O mais interessante do evento da FIFA no Anhembi foi este protesto popular denunciando como anda a violência no Brasil
Gente de todas as idades, com máscaras, cruzes e cartazes, chamando a atenção da imprensa estrangeira para essa tragédia diária que o Brasil vive
E os caras de pau de incontáveis políticos arrotando que somos a “quinta economia do mundo”, caminhando para passar a Inglaterra.
E daí? Cadê o dinheiro, que deveria estar sendo investindo em educação, saúde, infra-estrutura e bem estar da sociedade?
O Centro de Imprensa está instalado nas dependências do Hotel Holiday Inn.
Tudo bem organizado e seguranças pra todo lado. Aqui dentro não parece que estamos numa das cidades mais violentas do mundo.
Muita gente da imprensa estrangeira e nacional…
… porém, abaixo do que era esperado.
Funcionários gentis e bem treinados. Neste aspecto, a organização está sendo impecável.
Esta é a Cláudia, do credenciamento, brasiliense, que mora há menos de três anos em São Paulo. A mãe é mineira de Governador Valadares.
Emerson Romano e Rodrigo Piu-Piu, da Itatiaia.
Nossa equipe do portal O Tempo além dos jornais O Tempo e Super Notícia. À minha esquerda Thiago Prata; à direita Leandro Cabido. Está faltando na foto o Ricardo Plotek.
Há tempos eu não me encontrava com o Jaeci Carvalho, que anda mais caseiro do que nunca, curtindo os seus dois filhos pequenos.
Wellington Campos (direita) batendo papo com o jornalista Roberto Thomé na porta do Holiday Inn.













3 Responses
O problema é que a Copa da Confederações não pegou. Internacionalmente, a situação está tão ruim que eu comentei com um amigo mexicano sobre o jogo do México em BH e ele – assustado – me perguntou se a Copa já era ano que vem!
É como perguntar para um brasileiro sobre as Olimpíadas de Inverno. Sabem que existe, os poucos interessados vão achar que os que não ligam são desinformados, mas a realidade é que o público-alvo é pequeno.
Agora, a Copa das Confederações vale muito em termos de avaliar se a cidade está preparada para a Copa do Mundo. Neste ponto, tanto para a Fifa quanto para os estrangeiros, a impressão que ficar deste evento vai ser essencial para definir o número de turistas que irão a BH em 2014.
Quanto a violência, Geraldo Álkimim disse que o povo de SP está entusiasmado e satisfeito com a atuação da polícia. Será? Atualmente, só sai asneiras e mentiras da boca dos políticos.
AS VERDADES DO CLÁSSICO
Hoje é dia de Clássico e algumas verdades serão inevitáveis. Talvez, a principal seja a de que ele começa uma semana antes e só termina uma semana depois. Também há o fato de não haver favoritos, embora, ambos os lados sempre afirmem que o seu time sairá vencedor. Estas serão as verdades primeiras, a pedra fundamental de cada clássico que renasce nas tardes quentes de domingo.
Inexoravelmente, o estádio deverá estar lotado, pena que com apenas uma das torcidas. A outra tratará de fazer a sua parte nos barezinhos, regados à cerveja e tira-gosto, ou em casa, de frente à TV, com as mesmas companhias. Na arena, o espetáculo começará antes, com a torcida, em uníssono movimento, entoando gritos de guerra e palavras de ordem; alguns jogadores serão exaltados, enquanto outros maldosamente execrados.
As duas equipes entrarão em campo sob aplausos e vaias, ao som dos foguetes e palavras de ordem, invariavelmente, com os jogadores carregando criancinhas no colo ou puxando-as pelo braço. A torcida gritará o nome de cada jogador, um por um, em alto e bom som, e o coração do atleta se encherá de alegria, as lágrimas encherão os olhos e adrenalina subirá a níveis exorbitantes.
O juiz, certamente, ordenará que se respeite um minuto de silêncio, sendo, imediatamente, desobedecido pela torcida que cantará todo o hino do clube, como que num gozo coletivo. Soará o apito e os nervos ficarão à flor da pele. Não haverá bola perdida; Cuca roerá os últimos resquícios de unha e ficará de pé ou de cócoras, nunca no banco, enquanto Celso Roth fará a sua última partida pelo Cruzeiro, sempre com a cara amarrada e os gritos de “Pega!”, como se os jogadores fossem verdadeiros Pit Buls.
A torcida alternará momentos de “Uuhhh!” e palavras de baixo calão, aplausos e vaias, rezas e xingamentos. Algum jogador se destacará pela vontade; outro pela técnica, enquanto um destoará do resto da equipe e outro falhará no gol adversário e será execrado pela torcida. Algum jogador virará herói, enquanto outro será o maior vilão de todos os tempos. Os jornalistas, em polvorosa, ao término da partida tentarão entrevistar ambos os atletas e, enquanto o primeiro colherá os louros da vitória, o outro descerá, cabisbaixo, pela escadaria até o vestiário, com os olhos marejando e o sentimento de que podia ter sido diferente.
Estas serão, indubitavelmente, as nuances de mais este clássico, numa tarde de domingo, com todas as possibilidades de suspense e emoção. E na segunda-feira, tudo voltará ao normal, como se a vida fossem apenas flashes que vem e vão ao bel sabor do vento, para que possamos compreender que somos apenas objetos de cada instante e o futuro é apenas um caminho que haveremos de percorrer. A bandeira voltará ao fundo da gaveta e a camisa será novamente guardada, como se fossem o mais belo troféu de um momento inesquecível.