Em 1975, o junior do Cruzeiro em parceria com o Bela Vista de Sete Lagoas. A partir da esquerda, o diretor Armando Cabral, Píula, Nego Rosa, Carlos Alberto, Marcos Wendel, Edson, Lu, Jorge Gangão, Victor Alves e Mirim; Amilton, Paulinho Tenaz, Alencar, Edmilson, Renato Baiano, Gela, Pelezão, Edilson, e Antônio Cabeção, massagista
Foto: acervo pessoal do Vitor Alves
Com que tristeza recebo a informação do Victor Alves, que morreu nesta terça-feira, 21, o Jorge Gangão, amigo das antigas, com quem joguei no juvenil do Ideal de Sete Lagoas.
Eram meados dos anos 1970 e ele seguiu carreira, chegando a jogar na base do Cruzeiro, que tinha parceria com o Bela Vista de Sete Lagoas. Felício Brandi presidia o Cruzeiro e era amigo do Guilton Rodrigues dos Santos, na época, um mecenas do BV.

Jogava demais. De uma raça impressionante, zagueiro de muita categoria, que gostava de ir ao ataque e só dava porrada em último caso.
Inteligente dentro e fora de campo. Conciliava os gramados com o trabalho como gráfico no jornal Boca do Povo. Chegou um momento em que ele teve que optar: a bola ou ganhar a vida em outra profissão. Estávamos sempre em contato, mesmo quando eu desisti de tentar me tornar goleiro profissional e abracei pra valer a vida de repórter na Rádio Cultura de Sete Lagoas.
Em determinado dia ele me disse:
__Vou desistir do Cruzeiro. Com essa minha altura não vejo muito futuro no profissional.
Media 1,76 m, a mesma altura que eu. Tempos em que com menos de 1,80 m os grandes clubes já não estavam aceitando mais nem para teste. Mas ele era tão bom, que o Cruzeiro o queria lá, no Barro Preto, onde a base treinava.
Não quis nem saber. Passou a se dedicar somente ao trabalho como gráfico e ao futebol amador. Cobiçado por todos os clubes da região, era remunerado por partida. Respeitado, muito empenhado em tudo o que fazia, progrediu e se tornou empresário, adquirindo a sua própria gráfica, a qual se dedicou até o presente momento.
Há tempos não nos víamos, mas em junho do ano passado nos encontramos casualmente no Restaurante e Lanchonete do Nego, na Av. Prefeito Alberto Moura, perto do Parque de Exposições em Sete Lagoas.

Muito acima do peso, pensou que eu não fosse reconhece-lo:
__Fala Chico! Lembra de mim?
__O que é isso, meu zagueiro? Claro.
Papo vai, papo vem, colocamos a conversa em dia, atualizamos os números de telefone e ficamos de marcar novo encontro nos próximos dias. Infelizmente não marcamos. Agora, só no além!

Que pena. Um grande ser humano.
Descanse em paz caro Gangão! Como diz a música do Milton: “Qualquer dia amigo, a gente se encontra”!

Nos tempos do Bela Vista, num ótimo time de 1993
Da esquerda para a direita, Zé de Dárcio, Jorge, Renato Campolina, Amaral, Joubert, Joel, o mascote Kó, e o Marcos Barbosa, grande professor de português, que atuava como repórter (excelente por sinal) da Rádio Cultura, por hoby.
Agachados, o mascote, cujo nome não sei, Serginho Pontelo, Gilmazão, Dica, Timboca e Geraldinho.
Foto enviada pelo amigo comum, grande atacante e depois lateral Lu, que está no time do Cruzeiro, na foto principal deste posta quem agradeço.
2 Responses
Chico, você tornou-se um craque do jornalismo. Pelo que pude perceber dessa turma toda, apenas o goleiro Victor fez carreira na bola. O tempo passa, o tempo voa!
Vivemos bons tempos junto de Jorge nos gramados do campo do Ideal S Club. Onde ele disputou os campeonatos de amador pelo Ideal. Na década de 70 e 80.