Cuca 2021, em foto do Pedro Souza/Atlético
Considero Juan Pablo Vojvoda a maior novidade como técnico no futebol sul-americano nas últimas décadas. Gostaria demais de vê-lo trabalhando em Minas, especialmente no Galo.
Porém, já vou logo adiantando que sou absolutamente contra a saída do Cuca, agora, demitido ou pedindo pra sair, mesmo em caso de resultados adversos nas Copas Sul-americana e do Brasil. Para mim, Cuca tira água de pedra, deste elenco razoável do Atlético, que tem quase um time titular de bons jogadores, mas falta um lateral direito, um meia ofensivo e não tem banco à altura.
Assim como fui contra a maré, na demissão do Gabriel Milito, depois da derrota para o Botafogo na final da Libertadores ano passado. Sim, ele errou feio naquele jogo, mas, no “conjunto da obra” fazia um grande trabalho no Atlético. Pra não ficar repetitivo, digamos que assim como Cuca, ele tirava “leite” de pedra com aquele grupo.
Muitos elogios atualmente ao Cuca, pela escalação bem sucedida do Scarpa, na lateral. Pois é! Logo que chegou, o Milito fez isso, e o Scarpa se deu bem na posição. E o Battaglia? De bom volante, foi transformado em excelente zagueiro pelo Milito.
Mas, no calor da raiva justa, de um vexatório 3 a 1, jogando o tempo quase todo com um jogador a mais, Milito foi mandado embora após aquele jogo em Buenos Aires. Tivesse continuado com o trabalho, possivelmente o Galo estaria muito bem agora, com a experiência maior adquirida por ele, em termos táticos e na formação do grupo, mantendo alguns, pedindo outros, com percentual maior de acertos.
Enfim… Vida que segue!
Dispensar o Cuca durante o Brasileiro, seria um erro, bem como deixá-lo sair, caso ele jogue a toalha. Óbvio, que, em caso de um “despencamento” na tabela, não tem jeito. Mas, não acredito que isso aconteça.
Todo este preâmbulo, para responder discordando do Alexis Campos, que nos enviou o seguinte e-mail:
“Prezado Chico,
depois da final da Libertadores do ano passado eu decidi não gastar mais tanto tempo, energia e muito menos dinheiro com o Atlético. Continuo sendo torcedor, mas, agora, sem tanta empolgação. A final da Copa do Brasil era até previsível, mas perder para o Botafogo naquelas condições nunca terá justificativa.
Lembro-me de que, no final daquela temporada fantástica de 2021, em que o Galo ganhou Brasileiro e Copa do Brasil – e só não chegou à decisão da Libertadores graças ao Vargas, que perdeu um gol “imperdível”, e ao Nathan Silva, que vacilou no lance do gol do Palmeiras – Cuca pediu demissão com a justificativa de que “não conseguiria tirar mais nada daquele time”. Discordei dele naquele momento.
Depois dos últimos jogos acredito que, agora, a justificativa de 2021 faria muito sentido. A Diretoria deveria agradecer ao Cuca, liberá-lo e ligar para o Vojvoda. Imediatamente.
Grande abraço!”
Alexis Campos
Cuca versão 2025, de volta à Cidade do Galo – Foto: atletico.com.br.
