemento de esportes do jornal La Razón, de Laz Paz: @JorgeBarraza: “El goleador boliviano Marcelo Martins, que juega en el Shijiazhuang Ever Bright de la Superliga China, se confiesa sobre el temor al coronavirus. El club decidió “escapar” a Emiratos Árabes Unidos y aminorar el posible contagio de sus jugadores. Su familia está en Brasil.”

Bom para o Cruzeiro, que terá menos dificuldades para contratá-lo.

Jogo ruim em Patos, mas valeu pelo destaque de dois jogadores do Atlético

Foto: twitter.com/Atletico

Foi de dar calo nas vistas este URT 0 x 1 Atlético, mas valeu pela atuação do Dylan Borrero, que além da jogada para o gol do Di Santo, procurou o jogo enquanto esteve em campo e mostrou talento.

O lateral Lucas Hernandez também foi novidade para mim. Nem parecia aquele perna de pau que todos vimos entrar em campo ano passado. Melhorou da água para o vinho, pelo menos neste jogo em Patos.

Estou aguardando algum “especialista” em arbitragem explicar o motivo da anulação do que seria o gol de empate da URT. Dói demais ver um sofrido e esfolado clube do interior sendo prejudicado contra um dos grandes.


Cruzeiro e América se respeitaram demais e empate refletiu o pouco futebol de ambos esta tarde

Esta foto do Ramon Bitencourt no SuperFC reflete o que foi o clássico desta tarde no Mineirão

Partida muito estudada, em que os dois times se respeitaram demais. Cruzeiro e América foram iguais em quase tudo durante quase os noventa e poucos minutos de jogo. Até em comprometedores erros de passes. Machado, do Cruzeiro, tentou sair jogando e quase deu um gol de presente ao América. Mas Felipe Augusto chutou para fora. Neste aspecto o Cruzeiro foi mais feliz e conseguiu o gol de empate graças a duas falhas americanas. Do lateral que saiu jogando errado, proporcionando o contra ataque cruzeirense e do goleiro, mão de quiabo, que espalmou para dentro do gol o chute de longe do Maurício, que vem sendo o grande nome do Cruzeiro neste início de temporada.

O gol do América foi aos 24 do segundo tempo com Ademir se deslocando bem entre os marcadores dentro da pequena área, no aproveitamento de bola cruzada da linha de fundo pelo Felipe Augusto. O empate azul foi oito minutos depois.


Coisas do Brasil: “Elefante branco”, estádio mais caro da Copa de 2014, foi vendido. E nenhum (ir) responsável pela obra está preso

Richard Dubois, o novo “dono” do Mané Garrincha, em foto da epocanegocios.globo.com

O Mané Garrincha, de Brasília, maior vergonha da gastança pública desnecessária da Copa disputada no Brasil, agora pertence à iniciativa privada. Estive lá durante os Jogos Olímpicos de 2016 e ainda havia obras por terminar, dentro e principalmente fora do estádio, mesmo depois de vários “aditivos”, que custaram quase R$ 2 bilhões aos cofres públicos. E o governador da época, responsável pelo empreendimento, o ex-Ministro dos Esportes, Agnello Queiroz, curte a vida livremente.

Menos mal que o estádio agora é administrado por um grupo privado. Li sobre o novo “dono” no site Infomoney, numa reportagem da Agência Estado:

* “Richard Dubois: o homem que quer ‘comprar’ Brasília”

O apetite do investidor levou nada menos que dez governadores do País a procurarem Dubois para apresentarem propostas de concessão de espaços públicos

Em 2014, durante a Copa do Mundo, o empresário Richard Jean Marie Dubois trabalhava como auditor da PwC Brasil, em um prédio que ficava em frente ao estádio de Brasília, o Mané Garrincha. Da janela, via o símbolo maior dos “elefantes brancos” erguidos para o torneio, com custo de R$ 1,7 bilhão aos cofres públicos. “Eu sabia que havia um potencial de negócios muito grande aqui.”

Quase seis anos depois, na semana passada, a arena passou a ser administrada integralmente pelo grupo de Dubois, que tem dominado as privatizações de diversos espaços da capital federal. Além do estádio, ele arrematou o autódromo de Brasília e apresentou propostas para levar a Torre de TV Digital, a rodoviária e o metrô da cidade.

O apetite do “homem que está comprando Brasília” levou nada menos que dez governadores do País a procurarem Dubois para apresentarem propostas de concessão de espaços públicos. O empresário avaliou e já descartou negócios como o estádio do Pacaembu e o autódromo de Interlagos, em São Paulo, mas se mostrou interessado na administração do Maracanã, no Rio.

Com mais de dez anos de trabalho em consultorias que ajudaram a formatar concessões do governo federal em diversas áreas, Dubois abriu uma empresa própria – a RNGD Consultoria de Negócios – no fim de 2015. O capital inicial, diz ele, veio do que ganhou no mercado financeiro. “Já tinha ajudado muita gente a ganhar dinheiro, e resolvi correr um pouco mais de risco.”

Ele bateu à porta do então governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), para sugerir um programa amplo de concessões. Mesmo assim, o processo levou mais de quatro anos para ser concluído e o contrato só foi assinado na gestão do atual governador, Ibaneis Rocha (MDB). “Vi que Brasília era a cidade com mais oportunidades de negócios. Há empresários brilhantes aqui, mas eles são poucos. São Paulo e Rio de Janeiro têm uma competição maior.”

Além de um projeto de R$ 22 milhões para recuperar o estádio – já sucateado após seis anos de uso público -, a concessão de 35 anos do Mané Garrincha prevê investimentos de mais de R$ 300 milhões em seu entorno, com a construção de um “boulevard” de compras e lazer. O empreendimento é a maior aposta para retorno financeiro com a operação da arena. (mais…)


Mordaças inaceitáveis do nosso futebol querem usar Edilson, do Cruzeiro, com exemplo

Foto, divulgação/Cruzeiro

Está na imprensa: “Edílson será julgado na próxima terça-feira, dia 11, às 19h (de Brasília) e poderá pegar de um a seis jogos de punição. O lateral foi enquadrado no artigo 258, que fala em : “Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código”.”

O lateral usou uma de suas redes sociais para reclamar da dura vida de viajante das estradas estaduais e federais em Minas. Agruras principalmente para quem viaja de ônibus em tempos de chuvas. Ele também se aproveitou, oportunisticamente, do sofrimento de quem penou e pena muito por consequências das tempestades que nos assolaram nos últimos dias para vender o comercial dele.

Direito do jogador cruzeirense, num país que, pelo menos teoricamente, respeita a liberdade de expressão. Mas, aí surge alguma “autoridade” dessas que se aproveitam bem demais do futebol para se dar bem, ofendida e “indignada” com o que escreveu o lateral, e quer que ele seja punido.

Censura, mordaça, sacanagem, imbecilidade, enfim, considero essa ameaça tudo isso e muito mais.


Um ano depois, ex-cartola do Flamengo indiciado por incêndio no Ninho; cinco anos depois, assassinos de Mariana continuam impunes

Bandeira de Melo em foto da assessoria do Flamengo

O Flamengo movimenta fortunas incalculáveis anualmente mas mostrou que não estava nem aí para os seres humanos das suas categorias de base, uma das maiores fontes de sua arrecadação. Por isso, ótimo que o ex-presidente Bandeira de Melo, que só enxergava número$, na gestão do clube, tenha sido indiciado para responder pelas mortes dos dez rapazes, há um ano na moradia do Ninho do Urubu. Mas é lamentável que polícia e justiça não tenham o mesmo rigor e rapidez na busca por criminosos como os que mataram tanta gente e acabaram com tantos animais, rios, comunidades, profissões e meio ambiente em geral, em dois estados brasileiros, como fez a Samarco/Vale em Mariana. Brumadinho, cuja tragédia humana foi muito maior, lembrou um ano de sofrimento do ocorrido dia 25 de janeiro de 2019, sem ter conhecimento de nenhum dos criminosos da Vale, responsáveis pelo rompimento da barragem, preso ou mesmo indiciado.

É o Brasil!


Fritura do treinador: não acredito em bruxas, mas por favor, não faça bruxaria contra mim

Como sempre ótimo, Duke, ontem no Super Notícia

Comentarista dos mais tradicionais do blog, Márcio Luiz escreveu: “Chico, se possível use o seu faro de repórter e suas fontes para apurar este assunto que é muito sério: o Emanuel Carneiro ontem na turma do bate-bola disse que há uma conversa dentro da cidade do Galo de que os jogadores “não estariam” engolindo os métodos de trabalho do treinador: excesso de treinos e excesso de disciplina.
Como a diretoria ainda não teve culhão para SUMIR com Fábio Santos, Rever e o pastor, o risco desse venezuelano ser fritado por esses “líderes” já no segundo mês de trabalho é enorme.”

Na sequência o Silvio T, também entrou no assunto: “Cantei essa pedra quando o nome de Dudamel nem estava confirmado. Aliás, pedrinha fácil de cantar em se tratando da estatal Clube atlético Mineiro. É uma ofensa exigir dos funcionários públicos alve negros que estejam com preparo físico em dia – sem cachaça- que marquem o campo todo, que ensaiem jogadas e posicionamento tático e outras cositas más que, como vimos, até o Coimbra sabe fazer.”

Tenho saudades dos meus tempos de repórter, mas passou. Não gostaria de voltar a exercer a atividade de setorista de clube. Valeu a experiência, mas é terrível e talvez algum dia escreva um livro sobre o tema. Vida que segue. Também ouvi o Emanuel Carneiro falando na Turma do Bate Bola de um possível boicote de jogadores do Atlético ao técnico Dudamel.

Alguém mais inocente deve estar se perguntando: mas já?

Não duvidem de nada no mundo do futebol, senhoras e senhores. Grande parte dos jogadores de futebol não gosta de trabalhar muito, detesta regras, odeia formalidades, se acha acima do bem e do mal, se incomoda com cobranças e derruba treinador que faz essas exigências mencionadas. Cortar o uso excessivo de telefone celular? Nem pensar!

E desde o primeiro dia do venezuelano na Cidade do Galo tem sido assim. Um profissional sério, dedicado que considera direitos e deveres como obrigação normal de todo profissional, em qualquer atividade, qualquer lugar do mundo. Mas, no Brasil tudo é “mais ou menos”, e aí está a grande dificuldade de um técnico estrangeiro acertar o compasso por aqui. É comum jogador brasileiro se transferir para a Europa e poucos meses depois querer voltar. Põe culpa no frio, na “adaptação”, na comida, no ar que respira, na imprensa, na forma do olhar dos europeus e bla, bla, bla… Daí a pouco retorna ao Brasil e quem investiu nele fica no prejuízo.

Emanuel Carneiro tem fontes fortes e não falaria uma coisa dessas se não tivesse alguma informação concreta. Por outro lado é difícil provar. Nos anos 1980, quando eu cobria o dia a dia do Atlético vi a fritura do Rubens Minelli, considerado por quase 100% da imprensa do país, o melhor técnico do Brasil. Porém, falava muito. Logo que chegou, nas entrevistas dizia que o Galo era um “ovo de páscoa”; muito bonito por fora, porém, oco. Ou seja: no papel, um grande time, cheio de estrelas, mas que não rendia dentro das quatro linhas. Caiu nas primeiras rodadas do Brasileiro de 1984.

Mais recentemente, na memória de todos nós, está viva a lembrança da fritura do Vanderlei Luxemburgo em 2009, no próprio Galo. Tomara que que apenas uma teoria conspiratória e que Dudamel esteja com o controle do grupo nas mãos. Mas todo cuidado é pouco e que a diretoria tenha uma estratégia para barrar uma covardia dessas.


Profetas do acontecido continuam errando, inclusive nas comunicações. Nem o Rádio AM morreu. Pena que o Jacaré foi derrotado

A história conta que foi uma dificuldade dos diabos para o torcedor brasileiro ficar sabendo que o Brasil foi campeão mundial em 1958. As comunicações eram precaríssimas e multidões se reuniam nas praças país afora, ouvidos atentos a alto falantes, para saber o que estava ocorrendo nos jogos.

De certa forma vivi essa experiência hoje em Sete Lagoas. Não deu para ir a São João Del Rey para assistir a estreia do Democrata contra o Athletic. A FMF, que costuma transmitir os jogos via internet, não transmitiu. Nos salvou a Rádio Eldorado 1300 AM. Excelente narração do Kenner Tarabal, que grita “yes”, quando sai gol, tipo o “Caixa”, gritado pelo deputado Mário Henrique quando está empunhando o microfone da Itatiaia.

Primeiro tempo muito bom, jogo lá e cá, oportunidades muitas para os dois times e zero no placar. No segundo, o goleiro democratense Leo fez uma defesa parcial “milagrosa”, segundo o Tarabal, mas a bola sobrou para o Mococa que fez 1 a 0 para os sanjoanenses. O Democrata partiu pra cima, criou chances, mas não conseguiu empatar. Mesmo assim saiu aplaudido pelo bom número de democratenses que se deslocaram à terra de Tancredo para prestigiar os comandados do técnico Paulinho Guará. O camisa 10 Filipinho, ex-Galo, foi o cérebro e motor do Athletic, em tarde de muita inspiração.

Fazer o quê, né?

Mas valeu a pena matar saudades da transmissão pelo rádio, principalmente AM, a minha origem nos microfones. A força do rádio continua impressionante. Quando surgiu o cinema, “especialistas” garantiam que o radio iria acabar. Veio a TV, “especialistas” decretaram que o cinema e o rádio estavam com os dias contados. Veio a internet e os novos profetas do acontecido e engenheiros de obra pronta juraram que finalmente seria o fim do rádio, da tv e do cinema. O tempo passou e todos os meios estão aí firmes e fortes, usando a internet como aliada. Até o rádio AM, que proporcionou essa alegre volta ao passado nessa tarde de sábado. Pena que o nosso Jacaré perdeu, mas sábado que vem, vai se recuperar, na Arena, 16 horas contra o CAP Uberlândia.