Viva o Botafogo campeão com todos os méritos, o grande destaque da temporada que se encerra.
Que bons eram aqueles idos de 2013/2014 quando o Galo era campeão da Libertadores e o Cruzeiro bi brasileiro. Em 2014 decidiram a Copa do Brasil e o Galo foi o campeão.
Cruzeirenses e atleticanos se sacaneavam na prateleira de cima do nosso futebol, na briga por grandes conquistas.
Este ano deram passos atrás e conseguiram no máximo, vagas na Copa Sul-americana, o que é muito pouco para o tamanho de suas torcidas.
O América vai disputar de novo a Série B. Que pena. Mas, pelo menos, não caiu para a C.
A propósito, os classificados para a “Sula”:
Cruzeiro, Vasco, Vitória, Atlético, Fluminense e Grêmio.
Para a Libertadores:
Botafogo, Flamengo, Palmeiras, Fortaleza, Internacional, São Paulo, Corinthians e Bahia.
Na última rodada do Campeonato Brasileiro: intervalo de jogo, o paranaense rebaixado junto com o Criciúma, Cuiabá e o goianiense. Em jogo na base do “banho maria”, o Atlético não consegue marcar um mísero gol para diminuir a ansiedade de todo atleticano espalhado pelo mundo. Empatando, escapa da degola, mas fica fora até da Copa Sul-Americana.
Bragantino 2 x 1 no Criciúma, em Bragança.
Botafogo campeão, vencendo o São Paulo, 1 a 0; Fluminense se safando do rebaixamento com o 1 a 0 sobre o Palmeiras.
Mesmo vencendo por 1 a 0 o Cruzeiro não entra na Libertadores porque o Bahia também vence: 1 x 0 no goianiense.
Mas a atenção mesmo era na Arena MRV, sem público e cercada por tapumes, a mando da diretoria por medo de queda e quebra-quebra por parte de sua própria torcida.
Lá estaria o rebaixado.
Situação criada pela própria cúpula do Galo, incompetente, despreparada e sem humildade para reconhecer que futebol não é a praia deles e que precisam contratar alguém que conheça do ramo para que o futebol do clube funcione do jeito que a torcida exige e merece: competitivo e na prateleira de cima do futebol brasileiro.
Imagem: twitter.com/BrenoGalante
No segundo tempo, aos 27 minutos, Pablo cabeceia na trave do Atlético. Aos 28, pênalti em Rubens. Hulk bate até bem, e Mycael faz ótima defesa, mas Rubens estava atento e balançou as redes do paranaense.
Diamantinense, botafoguense, residente em Moeda, Adauto Rocha (esq.) manda mensagem dizendo que foi para o Rio, para ver o Botafogo ser campeão brasileiro.
Enviou também essa foto, dele ao lado do Sérgio Pugliese, grande jornalista, um dos maiores nomes da comunicação corporativa no Brasil. Autor de iniciativas com o Museu da Pelada, por exemplo. Projeto audiovisual que trata com zelo e carinho a memória do futebol brasileiro, resgatando histórias e personagens importantes, dentro e fora dos gramados, disponível para todo mundo assistir, pelo canal do Youtube: www.museudapelada.com
E o Sérgio está com uma pauta ótima para uma das entrevistas de 2025: o ex-zagueiro Silvestre e o ex-centroavante Nunes, juntos, batendo papo com suas vidas dentro e fora dos gramados e relembrando a final do Brasileiro de 1980, o famoso drible e o gol do desempate, que “selou” o título do Flamengo. Apenas “selou”, porque estava garantido pela arbitragem nefasta de José de Assis Aragão.
Por falar em Silvestre, ele está com 70 anos de idade, e foi, de ônibus, para Buenos Aires, torcer pelo Galo na final da Libertadores. Atleticano raiz, ser humano sensacional, crucificado por muitos cabeças cozidas, como se tivesse culpa naquele drible do Nunes, que qualquer lateral, zagueiro, volante ou defensor que fosse, poderia ter tomado, já que o Nunes jogava muito e isso é o futebol.
Os alvinegros botafoguenses estão felizes demais: campeões da Libertadores e com uma mão na taça do Brasileiro. Que assim seja. Merecem!
Assim como espero que os atleticanos também estejam felizes ao apito final do senhor Rafael Rodrigo Klein (RS), que apitará Atlético x Athletico, 16 horas na Arena em Belo Horizonte.
A massa do Galo não merece passar novamente pelo dissabor de 2005, fruto da incompetência e arrogância desses donos do clube, que brincam de futebol.
Voltando ao Museu da Pelada, o Sérgio Pugliese tem um grande colaborador em Minas, que é o nosso amigo e conterrâneo Warley Squarant, dono de um dos melhores bares de Sete Lagoas, o Empório Matuto, na Rua Ervália, 819, bairro Iporanga.
Warley Squarante (direita), no Empório Matuto, com o atleticano Fabrício Rocha e esposa.
O Warley entrevista para o Museu da Pelada, ex-jogadores mineiros que fizeram história para o canal. Como esta, do link abaixo, com o Vitor Braga, goleiro do Cruzeiro nos anos 1970/1980.
Prometeram e cumpriram. Seria ótimo se fosse para comemorar uma vitória do Galo, ou que os problemas do gramado e acústica da própria Arena estariam resolvidos.
Mas, enquanto o time perdia pro Vasco, mesmo horário do jogo, a Arena mais tecnológica do Brasil estava em festa. De empresários em um belo coquetel. Notícia no Hoje em Dia:
GENTE & NEGÓCIOS “Nova diretoria do Sinduscon-MG é empossada em solenidade na Arena MRV” Presidente do sindicato, Raphael Lafetá, citou os desafios enfrentados pelo setor, principalmente ligados à escassez de mão de obra Do HOJE EM DIA portal@hojeemdia.com.br
Presidente do Sinduscon-MG, Raphael Lafetá e o diretor-executivo do Hoje em Dia, Júnior Lopes (Divulgação) Mais de 600 convidados, incluindo autoridades, empresários e associados, participaram da solenidade de posse da nova diretoria do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) para o triênio 2024/2027. Realizada na Arena MRV, em Belo Horizonte (MG), a cerimônia também foi marcada pela entrega da “Medalha Paulo Simão” à Sengel Construções e pelo anúncio de uma parceria do Sindicato com o Sesi/Senai, por meio da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), e com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de BH (STIC-BH Marreta), para capacitação de trabalhadores da Construção Civil. Em seu discurso, após a assinatura do termo de posse, o presidente do Sinduscon-MG, Raphael Lafetá, citou os desafios enfrentados pelo setor, principalmente ligados à escassez de mão de obra…
A cirurgia dele não é de urgência. Poderia esperar a última rodada do campeonato. Mas as cabeças pensantes e dirigentes do Atlético, em mais um rompante de arrogância, não imaginaram que o jogo mais importante do ano estaria por vir, pois o rebaixamento não estava descartado, em função da ridícula campanha na competição.
É coisa de quem não sabe nada de futebol profissional e suas variáveis, jogo a jogo.
Agora, é pegar um terço e rezar para que o time consiga pelo menos empatar com o paranaense, para não ficar na dependência de nenhum outro resultado.
Quando assumiram o Atlético, os donos falavam em “planejamento”, “compliance”, “colegiado”, “gestão” e etecetera. Inventaram e anunciaram com grande pompa o Ciga – Centro de Informação do Galo – “… espécie de conselho com o propósito de embasar as decisões do clube nas questões ligadas ao futebol, através da utilização de modernas ferramentas de análise…” e que em cinco anos o clube seria uma potência mundial.
Pois é! Só se esqueceram da razão de ser do Atlético, que é o futebol.
Cinco anos depois, fora da Libertadores de 2025, sob risco de rebaixamento nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, torcendo para o Flamengo ganhar do Criciúma, para o São Paulo ganhar do Juventude, por empate entre entre Athletico x Bragantino e por aí vai.
Demite o treinador que “preenchia”, com “excelência”, todos os requisitos do tal Ciga e bla, bla, bla…
O atleticano Pedro Vitor Canella, comentarista tradicional aqui do blog, resumiu bem o momento do Galo:
“Bom dia, eu considero a situação do Atlético, insustentável, o Milito, não tinha mais como motivar, mudar o psicológico dos atletas, essa sequência de 12 jogos sem vencer, justamente na reta final da temporada.
Antes de que qualquer rádio desse a notícia, eu já imaginei que seria demitido, só não seria se o Galo tivesse uma diretoria forte, com sabedoria para corrigir os problemas e erros que foi cometido na montagem do elenco, mas com uma diretoria fraca, onde o investidor já disse que não vai melhorar o time, vamos esperar o quê?
Tenho medo do que poderá acontecer, tem um time de jogadores no Atlético, hoje, que não deveria ficar pra 2025, e tenho receio de que possa vir novamente o Tite, e revivermos o pior momento da vida do Atlético.”
O Atlético de 2024 é este que entra em campo hoje, 19 horas, contra o Vasco em São Januário, pelo Brasileiro, competição por pontos corridos que apura o campeão pela regularidade em toda a disputa. É o 13º colocado, 41 pontos, fora da Libertadores do ano que vem, seis pontos acima do Criciúma, o primeiro da zona do rebaixamento.
Copa é diferente, em que partidas eliminatórias costumam apresentar surpresas e muitas vezes um time de qualidade inferior deixa para trás um adversário melhor, que teve atuação infeliz num dos jogos e foi eliminado. Criciúma (1991), Paulista de Jundiaí (2005) e Santo André (2004) foram campeões da Copa do Brasil. Once Caldas da Colômbia (2004) e LDU do Equador (2008) ganharam a Libertadores.
O Galo tem um dos elencos cuja folha de pagamentos é das mais altas do futebol brasileiro, mas de qualidade dos jogadores sofrível, em relação a clubes que investiram muito menos.
Como a força midiática do Atlético é massacrante e o torcedor apaixonado só gosta de ouvir comentários positivos, a realidade só vem à tona quando a máscara cai, tipo nessas finais de Copa do Brasil e Libertadores, quando Flamengo e Botafogo deram passeios no time comandado por Gabriel Milito.
E, frise-se, o técnico atleticano é o menor dos culpados nessa história.
Há quanto tempo debatemos aqui neste blog sobre a falta de jogadores de qualidade principalmente no sistema defensivo do Atlético? Fiquemos em poucos exemplos.
Escrevi e falei várias vezes que qualquer time que almeja títulos tem que ter laterais. Há tempos o Galo tem apenas um, Arana, e que além disso caiu muito de produção nos últimos jogos. Não se discute as qualidades técnicas do Mariano, mas ele tem 38 anos de idade. Não tem como jogar mais em alto rendimento, e já deveria estar fora do elenco atleticano há pelo menos quatro anos.
Meio campo e ataque, o Atlético tem, mas na conta do chá e com limitações. Não tem banco.
E os donos do Atlético não sabem nada de futebol, não são do ramo. Nem têm pessoas da confiança pessoal deles que saibam identificar quem é quem no mundo da bola, para que eles não entrem em roubadas, não comprem “gatos por lebres” e nem permitam que “ex-jogadores” em atividade sigam enganando na Cidade do Galo ou sejam contratados com altíssimos salários.
O ex-diretor Rodrigo Caetano é um bom dirigente, conhece do assunto, mas não é infalível e também comete e cometeu erros. Manteve jogadores que não deveriam ficar e se equivocou em contratações depois da temporada vitoriosa de 2021. Depois foi embora, trabalhar na CBF.
Os donos do Atlético ao invés de investirem em um substituto do mesmo nível dele, resolveram apostar em Victor, goleiro da prateleira de cima da história do clube, mas ainda sem qualificação para ocupar um cargo desses.
Ex-jogadores podem ser grandes treinadores e dirigentes, mas precisam se preparar para a nova atividade. Antes de serem contratados por um grande clube, precisam ser testados e aprovados antes, em clubes menores ou categorias de base.
Um exemplo? Eduardo Maluf, ex-jogador e ex-presidente do Valeriodoce de Itabira até chegar aos maiores do estado.
Como não são do ramo, os donos do Atlético acreditaram no “bom e barato” e puseram no comando do futebol, cargo mais importante nessa hierarquia, um ídolo; deles e da massa, porém ainda despreparado para comandar este departamento do Galo.
Se tiverem humildade para reconhecer erros e se quiserem salvar 2025 de um grande desastre, os donos do Galo vão rever os rumos que estão dando para o Clube Atlético Mineiro e contratar as pessoas certas para os lugares certos, dentro e fora de campo.
Ah, e parar de nhenhenhém politiqueiro e perseguições a críticos e adversários políticos!
Cruzeiro x Palmeiras, nesta quarta-feira às 21h30 pela 37ª rodada do Brasileiro
Ao invés de coibir de forma dura e punir exemplarmente os marginais organizados, as autoridades do governo do estado, polícias e justiça afinam e pedem torcida única.
A CBF radicaliza, deixa a razão de lado e determina que seja sem torcida nenhuma no Mineirão, afrontando o bom senso e punindo apenas o Cruzeiro, que terá prejuízo financeiro e técnico numa partida decisiva do campeonato.
Enquanto isso, ninguém que deveria estar na cadeia é punido e a história se repete.
Muitos dirigentes dos clubes fazem jogo de cena com torcedores violentos e os protegem.
Políticos que nada têm a ver com o futebol dão entrevistas, também jogam para a torcida, aparecem, tentam garimpar popularidade e votos para 2026 e a vida segue.
Não assisti o jogo. Mas o Bragantino saiu na frente com gol de Eduardo Sasha, aos cinco minutos de partida. Ramiro empatou aos 40 do segundo tempo. Este comentário, muito legal, é do cruzeirense Alisson Sol, mineiro de Ituiutaba, que mora no exterior há décadas, Inglaterra, anos atrás, Estados Unidos, atualmente. Colaborados dos primeiros tempos deste blog, a quem agradeço:
* “Tenho notícias excelentes para os distraídos torcedores cruzeirenses: o time empatou com o Bragantino! Durante a partida, mostraram o Fernando Seabra. Qualquer verdadeiro torcedor cruzeirense pensou: que saudade! Olha o custo de demitir um técnico que estava na ascendente para contratar um decadente. Com o time do Bragantino, que já pegou praticamente rebaixado, Fernando Seabra conseguiu empatar com um time que ele deixou todo encaminhado para ao menos a vaga na Libertadores. E chega Diniz e destruiu o esquema de jogo do time.
E cadê os que reclamavam de Ronaldo Fenômeno não ser Mineiro, não ter “paixão” pelo clube, e não fazer contratações bombásticas?! Olha aí a fantástica performance do goleiro contratado por indicação do novo sócio-majoritário da SAF! (link). E Kaio Jorge… Fico espantado com este negócio de torcedores e jornalistas que acham que sócio-majoritário tem de ficar presente e dando palpite dentro do clube. Será que se fosse investidor de hospital tinha de entrar na sala de cirurgia, mesmo não tendo formação na área?!
Vamos comemorar que Fernando Seabra já deixou o time praticamente impossível de ser rebaixado. Se não for demitido logo, Fernando Diniz vai conseguir o rebaixamento em 2025! Vamos aguardar…”
* Por Alisson Sol
Eduardo Sasha abriu o placar para o Bragantino – Foto: x.com/RedBullBraga
E outro grande cruzeirense, também antigo colaborador do blog, tem opinião diferente.
É o Juca da Floresta, que diz: “Bom dia Chico.
Discordo. Fernando Seabra e Fernando Diniz são iguais em tudo: teimosia, burrice e falta de capacidade. Se o Seabra tivesse continuado no comando técnico estaríamos na mesma colocação de hoje. Reconheço que a direção errou ao trazer o Diniz, mas prefiro direção que erra tentando do que abraçada com um treinador até o final do campeonato. Seabra no comando do Bragantino 4 empates e uma derrota em 5 jogos. “Técnico Promissor “”
Cinco minutos após a expulsão do Gregore, o Hermínio Fernandes, do Jornal da Cidade, de Governador Valadares me enviou essa mensagem: “Fogão com 1 a menos fica 50/50, na minha opinião. Dessa forma iguala e pode dar qualquer resultado. Meu receio são os contra-ataques, já que o Galo comandado por Milito não marca pressão.”
Aos 34, gol do Luiz Henrique para o Botafogo e ele enviou outra mensagem “foi só falar”.
Mesmo com 10 em campo o Botafogo mostrou muito futebol. Depois de alguns minutos de descontrole o Atlético deu uma equilibrada no jogo, mas aos 43, o segundo gol botafoguense, de pênalti marcado sobre o Luiz Henrique.
Parecia que a fatura estava liquidada, pela empolgação do time comandado pelo português Arthur Jorge, que se impunha, mesmo com um jogador a menos desde o primeiro minuto de partida.
Na volta do intervalo o Galo voltou com três mudanças: saíram Fausto Vera, Scarpa e Lyanco para as entradas de Vargas, Bernard e Mariano. Vera tinha tomado cartão amarelo no primeiro tempo e as demais alterações visavam dar mais velocidade e força ofensiva. E logo no primeiro minuto a alteração do Milito funcionou. Hulk, que se entregou de forma impressionante na partida, cobrou falta da esquerda, na cabeça do Vargas que diminuiu.
O Botafogo se assustou, a zaga começou bater cabeça e o Atlético parecia que viraria o jogo a qualquer momento.
O Galo chegou a ter impressionantes 80% de posse de bola, mas o gol não saía. Aos 30, Milito mandou o time todo ao ataque com a troca de Deyverson por Alan Kardec.
Aos 50, Kardec desperdiçou uma chance e o Botafogo no último lance da partida, aos 51, fez o terceiro.
Nada a contestar. Vitória de um time superior tecnicamente, que teve muita garra e mesmo com um jogador a menos o tempo todo, conseguiu resistir e vencer o Atlético.
Chico Maia é jornalista formado pelo Uni-BH (antiga Fafi-BH) e advogado pelo Unifemm-SL. Trabalhou nas rádios Capital, Alvorada FM, América e Inconfidência. Na televisão, teve marcante passagem pela Band Minas e também RedeTV!. LEIA MAIS contato@chicomaia.com.br