De Kiev a Moscou são apenas 1h50 de vôo, por uma das várias companhias aéreas.
Impossível resistir à ideia de dar uma escapada da Ucrânia para a vizinha e ex-chefe da União Soviética, Rússia, aproveitando a passagem de fases da Eurocopa. E vale muito a pena!
Até parece que a Rússia continua na disputa ou que o torneio está sendo disputado aqui. Como gostam de futebol, os russos!
Em todos os bares, restaurantes, quiosques e coisas que os valham, há TVs mostrando os jogos, apesar do horário ingrato: 22h45. Pior que o da Globo que manda os jogos do Brasileiro para uma hora mais cedo. É o fuso horário: uma hora a mais que a Ucrânia e Polônia; duas horas a mais que Portugal; sete horas a mais que Minas Gerais.
E as pessoas grudadas nos jogos das semifinais da Eurocopa. Imagino como ficará isso aqui em 2018, no pais que sucederá o Brasil na recepção da Copa do Mundo.
Moscou faz lembrar uma mistura de Brasília com São Paulo. As esplanadas gigantes, dos tempos dos czars, que inspiraram Oscar Niemeyer se misturam com os enormes prédios do comunismo da era Stálin.
Estou em um hotel perto do Estádio Olímpico, Palco dos Jogos de 1980. O tempo passou, o comunismo acabou, mas as marcas ficaram, e rendem muito dinheiro.
O ursinho Misha, símbolo daqueles Jogos continua enfeitando ruas e praças, e seus bonecos comercializados aos montes, como se Moscou fosse receber as Olimpíadas de daqui a dois meses.
Que loucura é essa vida! Imaginar que milhões morreram por causa dessa discussão ridícula entre comunismo e capitalismo, como se as pessoas não pudessem se entender entre elas, através da conversa, sem armas e guerras.
Em dos principais restaurantes da Praça Vermelha, ao lado do Kremlim, sob neons e out-door gigantes das maiores empresas do mundo, vi a repetição, várias vezes dos gols de Neymar e Danilo, no empate decisivo da vaga à final da Libertadores. Um orgulho besta tomou conta de mim: a Iveco, da “minha cidade”, ocupava a tela das Tvs e de todos os telões que se viam.
O futebol continua sendo o maior fator de confraternização e entretenimento do mundo.
Além dos estádios, praticamente prontos, eles já imaginam as seleções que estarão aqui, e fazem planos. Mas aí é outra história porque só a anfitriã está garantida em qualquer Copa do Mundo. Todas as demais têm que disputar as eliminatórias.
E o nível dos competidores é esse que vimos pela segunda rodada da semifinal, entre Espanha e França.
Os espanhóis venceram, mas não foi fácil; e terão pela frente outra pedreira: Portugal.
Na Rua Arbat, perto da Praça Vermelha, em Moscou. Depois que vi essa foto, finalmente reconheci que as caminhadas diárias estão sendo insuficientes para diminuir o tamanho da barriga. Dieta à vista!
Antes do início da Eurocopa os palpites maiores davam conta que Espanha e Alemanha decidiriam novamente a competição, por serem, disparadas, as melhores seleções do continente. Tudo diz que teremos isso realmente,mas Portugal em ótimo momento, está no caminho da Espanha; e os alemães ficarão sabendo hoje se terão pela frente a Inglaterra ou a Itália. Impossível dizer quem é mais difícil.
Todas, candidatas!
Aumentando o prestígio com a atual disputa da Eurocopa, o português Cristiano Ronaldo é garoto-propaganda de incontáveis produtos e empresas mundo afora.
Mas nem ele escapa da ação de vândalos que, nesta foto, em Moscou, o tacharam como “Filhote de Hitler”.
É o preço da fama!