E lá se foi o Marcelo Prates, grande fotógrafo, jornalista e amigo

Em um certo dia o Marcelo me ligou de Nova Iorque para contar essa história:

Entrou num táxi, e o motorista, notando que ele era brasileiro, puxou conversa:

__ Pelo sotaque parece que você é mineiro!

__ Sim, sou de Belo Horizonte. E você?

__ Sou de Sete Lagoas.

__ Uai, então você deve conhecer um sete-lagoano, meu companheiro de trabalho, o Chico Maia.

__ Oh sim! Meu amigo, estudamos juntos, no colégio Dom Silvério.

E numa dessas coincidências da vida, ele ficou amigo do Sívori, meu conterrâneo, que morava já há uns dez anos nos Estados Unidos.

Marcelo Prates estava com 70 anos de idade, feliz, curtindo bem a vida em Belo Horizonte, para onde tinha retornado há pouco mais de um ano, depois de morar um tempo em Nova Iorque.

Excelente fotógrafo, muito querido por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo, ótima prosa.

Conversávamos muito nos tempos em que eu era colunista do Hoje em Dia e ele o editor de fotografia. Atleticano, ele sempre queria saber das informações de bastidores do Galo, e como era muito bem relacionado com as fontes, também do futebol, constantemente me dava alguma dica do que estava rolando ou que iria rolar com jogadores, dirigentes e treinadores, de todos os clubes.

Pai do Lucas Prates (torcedor apaixonado pelo América), um dos melhores jornalistas, também fotógrafo, de uma nova geração brilhante que está no mercado mineiro e nacional.

Na quinta-feira o Marcelo teve um AVC. Apesar de toda a assistência médica que teve, o quadro foi se agravando. Ele passou por uma cirurgia, e infelizmente, nos deixou ontem.

Deixa sete filhos, dois netos e a mãe, de 94 anos.

Belorizontino, nascido em 28 de fevereiro de 1955, Marcelo Prates, formou-se em Comunicação Social pela UFMG.

Trabalhou em jornais e revistas daqui e do mundo, como O Globo, Folha de S. Paulo, Estadão/SP, Jornal do Brasil, Correio Brasiliense, Estado de Minas, revistas Veja, Manchete e Isto É, além dos franceses, jornal Libération, revista Le Nouvel Observateur, o italiano Corriere della Sera e Agência France Press.

Que péssima notícia neste fim de 2025.

Descanse em paz, caro Marcelo!

E como diz o Milton, “qualquer dia a gente vai se encontrar!”

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