Foto: Divulgação/TJMG
As polícias e a justiça estão cansadas de saber quem são os torcedores e marginais, principalmente os reincidentes na violência, em todas as manjadas chamadas “organizadas”, de todos os clubes. Vez por outra as autoridades anunciam que algumas estão banidas ou proibidas de frequentar estádios, mas tudo continua como sempre. Brasil inteiro.
Se houvesse interesse, de verdade, em acabar com essa bandalheira toda, era só se inspirar nas duras medidas do governo, parlamento e autoridades esportivas, começando pelos próprios clubes, da Inglaterra.
Suspensos de toda competição da UEFA, por cinco anos, os ingleses radicalizaram contra os hollighans, apertando a legislação, identificando, prendendo e banindo-os dos estádios.
E isso, motivado pelas 39 mortes e 600 feridos na tragédia do Estádio de Heysel, na Bélgica, no 29 de maio de 1985. Final da Liga dos Campeões, entre Liverpool x Juventus, vencida pelos italianos por 1 a 0.
Massacre provocado pelos hooligans ingleses.
Já perdi as esperanças de que as autoridades mineiras e nacionais entrem de sola nisso. Muito menos os dirigentes dos clubes, federações ou CBF.
Estamos condenados a conviver com notícias como essa, no O Tempo. Hoje, sobre marginais cruzeirenses, amanhã ou depois, atleticanos novamente e demais clubes brasileiros.
Também considero um absurdo o clube ter que pagar pelo que os marginais fazem. Eles é que deveriam ser punidos severamente, como exemplo.
“RESPONSABILIDADE RECONHECIDA”
A Justiça condenou o Cruzeiro Esporte Clube e a torcida organizada Máfia Azul a pagar R$100 mil por danos morais ao pai de um torcedor do Atlético assassinado durante uma emboscada em 2021.
A vítima, de 20 anos, foi atacada por cerca de 30 integrantes da Máfia Azul enquanto voltava de ônibus do Mineirão, após uma partida do Galo contra o Fluminense. O ataque ocorreu na rua Desembargador Reis Alves, no bairro Novo das Indústrias. Onze pessoas ficaram feridas. O jovem morreu dois dias depois no hospital.
Quatro agressores foram condenados a penas entre 56 e 67 anos de prisão. Agora, em decisão da 22ª Vara Cível de BH, a Justiça entendeu que tanto o clube quanto a organizada — da qual os condenados eram integrantes — têm responsabilidade civil pelo crime.
Além da indenização, Cruzeiro e Máfia Azul devem arcar com as custas e despesas do processo. A defesa das partes alegou ilegitimidade passiva. O clube afirmou que ainda não foi notificado; os líderes da organizada estão presos.
2 Responses
Só R$100mil é o calor de uma vida?
E que diabos é isto de uma pessoa jurídica acabar pagando a conta? Tem de ser a pessoa física. Ou os membros da torcida organizada ou, se houve beneficio por parte do clube, daqueles envolvidos na época.
O Clube da Esquina também está processando o Cru cru…