Levir em seus tempos de técnico do Cerezo Osaka, homenageado nessa fantasia de samurai
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“A única coisa que evoluiu no Brasil foi o atraso”, disse Levir Culpi quando assumiu o Atlético em seu retorno depois de seis anos no Japão. A frase continua valendo e certamente nos marcará por mais alguns séculos. Se aplica ao nosso dia a dia, envolvendo todos os segmentos, com uma ou outra exceção. No futebol, diariamente temos exemplos deste atraso crônico. Ontem a CBF anunciou mudanças no comando da arbitragem. O comunicado não foi feito pelo presidente, que foge de encontros com a imprensa e com o público. Quem deu entrevista foi o Walter Feldman, político paulista de carreira, saltitante por várias siglas partidárias, guindado à condição de Secretário Geral da CBF. De cara, afirmou que a entidade não interfere no setor, “apenas indica os nomes do comando”, hipocrisia bem característica dos políticos. Depois anunciou que o novo chefe é o ex-Coronel PM Marcos Marinho, que foi homem de confiança do presidente Marco Polo Del Nero, nos tempos da Federação Paulista, demitido da entidade por ter escalado um árbitro suspenso e por causa da pressão dos próprios apitadores, que queriam um ex-colega como chefe do setor. Ou seja, coisa de Brasil: mais um caso de incompetência premiada com um cargo importante no país.
Para completar, Walter Feldman disse que “os clubes paulistas aprovaram a indicação”. E os presidentes dos demais clubes do país aceitam calados.
E vida que segue!
A notícia completa está no Uol:
* “Novo chefe do apito da CBF é ex-PM e foi afastado da FPF por erro em escala”
Coronel Marcos Marinho, o novo chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, é velho conhecido do torcedor paulista. Nomeado na última terça-feira (27) para o cargo nacional, ele desempenhou função parecida em São Paulo entre 2005 e 2016. Apesar de toda sua experiência, acabou afastado do cargo em janeiro por errar uma escala, colocando para apitar um árbitro que estava suspenso. Foi a gota d’água na relação já desgastada com a entidade.
O erro não mudou o prestígio que Marinho recebe de Marco Polo Del Nero. O presidente da CBF já tratava o Coronel como seu homem de confiança na FPF (Federação Paulista de Futebol), quando o contratou há 11 anos. Não à toa, o ex-chefe do apito paulista perdeu prestígio com mudança de presidência, quando Reinaldo Carneiro Bastos assumiu o cargo.
Depois de ser afastado da arbitragem, Marinho passou a ficar apenas como diretor de segurança e prevenção de estádios na FPF, cargo que também já exercia anteriormente. Nesta função, ele usou parte da experiência que adquiriu durante o trabalho na Polícia Militar, onde iniciou sua carreira aos 16 anos. Antes de ter o cargo na entidade, ele também já comandou batalhões na ação de prevenção contra violência nos estádios, especialmente entre os torcedores organizados.
Chamado pela FPF em 2005, Marinho chegou como o símbolo de renovação: seu nome era novo e não tinha ligação direta com o clube. O intuito foi limpar a imagem dos árbitros, fortemente abalada pelos escândalos de corrupção. Marinho era tão afastado do ambiente do futebol que precisou ler as regras do esporte para poder começar a trabalhar.
Desta vez, é nomeado após boas recomendações dos presidentes de times paulistas, como destacou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
“Os que falaram que queria mudança de São Paulo falaram muito bem dele, como foi o caso do Modesto (presidente do Santos). A avaliação é positiva. Os clubes de outros Estados foram sempre elogiosos à arbitragem de São Paulo”, afirmou.
Entre os juízes, havia a expectativa pela troca no comando, mas parte deles esperava que um ex-árbitro assumisse o comando, assim como aconteceu com a nomeação de Wilson Seneme para a chefia de arbitragem da Conmebol.
Desde janeiro, quando afastou Marinho, a FPF percebeu tal demanda. Por isso, colocou em estatuto que só ex-árbitro poderia chefiar a Comissão de Arbitragem. Com isso, acabou também com as críticas que Marinho era muito distante dos árbitros.
Apesar da experiência recente, a CBF preferiu deixar os ex-árbitros abaixo de Marinho. A comissão ainda terá como vice-presidente Alício Pena Júnior e outros dois membros que também foram árbitros: Cláudio Cerdeira e Ana Paula Oliveira.
Na CBF, terá carta branca para reformular o sistema da arbitragem. “A comissão de arbitragem é independente. Tem liberdade total para implantar qualquer mudança. tem carta branca”, destacou Feldman.
2 Responses
No Chico, ta ficando difícil hein ? so noticia ruim , os 3 ultimo temas foram esta do novo chefao dos juízes ruim pra nos Atleticanos, boa para os times que tem benecy, a mudança na libertadores vai ser o fim das grandes finais do futebol sul americano com as festas das torcidas em casa, a noticia da furada que vai ser este contrato com a Dry World justamente agora que o Presida e meu devagar, ai pra cooperar e alegrar o ambiente teve uma notícia ( piada ) sobre o time do grande Riascos.
Outra bola fora da CBFarsa. Ou mais um gol impedido validado. Ou mais um pênalti pro curintia ou pro flamidia. Simplesmente mais uma trambicagem planejada nos mínimos detalhes que remete a tudo dito anteriormente.