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Recomendo a leitura do que nos escreveu aqui no blog o Amaury Alkimim, de Montes Claros. Concordo totalmente com ele, com apenas um acréscimo: o ufanismo e oba-oba com pinceladas de nacionalismo da maioria absoluta da imprensa verde e amarela, faz parte do negócio mídia/futebol. É o “futebol comercial” como bem define o jornalista José Luiz Gontijo, em que o que vale é a grana que entra de publicidade, patrocínios, direitos de TV e etecetera e mal. A maioria obedece o que os chefes dos departamentos comerciais dos patrões mandam. Na base do “temos que jogar pra cima”; “não podermos desvalorizar um dos nossos principais produtos de exportação”.

Falar que os nossos times estão no mesmo padrão, ou perto dos europeus é uma sacanagem danada com o torcedor. Tudo bem exaltar que o Botafogo venceu e foi o único time que conseguiu marcar gol no PSG, mas daí a querer induzir alguém a acreditar que o atual campeão da Libertadores tem time pra encarar um Mundial desses de igual pra igual, é brincadeira.

Ou que o Flamengo jogou no mesmo nível do Bayern; ou que o Fluminense “deu azar” contra o Chelsea, que Renato Gaúcho brilhou na tática, bla, bla, bla…

A imprensa de São Paulo até que foi mais realista e não ficou buscando desculpas nem exaltando o Palmeiras, eliminado pelo Chelsea, sem choro, nem velas.

Nem culpando a arbitragem, como se faz no Brasil o tempo todo. Jogadores, dirigentes e treinadores brasileiros neste mundial foram respeitosos até demais com os apitadores, bandeirinhas e VAR, totalmente diferente do que fazem aqui. Claro, que por medo da mão pesada da FIFA quando se trata de respeitar as regras dela e suas autoridades.

Na derrota do Flamengo para o Bayern, por exemplo, o zagueiro flamenguista foi empurrado claramente no primeiro gol alemão. No Brasil, seria um escândalo e os responsáveis pela arbitragem seriam esfolados. Nem um pio, dos urubus, nem da imprensa deles!

E vida que segue!

Vejam o que diz o Amaury, de MOC:

“Chico, Boa Tarde! Parte da imprensa ficou toda eufórica com o início dos times brasileiros. Alguns diziam que o futebol brasileiro encantava e se renascia. Menos! Os outros países evoluíram bastante e hoje se esforçarmos poderemos almejar um lugar entre os medianos. Estamos longe dos melhores. Não temos jogadores diferenciados, especiais, craques, apenas alguns bons ou muito bons. Vinícius Júnior é um jogador nota 7 pela velocidade, mas seu repertório é limitado. É só apertar a marcação que ele é anulado, e não conclui as jogadas com eficácia, quase sempre. Na Copa do Mundo do ano que vem acho que a única saída nossa será formar um time operário; algo parecido com o que o Parreira fez em 1994. Jogar por uma bola e não cometer o erro que o Flamengo fez contra o Bayer, ou seja, começar as partidas indo para cima desconcentradamente. Depois de ver esses times europeus jogarem vai ser desafiador assistir aos jogos do Brasileiro, a partir deste sábado.”

x.com/FIFACWC

One Response

  1. Os europeus sempre foram aplicados taticamente.
    Mas eram – e continuam sendo, com raríssimas exceções – “cintura dura”.

    A profissionalização e transformação do futebol em um negócio, que tem que dar lucro, aconteceu há décadas atrás, diferentemente do Brasil, que é uma coisa recente.

    Com isso, africanos e sul-americanos são contratados a peso de ouro, e além de se esforçarem para se enquadrar no estilo de jogo, formam excelentes conjuntos com os parceiros europeus.

    Claro que nenhum time brasileiro tem “bala” para competir financeiramente com os grandes da Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália, etc.
    Mas essa Copa mostrou que a diferença já não é tão grande assim, e pode sim ser superada em alguns poucos anos.

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