Disparidade financeira faz grande diferença na Série B nacional

Vejam como a diferença financeira está pegando na Série B, em trecho de reportagem ontem na Folha de S. Paulo:

“Os 20 clubes representam nove Estados diferentes. Na edição anterior, eram 11. Em 2010, 12. Onze anos atrás, com maior número de participantes, chegaram a ser 16.

Regiões que eram tradicionais no campeonato desapareceram. O Pará está fora desde 2008. Amazonas participou pela última vez em 2006.

Os clubes da periferia do futebol foram substituídos por de centros mais ricos, repetindo fenômeno que havia elitizado a primeira divisão.

São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná são casas de 13 dos 20 times que buscam quatro vagas na elite de 2013. E que tentam evitar o rebaixamento para a ainda descentralizada Série C.

“Do jeito que está, a tendência é piorar. Só vai sobrar o interior de São Paulo, porque é uma região rica, com indústrias, mesmo com times que não têm torcida”, prevê o presidente do potiguar ABC, Rubens Guilherme Dantas.

Pela transmissão em TV dos seus jogos no Estadual do Rio Grande do Norte, o clube de Natal recebeu R$ 60 mil em 2012. No Paulista, as cotas para os times pequenos foram de R$ 1,92 milhão.”

3 Responses

  1. O Presidente do ABC só esquece de mencionar o amadorismo histórico e até folclórico dos dirigentes nordestinos. Por lá, raras são as tentativas de se mudar o paradigma e modernizar alguma coisa no planejamento dos clubes…

  2. Não podemos deixar de mencionar que na série A há muitos clubes que estão administrando dívidas pecuniárias milionárias, e pelo que temos percebido, num futuro não muito distante não conseguirão arcar com suas despesas, e o custo/benefício será incontrolável.
    – Se não “aparecer uma luz no fim do túnel” e sem “auxílio” dos cofres públicos, muitos deles não terão como se sustentar e irão à falência; em MG os dois maiores clubes estão com situação financeira delicada, especialmente o maior do estado (o CAM, é óbvio!), e segundo especialistas no assunto, dirigentes anteriores foram os responsáveis pelo seu desequilíbrio financeiro. Do jeito que está é que não pode ficar, pois, compromete sobremaneira a vida de ambos, que correm sério risco de fechar as portas, literalmente! Pobre futebol mineiro…

  3. Não adianta ter reclamação por parte dos clubes do Nordeste se esses não fizerem a sua parte. O Estado de SP tende a dominar sozinho o futebol nacional pois além de endinheirado, o seu futebol é bem estruturado e organizado. É o que não se vê na maioria dos demais estados brasileiros, principalmente no Norte e no Nordeste.

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