
Peço desculpas pelos sumiços temporários daqui, mas o corre-corre é enorme no dia a dia por essas bandas de cá, e a revolução pela qual passou e passa a Comunicação exige que todos, que temos a intenção de continuar ativos no meio, nos adequemos e aprendamos a lidar com a tecnologia e as novas ferramentas de trabalho.
A nova realidade da imprensa é digital, áudio e vídeo, pouco texto e, breve 100% sem papel.

Tomei um susto quando, no dia 30 de maio de 2025, a Marília da Banca (na qual eu comprava o Super Notícia toda sexta-feira), que aquela era a última edição impressa do jornal.
Puxa vida, logo o Super, que foi a maior novidade na imprensa brasileira nas últimas décadas. Um jornal popular, acessível ao povão, excelente qualidade e barato, quase de graça!
Tive a honra e prazer de participar, como colunista, dos anos de maior crescimento de circulação dele, em todo o estado. Chegou a rodar e vender 350 mil exemplares/dia, incomodando até a arrogante Folha de São Paulo, que ao se tornar a segunda em circulação nacional, passou a se intitular como o jornal de “nível superior” de maior circulação do país. Hoje, agoniza, e se não estiver com os dias contados como impresso, é questão de estratégia comercial, de tempo, para não ter que baixar drasticamente a sua tabela de preços, até que possa ficar também no mundo digital, como está o Super Notícia.
Todo este preâmbulo para dizer que estou quase o tempo todo, nesta cobertura de Mundial de Clubes, no Instagram, twitter e facebook.
Parar para escrever aqui, toma tempo, exige que eu abra o notebook, acesse a internet, baixe e edite fotos (enviadas antes por e-mail), revise, corrija erros e faça a postagem. Uma simples nota, por menor que seja, exige um tempo muito grande em relação às outras plataformas, em que utilizo apenas o celular, ao vivo ou gravado e pronto. Eventuais erros, pouco ou nada são notados. Além do mais, corrigir erros durante uma fala é muito mais fácil e rápido do que num texto.
E lá, a audiência é gigante, e isso é o que interessa aos patrocinadores, com raras exceções, que eu ainda tenho o privilégio de contar.

Essa Copa de clubes é teste geral para a FIFA, mas para nós da imprensa também; empresas e profissionais, todos buscando se acertar em novos rumos, neste novo mundo, instantâneo.

Meu maior prazer é jornal, impresso, rádio e aqui, no blog, mas o futuro chegou e ele é virtual, digital, no “telefone” e vertical, que é a imagem preferida do Instagram, a maior onda do momento. Até que dia, também ninguém sabe.
Obrigado pela compreensão e continuemos na luta.

Em frente ao Estádio Camping World, em Orlando, logo depois de retirar a credencial FIFA deste Mundial de Clubes.