Circula na imprensa mundial essa foto, acima, do Draymond Green, craque do Golden State Warriors, finalista do basquete dos Estados Unidos, cercado por um batalhão de repórteres com suas câmeras e microfones. Um contraste com esta foto abaixo, que fiz de um dos treinos da seleção brasileira durante a Copa América, em que poucos jornalistas davam cobertura.
“Gatos pingados” cobrindo a seleção pentacampeã do mundo, sempre cotada entre os favoritos de qualquer competição das quais participa. É o reflexo do descrédito ao qual chegou o futebol brasileiro, pessimamente conduzido por dirigentes da pior qualidade. Somente a saída do Gilmar Rinaldi e Dunga não resolve o problema, mas pelo menos cria um clima de otimismo em relação à qualidade do time que será montado para a sequência da disputa das Eliminatórias para a Copa da Rússia em 2018.
Tite é a bola da vez, o nome preferido por sete entre dez brasileiros. De tempos em tempos surge um nome assim, que reúne quase a unanimidade em torno de si. Como Telê Santana para as Copas de 1982 e 1986, Felipão para aa de 2002. Telê não foi campeão mas a seleção montada por ele entrou para a história como uma das melhores e de jogo mais bonito em todos os tempos. Na mesma galeria da Hungria, de Puskas, que também não foi campeã em 1954. Felipão pegou o time em situação delicada nas eliminatórias e terminou campeão na Copa da Ásia. Há também os casos das quase “unanimidades” que não deram certo, como o Vanderlei Luxemburgo, contratado logo depois do fracasso na França em 1998, campeão da Copa América em 1999, mas eliminado na primeira fase dos Jogos Olímpicos de Sydnei em 2000.
Tite é um profissional sério, respeitado dentro e fora das quatro linhas. Tem tudo para dar certo, mas também pode fracassar, já que uma série de fatores estão envolvidos e tudo influencia. Em 2005 os erros de avaliação que ele teve na montagem do time do Atlético foram os maiores responsáveis pelo rebaixamento do Galo.
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